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Presidente Lula e o escandalo Bancoop

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Dom Ago 31 2008, 10:01

Presidente Lula e o escandalo Bancoop


http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT1007365-3771,00.html

Cooperativa dos companheiros - Revista época edição 376 de 01/08/2005

Sindicalistas controlam a segunda maior incorporadora de imóveis de São Paulo

RICARDO GRINBAUM E PATRÍCIA CANÇADO


Um nome pouco conhecido até no meio empresarial veio à tona nos últimos dias por ter recebido um grande investimento de fundos de pensão estatais. Embora não seja familiar para a maioria dos brasileiros, a Bancoop ganhou fama entre sindicalistas, políticos e gente de primeiro escalão do governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Bancoop é uma cooperativa para a construção de casas e apartamentos em São Paulo. Foi criada há nove anos pelo então presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini, mas cresceu muito além de seu objetivo inicial. A cooperativa dos sindicalistas virou uma potência empresarial.

Hoje, a instituição não atende só bancários. Tem 15 mil cooperados, movimenta R$ 150 milhões por ano e já entregou 5 mil imóveis, alguns deles para autoridades como o ex-ministro Luiz Gushiken. De acordo com a Amaral D'Ávila Engenharia de Avaliações, a cooperativa dos bancários virou a segunda maior incorporadora de São Paulo. Ou seja, é uma das que mais lançam novos prédios e condomínios residenciais na cidade. "A Bancoop é uma das poucas cooperativas sólidas que sobraram no mercado", diz Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). "Soube captar bem a demanda da classe média e popular."

A Bancoop funciona como uma típica cooperativa. Quem quiser comprar um imóvel não precisa ser bancário. Basta apresentar a carteira de identidade e o CPF, escolher um empreendimento e começar a pagar as prestações. Quem ficar três meses sem pagar as parcelas é retirado e substituído por um novo cooperado. O ritmo das obras depende de quanto se arrecada nos grupos reunidos ä em cada empreendimento. Como a velocidade de desembolso é lenta, as construções feitas por cooperativas são mais demoradas, segundo Cacá Della Libera, diretor da Orienta Coop, consultoria especializada em cooperativas de construção.

Na virada do ano, a Bancoop ganhou um gás financeiro extra para tocar suas obras com maior rapidez. A cooperativa foi ao mercado financeiro e lançou um produto conhecido como FDIC, uma espécie de nota promissória. Grosso modo, funciona assim: a cooperativa arrecada dinheiro junto aos investidores e entrega em pagamento os papéis com as dívidas que têm a receber de seus cooperados. Ao passar o chapéu no mercado, a Bancoop conseguiu R$ 43 milhões. Desse total, mais da metade veio de fundos de pensão de empresas estatais. A Petros, dos funcionários da Petrobrás, foi a primeira a apostar no produto e aplicou R$ 10,6 milhões - um quarto do total. A Funcef (empregados da Caixa Econômica Federal) entrou com R$ 11 milhões e a Previ (Banco do Brasil) deu mais R$ 5 milhões. Outros quatro fundos de pensão estatais, de menor porte, também compraram cotas do fundo da Bancoop. Fundos privados respondem pelo resto do investimento.


Os grandes fundos de pensão estatais são dirigidos por sindicalistas. Wagner Pinheiro, da Petros, e Sérgio Rosa, da Previ, foram inclusive diretores do Sindicato dos Bancários. O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, é militante histórico do PT. Recentemente, a Petros foi acusada de uso político por ter aplicado em fundos parecidos dos bancos BMG e Rural. No caso da Bancoop, todos os envolvidos no negócio negam qualquer favorecimento. "Desde janeiro de 2004, aplicamos em 11 FDICs", diz uma nota da Petros a ÉPOCA. "O fundo da Bancoop tem baixo risco, e sua maior atratividade é a meta de rentabilidade (IGP-M mais 12,5% ao ano)." Demosthenes Marques, diretor-financeiro da Funcef, diz que a maior prova de que não houve privilégio político é que a instituição aplica em dois FDICs, o da Bancoop e um da Fidúcia Rio Bravo, do ex-presidente do BC Gustavo Franco. "Se fosse escolha política, não investiríamos com alguém do governo anterior."

Com ou sem dinheiro dos fundos, a Bancoop cresce num ritmo espantoso e é a menina-dos-olhos do movimento sindical. Em 2004, lançou 52% mais imóveis que em 2003. O mercado caiu 15%. A Bancoop tem obras em andamento no valor de R$ 420 milhões. Muitos bancários, sindicalistas e seus amigos compram imóveis da Bancoop para morar ou como investimento. Seus lançamentos variam de apartamentos de 35 metros quadrados (um quarto), de R$ 60 mil, até a coberturas tríplex, de 250 metros quadrados, de R$ 650 mil. A construtora dos companheiros sindicalistas oferece de casas na praia a apartamentos em Moema, bairro nobre de São Paulo. "Como somos eficientes e não visamos lucros, conseguimos construir casas e apartamentos com valor 30% mais baixo", diz João Vaccari, que deixou a presidência do Sindicato dos Bancários para cuidar da Bancoop. Vaccari substituiu o ex-presidente Luiz Malheiro, que morreu num acidente de automóvel. O presidente Lula aprova e dá uma força. Em 1999, visitou um canteiro de obras da cooperativa acompanhado pelos companheiros Berzoini, Vaccari e Malheiro. O pôster com a imagem está na porta da cooperativa, em São Paulo.

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