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Empreiteiro diz que fez caixa dois de R$ 176 milhões para pagar propina

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sex Set 18 2015, 08:50

[size=40]Empreiteiro diz que fez caixa dois de R$ 176 milhões para pagar propina[/size]



Renato Costa/Frame/Folhapress
Empreiteiro diz que fez caixa dois de R$ 176 milhões para pagar propina 15258392
O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e delator na Operação Lava Jato
MARIO CESAR CARVALHO
GRACILIANO ROCHA
BELA MEGALE
FELIPE BÄCHTOLD


DE SÃO PAULO

17/09/2015  21h22
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Apontado como o chefe do cartel das empresas que atuavam na Petrobras, o empreiteiro

 Ricardo Pessoa, dono da UTC e da Constran, revelou em acordo de delação premiada 
que as suas duas empresas geraram um caixa dois de pelo R$ 176 milhões para pagar
 propina entre 2002 e 2014, segundo contas feitas pela Folha a partir de notas fiscais 
entregues pelo delator.

O caixa dois foi gerado por meio de contratações simuladas de serviços de terraplenagem, 

de advocacia e de consultoria.

O esquema funciona de duas maneiras diferentes, segundo o empresário: com os serviços 

de terraplenagem, não havia prestação de serviços e o valor pago era devolvido para as 
empresas de Pessoa. Já os contratos com o escritório de advocacia eram superfaturados 
e o valor a mais retornava em forma de dinheiro para a UTC e a Constran pagar suborno.

O empresário Adir Assad e o advogado Roberto Trombeta, segundo o empreiteiro, forneciam 

as notas fiscais para que as duas empresas de Pessoa tivessem dinheiro em espécie no 
caixa dois para pagar suborno.

Assad foi preso pela Operação Lava Jato em março sob acusação de lavagem de dinheiro. 



Já Trombeta fez um acordo de delação para evitar ser preso e se comprometeu a contar 
o que sabe em troca de uma pena menor, conforme aFolha revelou no último mês. 


O escritório de Trombeta prestava serviços tributários à UTC e à Constran há 15 anos,
 de acordo com Pessoa.

Uma das empresas de Assad, chamada S.M. Terraplenagem, foi responsável pela geração

 de notas frias no valor de R$ 54,1 milhões entre 2007 e 2011, de acordo com uma 
planilha entregue por Pessoa aos procuradores e policiais federais.

Outra firma de Assad, a Rock Star, que deveria atuar na área de marketing de corridas

 de carros da categoria "stock car", forneceu notas fictícias a Pessoa no valor 
de R$ 23,4 milhões.

Só por conta das notas falsas emitidas por essas duas empresas de Assad, o empresário 

disse ter sido autuado em R$ 136 milhões pela Receita Federal, ainda de acordo com
Pessoa.



PROPINA DE R$ 10 MI
O empresário relatou também que pagou R$ 10 milhões em propina ao ex-diretor da Petrobras

 Paulo Roberto Costa e ao deputado federal José Janene (PP-PR) por conta do contrato com 
a estatal para ampliar e modernizar a Repar (Refinaria Getúlio xxxxxxx), que fica na região 
metropolitana de Curitiba (PR). 


Janene, que morreu em 2010 de infarto, foi o político que 
indicou Costa para o cargo, no início da primeira gestão do presidente Lula, em 2004.

A UTC dividiu a obra em consórcio integrado pela Odebrecht e OAS. Pessoa diz que as duas 

empresas também se comprometeram a pagar R$ 10 milhões de suborno por causa do
 contrato dessa refinaria, mas afirmou que não sabe se os valores foram entregues.

O ex-diretor da Odebrecht Márcio Faria e o ex-diretor da OAS Agenor Medeiros ficaram

 encarregados de repassar o suborno a Costa e ao PP.

O doleiro Alberto Youssef, que também fez um acordo de delação premiada, disse que 

pagou propina no valor de R$ 10 milhões para Janene por ordem da Odebrecht.
Segundo Youssef, o valor total da propina na refinaria do Paraná seria de R$ 20 milhões.


OUTRO LADO


A Odebrecht, líder do consórcio da Repar, não emitiu comentários sobre as afirmações de Pessoa sobre o suposto pagamento de R$ 10 milhões de suborno. Por meio de nota, a companhia afirmou que As manifestações das defesas do presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, e dos ex-executivos se darão nos autos do processo.
Folha não conseguiu ouvir nenhum representante ou advogado da OAS, a terceira integrante do consórcio, na noite desta quinta (17).
Em ocasiões anteriores e nos autos, advogados dos executivos do grupo refutam as alegações de que tenha integrado cartel ou pago suborno em troca de obras na Petrobras. 




http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1683215-empreiteiro-diz-que-fez-caixa-dois-de-r-176-milhoes-para-pagar-propina.shtml

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