BOMBA: Dilma pediu pessoalmente para pagar dívida de R$ 12 milhões -ISTOÉ
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BOMBA: Dilma pediu pessoalmente para pagar dívida de R$ 12 milhões -ISTOÉ
Delação de Odebrecht:
Acordo firmado entre Marcelo Odebrecht e Justiça é revelado pela revista IstoÉ
Do R7
Marcelo Odebrecht: o homem-bombaBBC World Service
A revista IstoÉ traz em sua reportagem de capa deste final de semana detalhes da delação premiada
de Marcelo Odebrecht, principal acionista da empreiteira que leva o nome da família. Ele revelou à
Justiça que a presidente afastada Dilma Rousseff teria cobrado pessoalmente uma doação ilegal de
campanha.
Segundo a publicação, o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, cobrou R$ 12 milhões
de Marcelo, entre o 1º e 2º turnos, para fazer um pagamento “por fora” para o marqueteiro
João Santana e para o PMDB.
O empresário se recusou a fazer o pagamento, mas resolveu passar a história a limpo com
a presidente.
Dias depois, em encontro pessoal, o empreiteiro e a presidente afastada mantiveram a seguinte
conversa:
— Presidente, resolvi procurar a senhora para saber o seguinte: é mesmo para efetuar o pagamento
exigido pelo Edinho? — perguntou Odebrecht.
— É para pagar — respondeu Dilma.
O executivo decidiu fechar em março o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da
República, após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos e 4 meses de cadeia.
A empresa também afirmou que buscará colaborar com a Justiça e atualmente negocia um acordo
de leniência, o que vai levar outros executivos a também prestarem depoimento.
A delação de Marcelo e o acordo com a empresa é interpretado em Brasília como uma “bomba”.
Isso porque os investigadores da Operação Lava Jato descobriram um setor de propinas estruturado
na empresa. Além disso, foi encontrada uma planilha de pagamentos com os nomes de mais de
200 políticos — a operação investiga justamente quais desses pagamentos eram legais e quais eram
ilegais.
De acordo com a publicação, a delação “atesta que a presidente afastada não apenas sabia como
atuou pessoalmente numa operação criminosa. Aos integrantes da força-tarefa da Lava Jato,
o empreiteiro desfiou com riqueza de detalhes a ação da presidente”.
Ao procurar Odebrecht, Edinho teria afirmado que, dos R$ 12 milhões, metade iria para João
Santana e metade para o PMDB, do presidente interino Michel Temer, que era o vice na chapa
presidencial encabeçada por Dilma.
À época, segundo revista, a empreiteira já tinha feito uma doação de R$ 14 milhões à campanha,
mas o caixa precisava ser reforçado para a batalha do segundo turno.
O acordo de Odebrecht com a Justiça foi firmado na última semana, segundo a IstoÉ, mas ainda
precisa ser homologado pelo ministro Teori Zavascki.
Acordo firmado entre Marcelo Odebrecht e Justiça é revelado pela revista IstoÉ
Do R7
Marcelo Odebrecht: o homem-bombaBBC World Service
A revista IstoÉ traz em sua reportagem de capa deste final de semana detalhes da delação premiada
de Marcelo Odebrecht, principal acionista da empreiteira que leva o nome da família. Ele revelou à
Justiça que a presidente afastada Dilma Rousseff teria cobrado pessoalmente uma doação ilegal de
campanha.
Segundo a publicação, o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, cobrou R$ 12 milhões
de Marcelo, entre o 1º e 2º turnos, para fazer um pagamento “por fora” para o marqueteiro
João Santana e para o PMDB.
O empresário se recusou a fazer o pagamento, mas resolveu passar a história a limpo com
a presidente.
Dias depois, em encontro pessoal, o empreiteiro e a presidente afastada mantiveram a seguinte
conversa:
— Presidente, resolvi procurar a senhora para saber o seguinte: é mesmo para efetuar o pagamento
exigido pelo Edinho? — perguntou Odebrecht.
— É para pagar — respondeu Dilma.
O executivo decidiu fechar em março o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da
República, após ser condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos e 4 meses de cadeia.
A empresa também afirmou que buscará colaborar com a Justiça e atualmente negocia um acordo
de leniência, o que vai levar outros executivos a também prestarem depoimento.
A delação de Marcelo e o acordo com a empresa é interpretado em Brasília como uma “bomba”.
Isso porque os investigadores da Operação Lava Jato descobriram um setor de propinas estruturado
na empresa. Além disso, foi encontrada uma planilha de pagamentos com os nomes de mais de
200 políticos — a operação investiga justamente quais desses pagamentos eram legais e quais eram
ilegais.
De acordo com a publicação, a delação “atesta que a presidente afastada não apenas sabia como
atuou pessoalmente numa operação criminosa. Aos integrantes da força-tarefa da Lava Jato,
o empreiteiro desfiou com riqueza de detalhes a ação da presidente”.
Ao procurar Odebrecht, Edinho teria afirmado que, dos R$ 12 milhões, metade iria para João
Santana e metade para o PMDB, do presidente interino Michel Temer, que era o vice na chapa
presidencial encabeçada por Dilma.
À época, segundo revista, a empreiteira já tinha feito uma doação de R$ 14 milhões à campanha,
mas o caixa precisava ser reforçado para a batalha do segundo turno.
O acordo de Odebrecht com a Justiça foi firmado na última semana, segundo a IstoÉ, mas ainda
precisa ser homologado pelo ministro Teori Zavascki.
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