apuracao de acidente ESTADO 08 06 2008
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apuracao de acidente ESTADO 08 06 2008
JORNAL ESTADO 08 06 2008 apuracao de acidente.....
Domingo, 08 de Junho de 2008
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080608/not_imp185839,0.php
Ministério Público vai apurar morte de ex-presidente da Bancoop
Oficialmente Malheiro foi vítima de acidente de carro, em 2004,
mas ele recebera alerta para reforçar segurança
Fausto Macedo
link
http://bancoopforum.multiply.com/photos/album/79/Blat_recebe_denuncia_de_Helio#1
A morte de Luís Eduardo Saeger Malheiro, ex-presidente da
Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de
São Paulo), vai ser investigada pelo Ministério Público de
São Paulo.
A versão oficial é que Malheiro foi vítima de um
acidente de carro, em 12 de novembro de 2004, no município
de Petrolina (PE). Mas, segundo seu irmão, Hélio Malheiro, ele
havia sido alertado para reforçar sua segurança pessoal.
O alerta, afirmou Hélio, ocorreu no início de fevereiro de 2002.
Duas semanas antes, no dia 18 de janeiro daquele ano, Celso
Daniel (PT), prefeito de Santo André, fora seqüestrado e fuzilado
em um atalho de terra em Itapecerica da Serra, na Grande
São Paulo.
Segundo Hélio, o alerta foi dado por José Carlos Espinoza,
que depois seria chefe do Gabinete Regional da Presidência
da República em São Paulo. Para Hélio, o acidente está mal
explicado.
Em depoimento à Promotoria de Justiça, ele pediu
investigações sobre o caso. Disse que considera "estranhas
as circunstâncias" do desastre que vitimou seu irmão e
outros dois dirigentes da Bancoop.
Hélio Malheiro depôs terça-feira. Foi o seu segundo relato
à promotoria, em menos de uma semana. No primeiro, dia
29 de maio, ele afirmou ter ouvido do irmão que "tinha de
ceder às pressões políticas e, muitas vezes, se via obrigado
a entregar valores de grande monta para as campanhas
eleitorais do Partido dos Trabalhadores, desviando os recursos
que eram destinados à construção das unidades habitacionais".
CAMPANHAS
Hélio denunciou que recursos que teriam sido desviados
da Bancoop abasteceram a campanha de Luiz Inácio Lula
da Silva à Presidência da República em 2002 e do deputado
Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele contou que, naquele dia,
em 2002, foi à sede da Bancoop, à Rua Líbero Badaró,
Centro, chamado por seu irmão "para tratar de assuntos
referentes a uma obra".
Quando chegou à sala de Luís Eduardo viu que ele
conversava com Espinoza. Depois, ouviria do irmão:
"Esse cara (Espinoza)
é segurança do Lula.
Em função da morte do Celso Daniel, ele me orientou
a reforçar
minha segurança pessoal."
"Fiquei preocupado porque a morte do prefeito não tinha
nenhuma relação com a atividade do Luís Eduardo à frente
da presidência de uma cooperativa habitacional", declarou
Hélio ao promotor José Carlos Blat, que conduz investigação
sobre supostas irregularidades na Bancoop.
"Meu irmão respondeu que se
tratava de questões relacionadas ao crescimento da Bancoop
e que o cargo dele estava sendo muito visado. Fiquei bastante desconfiado."
A versão que recebeu sobre o acidente não o convenceu.
A ele, disseram que seu irmão estava no banco traseiro
do carro.
Na frente iam os outros dois diretores da entidade.
O que estava ao volante teria adormecido e o carro bateu de
frente com um caminhão. O acidente ocorreu à tarde.
"Meu irmão era uma pessoa muito desconfiada.
Quando não estava dirigindo, não dormia em hipótese
alguma."
"É muito esquisito", avalia o promotor Blat, que enviou
cópia do relato de Hélio ao promotor Roberto Wider, de
Santo André, responsável pela apuração do assassinato de
Celso Daniel. Wider jamais aceitou a versão policial de crime
comum - o prefeito petista, concluiu o Departamento de
Homicídios, foi vítima de seqüestradores que agiram sem
motivação política.
Para Blat, "são fortes os indícios de crimes e de caixa 2 com
recursos da Bancoop".
Suspeita que a entidade "tem perfil de organização criminosa".
"O caso é muito grave, gravíssimo."
Blat disse que Hélio decidiu contar o que sabe e o que diz ter
ouvido do irmão porque a investigação apontava para ele.
Outros depoimentos ao Ministério Público indicam que parte
dos recursos que teriam sido desviados circulou por contas
correntes de Malheiro.
Espinoza não foi encontrado pela reportagem.
Domingo, 08 de Junho de 2008
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080608/not_imp185839,0.php
Ministério Público vai apurar morte de ex-presidente da Bancoop
Oficialmente Malheiro foi vítima de acidente de carro, em 2004,
mas ele recebera alerta para reforçar segurança
Fausto Macedo
link
http://bancoopforum.multiply.com/photos/album/79/Blat_recebe_denuncia_de_Helio#1
A morte de Luís Eduardo Saeger Malheiro, ex-presidente da
Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de
São Paulo), vai ser investigada pelo Ministério Público de
São Paulo.
A versão oficial é que Malheiro foi vítima de um
acidente de carro, em 12 de novembro de 2004, no município
de Petrolina (PE). Mas, segundo seu irmão, Hélio Malheiro, ele
havia sido alertado para reforçar sua segurança pessoal.
O alerta, afirmou Hélio, ocorreu no início de fevereiro de 2002.
Duas semanas antes, no dia 18 de janeiro daquele ano, Celso
Daniel (PT), prefeito de Santo André, fora seqüestrado e fuzilado
em um atalho de terra em Itapecerica da Serra, na Grande
São Paulo.
Segundo Hélio, o alerta foi dado por José Carlos Espinoza,
que depois seria chefe do Gabinete Regional da Presidência
da República em São Paulo. Para Hélio, o acidente está mal
explicado.
Em depoimento à Promotoria de Justiça, ele pediu
investigações sobre o caso. Disse que considera "estranhas
as circunstâncias" do desastre que vitimou seu irmão e
outros dois dirigentes da Bancoop.
Hélio Malheiro depôs terça-feira. Foi o seu segundo relato
à promotoria, em menos de uma semana. No primeiro, dia
29 de maio, ele afirmou ter ouvido do irmão que "tinha de
ceder às pressões políticas e, muitas vezes, se via obrigado
a entregar valores de grande monta para as campanhas
eleitorais do Partido dos Trabalhadores, desviando os recursos
que eram destinados à construção das unidades habitacionais".
CAMPANHAS
Hélio denunciou que recursos que teriam sido desviados
da Bancoop abasteceram a campanha de Luiz Inácio Lula
da Silva à Presidência da República em 2002 e do deputado
Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele contou que, naquele dia,
em 2002, foi à sede da Bancoop, à Rua Líbero Badaró,
Centro, chamado por seu irmão "para tratar de assuntos
referentes a uma obra".
Quando chegou à sala de Luís Eduardo viu que ele
conversava com Espinoza. Depois, ouviria do irmão:
"Esse cara (Espinoza)
é segurança do Lula.
Em função da morte do Celso Daniel, ele me orientou
a reforçar
minha segurança pessoal."
"Fiquei preocupado porque a morte do prefeito não tinha
nenhuma relação com a atividade do Luís Eduardo à frente
da presidência de uma cooperativa habitacional", declarou
Hélio ao promotor José Carlos Blat, que conduz investigação
sobre supostas irregularidades na Bancoop.
"Meu irmão respondeu que se
tratava de questões relacionadas ao crescimento da Bancoop
e que o cargo dele estava sendo muito visado. Fiquei bastante desconfiado."
A versão que recebeu sobre o acidente não o convenceu.
A ele, disseram que seu irmão estava no banco traseiro
do carro.
Na frente iam os outros dois diretores da entidade.
O que estava ao volante teria adormecido e o carro bateu de
frente com um caminhão. O acidente ocorreu à tarde.
"Meu irmão era uma pessoa muito desconfiada.
Quando não estava dirigindo, não dormia em hipótese
alguma."
"É muito esquisito", avalia o promotor Blat, que enviou
cópia do relato de Hélio ao promotor Roberto Wider, de
Santo André, responsável pela apuração do assassinato de
Celso Daniel. Wider jamais aceitou a versão policial de crime
comum - o prefeito petista, concluiu o Departamento de
Homicídios, foi vítima de seqüestradores que agiram sem
motivação política.
Para Blat, "são fortes os indícios de crimes e de caixa 2 com
recursos da Bancoop".
Suspeita que a entidade "tem perfil de organização criminosa".
"O caso é muito grave, gravíssimo."
Blat disse que Hélio decidiu contar o que sabe e o que diz ter
ouvido do irmão porque a investigação apontava para ele.
Outros depoimentos ao Ministério Público indicam que parte
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Espinoza não foi encontrado pela reportagem.
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