A COOPERSAM (problemas)

A COOPERSAM (problemas)

A COOPERSAM - Cooperativa Habitacional dos Empregados das Empresas de Saneamento e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, originalmente COOPERSAB - Cooperativa Habitacional dos Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, foi constituída graças a iniciativa de um grupo de integrantes da empresa que, preocupados com a falta de opções no mercado para a aquisição de moradia própria, realizaram diversas pesquisas e consultas a outras instituições em busca de soluções para este problema.

Como resultado deste trabalho, e através do apoio da COOPERMETRO DE SÃO PAULO - Cooperativa Pró Habitação dos Metroviários, este grupo concluiu que o sistema cooperativista é, no momento a melhor, alternativa para acesso a moradia própria.

Mesmo assim, para que a constituição da Cooperativa fosse concretizada, considerou-se necessário realizar uma consulta abrangendo o maior número possível de colegas da empresa, de modo a averiguar se os objetivos iniciais estabelecidos correspondiam àqueles da maioria, tornando desta forma a COOPERSAB uma instituição verdadeiramente representativa.

Para tanto, este grupo contou com o apoio da Associação Sabesp, através da divulgação e implementação de uma pesquisa preliminar junto aos funcionários da empresa.

Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstraram a importância desta iniciativa, o que levou este grupo a constituição da COOPERSAB em assembléia realizada em 04.04.1997, no Sindicato dos Metroviarios de São Paulo. Desta forma, em de 1997 a COOPERSAB passou a existir oficialmente junto a JUCESP. A primeira Diretoria, liderada pelo Diretor Presidente ALDO RUIZ GUERREIRO, foi composta por LIVIA RIBEIRO DE OLIVEIRA SANCHES - Diretora Superintendente, DIVA APARECIDA PEREIRA HUGRIA REQUIÁO - Diretora Financeira, SILVIO ALOISIO DOS SANTOS - Diretor Administrativo, EDSON PEREIRA DA TRINDADE, Diretor de Patrimônio e Social. Desta forma, em outubro de 97 a COOPERSAB recebeu as contribuições dos primeiros Cooperados através de pagamentos via BANESPA Agência Bom Retiro - São Paulo.

Em dezembro de 97, alguns Conselheiros (Administração e Fiscal) solicitaram ao então Presidente que apresentasse documentos onde se pudesse ter uma visão do movimento financeiro da COOPERSAB, o que não foi apresentado, sendo constatado também que todo os pagamentos efetuados estavam ainda parados em conta corrente. Estes Conselheiros, Maria das Gracas , Helena Marcia, Walkiria Barrero e também o Diretor de Patrimonio e Social Edson Pereira da Trindade continuaram questionando o Presidente que nada de concreto apresentava. Preocupados com o destino da COOPERSAB, esse grupo passou a envolver outros Cooperados, como Gleib Gonçalves Galli, Carlos Augusto Gonzalez, Gilmar Massone e outros, que chegaram a conclusão de que talvez o mais prudente fosse esperar a Assembléia de março onde a Diretoria teria que prestar contas a todos os cooperados.

A Assembléia, ocorrida em março de 1998, nada esclareceu. Foi apresentado um Balanço superficial , assinado por membros do Conselho Fiscal que ainda nem eram Cooperados.

O grupo então passou a se reunir para criar uma estratégia que resolvesse aquele problema.Na assembléia de marco, o Cooperado Gleib Gonçalves Galli foi eleito membro do Conselho de Administracao e passou a contribuir efetivamente para a resolucão daquele problema. O grupo decidiu convocar o Presidente para uma reunião de Prestação de Contas, em abril de 1998. O mesmo compareceu acompanhado do então Diretor Financeiro Silvio Aloisio. Nesta reunião o grupo fez uma serie de perguntas de esclarecimentos ao Presidente, inclusive se o mesmo já havia se tornado cooperado pois haviam boatos de que o mesmo ainda não era cooperado. Nesta época havia também uma preocupação muito grande com a imagem da COOPERSAB pois o Diretor Financeiro havia sido desligado da SABESP com suspeita de envolvimento em Fraude. A Cooperada Maria das Graças já havia sugerido o afastamento do Diretor Financeiro do quadro de Diretores da COOPERSAB por entender que sua presença era nociva para a imagem da COOPERSAB que estava apenas iniciando suas atividades, o que foi veementemente contestado pelo Presidente. Isto contribuiu para comprometer ainda mais o clima presente. Nesta reunião o Presidente se comprometeu a retornar, trazendo as respostas a todas as questões que haviam sido colocadas. No dia marcado o Presidente não compareceu. O grupo porem realizou a reunião regularmente, documentando através de ata, a ausência do Presidente e do Diretor Financeiro. A partir dai todas as convocações, num total de xx foram feitas via telegramas, para a residência e para o endereço de trabalho do Presidente. Como não houve nenhuma manifestação do mesmo o grupo de Conselheiros e Diretores, decidiu pedir demissão, para forçar o Presidente a convocar uma assembléia extraordinária para preenchimento dos cargos vagos. No período que antecedeu a assembléia, o grupo desenvolveu um trabalho de conscientização junto a outros cooperados, com o objetivo de destituir o então Presidente. Neste mesmo período os Cooperados Maria das Graças e Gleib Gonçalves Galli entenderam que deveriam procurar a direção da SABESP, para manifestar a preocupação que havia no grupo, considerando que havíamos levantado a hipótese de que o Presidente estava usando indevidamente o dinheiro dos cooperados e com isso comprometendo o nome da SABESP. Apos contato com o Presidente da Associação SABESP, Engo Persio Faulim Menezes, foram recebidos pelo Assessor da Diretoria de Assuntos Coorporativos Paulo Menezes. Informado sobre tudo que estava ocorrendo, solidarizou-se com a nossa preocupação, considerou que a estratégia do grupo em forçar a realização da assembléia extraordinária era a única saída mesmo, para destituir os então dirigentes da COOPERSAB. A Graça e o Gleib aproveitaram a oportunidade para solicitar apoio da Diretoria, pois entendiam que logo apos a realização da assembléia iriam necessitar de orientação jurídica e de serviços de auditoria, considerando todas as hipóteses de irregularidades que haviam levantado. Paulo Menezes nos tranqüilizou dizendo que não via problema em nos ajudar neste aspecto. Ficou combinado então que logo apos a realização da assembléia voltaríamos a nos contatar para as providências necessárias.

No dia 04/07/98, na sede do nosso sindicato SINTAEMA, foi realizada a Primeira Assembléia Geral Extraordinária que contou com a presença de 50 cooperados.

O então Presidente compôs a mesa e iniciou os trabalhos, explicando que havia convocado aquela assembléia para o preenchimento de cargos vagos na Diretoria e nos Conselhos, considerando o pedido de demissão coletiva da primeira Diretoria, ocorrido em 1998. Apos esta colocação a Cooperada Graça pediu a palavra e explicou aos presentes os motivos que ocasionaram tal pedido de demissão. Então o Presidente consultou os presentes, se havia algum cooperado interessado em ocupar o cargo de Diretor Financeiro, pois o Silvio passou a ser o Diretor Superintendente. Apenas um cooperado levantou o braço. Em seguida o Presidente solicitou aos presentes que estavam de acordo com aquela candidatura, levantassem o braço. Como não houve nenhuma manifestação o Presidente prosseguiu ate completar todos os cargos vagos.Como não houve o preenchimento pretendido, a cooperada Graça imediatamente pediu a palavra e propôs a eleição de uma Diretoria provisória que por 40 dias, conforme estatuto, iria realiza uma fiscalizacão nas contas, receita/despesas da COOPERSAB, e apos esse período convocar nova assembléia para eleger uma Diretoria definitiva.A proposta foi aprovada , sendo então dito os nomes dos componentes desta Diretoria. sendo 1.PRESIDENTE - MARIA DAS GRACAS FERREIRA 2. DIRETOR SUPERINDENTE DIVA APARECIDA HUNGRIA REQUIÃO 3. DIRETOR ADMINISTRATIVO GLEIB GONCALVES GALLI 4. DIRETOR FINANCEIRO ALDO ROBERTO E 5. DIRETOR DE PATRIMONIO E SOCIAL CARLOS AUGUSTO GONZALEZ. Aprovado os nomes pela assembléia a Graça solicitou então a destituição do Presidente e do Diretor remanescente e assumiu a presidência da mesa, com aprovação dos presentes.O ex-Presidente colocou então que permaneceria no cargo por mais 20 dias para efetuar a transferência administrativa da COOPERSAB. A proposta foi aceita pela assembléia porem ressaltando a proposta do Gleib de que nenhum documento, inclusive cheque, seria assinado/emitido sem o aval da Diretoria Provisória.Acertados esses detalhes a Graça deu por encerrado os trabalhos, ressaltando que em 40 dias estaríamos realizando assembléia para dar aos cooperados um panorama da COOPERSAB e elegendo uma Diretoria definitiva.Concluídos os trabalhos da assembléia, o grupo de diretores provisórios se reuniram e redigiram uma carta ao BANESPA, solicitando o bloqueio da conta, anexando a esta, uma cópia da Ata produzida na assembléia.No dia 06/07, as 10 horas da manhã o Diretor Administrativo Gleib, entregou estes documentos a gerência do BANESPA, que após análise jurídica do Banco nos informou que a conta estava bloqueada até que no período de 20 dias nós deveríamos entregar a ATA registrada na JUNCESP, para que o banco pudesse efetuar as alterações cadastrais, referente aos titulares da conta da COOPERSAB.

No dia 08/07 foi apresentado no caixa do banco, um cheque assinado pelo ex-Presidente, com data de 01/07/98, o Banespa não pagou e ao mesmo tempo informou ao Gleib, o fato ocorrido, e nos forneceu o telefone deixado pelo ex-presidente do local onde poderia ser encontrado. Dias depois o Gleib constatou que o telefone era da Empresa MBM, a mesma empresa de assessoria em empreendimentos contratada pelo ex-presidente e que faturava mensalmente 10% de todos os depósitos feitos pelos cooperados como pagamento de prestação de serviços de assessoria administrativa e técnica.É importante observar que esta empresa já prestava serviços ao ex-presidente, mesmo antes da fundação da cooperativa, e quando iniciamos o recebimento dos valores depositados pelos cooperados, nós já tínhamos uma dívida considerável com esta empresa.

http://www.coopersamnet.com.br/historia.htm