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Mensagens revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS = OGLOBO

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Qua Jan 20 2016, 12:55

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Lobista fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados 




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POR VINICIUS SASSINE
20/01/2016 5:00 / atualizado 20/01/2016 12:22
Mensagens revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS = OGLOBO 2010042125489Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA - Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro, atuou no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.
Numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos). A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.
As mensagens trocadas entre Geddel e o empreiteiro são as mais explícitas dentre as transcritas no relatório da PF. Só se comparam às conversas envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Geddel é presidente do PMDB na Bahia e um dos principais defensores no partido do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi ministro no governo Lula entre 2007 e 2010 e vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013.
No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.



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Troca de mensagens  

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Uma série de mensagens mostra a atuação de Geddel na Caixa em defesa da OAS. Em 19 de abril de 2013, o peemedebista trata da Transolímpica, uma via expressa no Rio construída para os Jogos Olímpicos por um consórcio integrado por Invepar (33,4%), braço da OAS; Odebrecht (33,3%); e CCR (33,3%). Pinheiro reproduziu para um interlocutor mensagem que recebera do então vice-presidente da Caixa: “Amigo, aquele assunto da Transolímpica, questão da trava domicilio/notificação da nossa parte tá solucionado. Mandei o pessoal enviar uma minuta e se concessionária der ok, já liberamos os 30 abs”, diz a mensagem.
Fontes que conhecem o funcionamento de grandes empréstimos da Caixa dizem que essa “trava domicílio” diz respeito a uma conta criada para receber os recursos. O financiado recebe o dinheiro quando resolve “travas” como garantias. No meio do processo, que é demorado, podem ser feitos empréstimos-pontes, até a liberação do crédito principal. A Transolímpica é financiada pela Caixa, mas não houve financiamento no período da conversa, segundo o banco.
Meses antes, Geddel tratou de garantias com Léo Pinheiro: “Ñ sei se está a par, mas até sexta finalizamos análise da proposta de substituição da garantia na operação de 200 mi para desbloquear seu fluxo”. Em 11 de setembro de 2012, o empreiteiro fez um agradecimento a Geddel: “Amigo, acabou de entrar o recurso do capital de giro da CEF na conta. Um abraço, e muito obrigado”.
Em 2013, o vice-presidente da Caixa atuou intensamente junto a Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Aviação Civil na ocasião. Ele buscava atender a um pleito de Pinheiro para que concessionárias de aeroportos pudessem participar de novos leilões. O governo anunciou essa mudança em setembro de 2013. Em 26 de julho, Geddel já dava a notícia a Léo Pinheiro: “Martelo batido: pode participar. Aí está mensagem que acabo de receber de MF (Moreira Franco). Me disse ele que solução nos contempla. Parabéns”. Antes, nas mensagens, o vice da Caixa criticava Dilma, chamada por ele de “tia”. “Soube que a tia fechou questão nisso, lero de monopólio etc. Estou pressionando muito, a tia tá muito dura”.
Geddel ainda tratou de um empreendimento imobiliário da OAS em Salvador, de frente para o mar, o Costa España. “Não esqueça daquela oportunidade para concluirmos aquela conversa sobre o Costa Espanha. Estou precisando definir o tema”. Pinheiro informou a um interlocutor: “Nosso amigo GVL (Geddel) pede para vc ligar para Luis. Teve com o baixinho e está liberado o Costa Espanha (novo)”. Geddel admitiu ao GLOBO ter estado com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para tratar do empreendimento. A Caixa diz que o financiamento do Costa España foi feito por outra instituição financeira.
Em outubro de 2012, Geddel fez pedidos de doação para candidato em Vitória da Conquista. Pinheiro demonstrou ter concordado em doar, mas fez ressalva: o então governador da Bahia, Jaques Wagner, apelidado de “Compositor”, também atuava na cidade. Fora da Caixa a partir de dezembro de 2013, Geddel foi candidato ao Senado e perdeu para Otto Alencar (PSD). Com a eleição se aproximando, pediu para o empreiteiro “acelerar o processo”. “A coisa apertou, me ajude”. E arrematou: “Eduardo me falou que vc disse a ele que Otto virou a eleição? Não acredite tão cegamente no lero lero do judeu. Eu ganho a eleição, aposte nisso”.

Perguntas e respostas

O peemedebista Geddel Vieira Lima confirma que intermediou interesses da OAS, mas acha natural.
O senhor atendeu aos pedidos de Léo Pinheiro, com atuação dentro da Caixa quando era vice-presidente de Pessoa Jurídica?
Claro que o atendi. Ele era um grande empresário brasileiro. Eu fazia isso com todos. Quem me procurava era um empresário como qualquer outro. Minhas coisas foram feitas às claras. Eu não estava conversando ou fazendo pedidos a um criminoso, estava conversando com um grande empresário brasileiro, meu amigo. A Polícia Federal não tinha dito que era criminoso, ninguém havia levantando algum tipo de suspeita.
Houve intermediação na Caixa por financiamentos à empresa?
Empréstimo eu acho que a OAS não fez nenhum conosco. Quando estávamos lançando o setor de exportação, de crédito internacional, eu estava querendo mostrar serviço. Eu fui para São Paulo, eu e meus diretores, batendo na porta de empresários, me apresentando. Estive com Odebrecht, com Friboi, com quem você possa imaginar.
Por que decidiu intermediar os interesses da OAS na questão da concessão de aeroportos?
Havia uma forte disputa interna no governo. Defendi uma tese de que aquele modelo limitava a concorrência. Foi natural atender Léo Pinheiro. Havia outros interesses, como da Odebrecht. Hoje tudo isso vira crime. Ele é um amigo da Bahia, de políticos baianos. Qual o sentido de uma empresa ter ganhado o aeroporto de Cumbica e não poder participar do Galeão? A lógica é de que isso inibia a concorrência. É claro que hoje tem o fato de ele ter sido preso. Antes ele era empresário, e eu tinha de tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado... Era coisa absolutamente natural.
O senhor é sócio no empreendimento da OAS Costa España?
Cheguei a pensar em comprar um apartamento. Um irmão comprou.
Esteve com o prefeito ACM Neto para tratar do empreendimento?
Não lembro exatamente o que tratei com o prefeito, acho que era uma ciclovia que queriam fazer na frente do Costa España.
Os pedidos de doação à OAS estão associados à atuação do senhor em defesa da empreiteira?
As doações da OAS foram decepcionantes na Bahia. E era mais natural que eu pedisse a ele que a você. Eu não preciso de intermediação. São empresários da Bahia com quem lido há 20 anos.
Quem é a “tia” nas mensagens?
Tia é a presidente da República. É a forma como todo mundo se referia a ela. Esse assunto (de concessões) foi muito debatido no governo. Léo Pinheiro pediu para eu levar um parecer jurídico a Moreira Franco. Defendi poder participar, conversei com o pessoal da Odebrecht também. A Tia era contra. A Gleisi Hoffmann parece que defendia a tese de que deveria liberalizar.

Leia as mensagens


Mensagens revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS = OGLOBO Dialogos-geddel-pinheiro-2
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CONHEÇA AS MENSAGENS

Conversas por celular entre Geddel Vieira Lima e Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS
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LÉO PINHEIRO
GEDDEL VIEIRA
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AÇÕES NO EXERCÍCIO DO CARGO DE VICE-PRESIDENTE DA CAIXA
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17/08/2012:
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“Já estou cobrando a finalização do voto. Te informo.”
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11/09/2012:
“Amigo, acabou de entrar recurso do capital de giro da CEF na conta. Um abraço, e muito obrigado.”
09/01/2013:
“De GVL: ‘Não sei se está a par, mas até sexta finalizamos análise da proposta de substituição da garantia na operação de 200 mi para desbloquear seu fluxo. Já mandei falar c Tourinho’”
“Gustavo, vc me dá noticias? de Geddel: ‘Amigo, aquele assunto da Transolímpica, questão da trava domicilio/notificação da nossa parte tá solucionado. Mandei o pessoal enviar uma minuta e se concessionária der ok, já liberamos os 30 abs’”
 
19/04/2013:
(Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013)
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SOBRE CONCESSÕES DE AEROPORTOS
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30/05/2013:
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“Soube que a tia fechou questão nisso, lero de monopólio etc e tal, vamos ver as audiências públicas e no limite ver outras coisas. Vamos em frente”
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06/06/2013:
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“Me fale qdo voltar. Estou pressionando muito, a tia tá muito dura, mas... enfim vamos falar abs. Boa viagem”
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26/07/2013:
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“Martelo batido: pode participar. Conversaremos na terça. Lhe (mando) notícias hj, aí está mensagem que acabo de receber de MF (seria o então ministro da Aviação Civil Moreira Franco, também do PMDB). Me disse ele que solução nos contempla. Parabéns. abs”
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30/07/2013:
“15 de 100 é muito pouco. Não resolve.
Ficaria assim: Infraero-49% Operador-25% Nós-15% Outros-11%”
 
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“Ok Estarei com nosso amigo logo mais. O número i 25?”
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“Acho que sim. 25 a 30”
“De GVL: Para: MF 'Estou no meu limite de paciência. Estas moças são muito tresloucadas. Tá passando pra todo mundo que vc esta totalmente comprometido com a bavaria, tem tomar cuidado. Pq não mete o FI FGTS?”
 
27/09/2013:
“Vem diálogo de Geddel com MF: 'Te dei a dica ontem do concecionário (sic) ser um consórcio, não uma empresa. O outro caminho é viabilizar 1/3. Ñ gosto de ver o rei pelado. Avante confio no seu espírito público'. Esse MF é muito frouxo. Ouvir isso e ficar quieto!!!!!!!!!!”
15/11/2013:
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“Me passe o que for preciso para que eu possa ajudar a detonar essa merda. A imprensa tá pronta, me dê munição”
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(A OAS buscou eliminar restrições existentes para concessionários participarem de outras concessões de aeroportos. O limite de 15% foi derrubado pelo governo para leilões seguintes, de Galeão e Confins, em 2013)
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PEDIDO DE AJUDA
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08/05/2012:
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“Querido amigo, sem querer abusar, mas já abusando, peço que examine a possibilidade de absolver (sic) o nosso amigo Nilton Silva (Niltinho) que estava me ajudando na Sudene. Parece-me que ele já está em tratativas com o nosso Varjão. Creio que vc o conhece, pois ele já trabalhou com vcs. Desculpe incomodá-lo com isso. Abs”

 
(Nilton Silva Filho foi diretor de Administração da Sudene, demitido do cargo em fevereiro daquele ano. A referência a “absolver” pode ser, na verdade, absorver, num pedido de emprego ao amigo)

 
PEDIDOS DE DOAÇÕES DE CAMPANHA
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15/10/2012:
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“Gratíssimo, mas lembre-se que a eleição já é dia 28 abs”
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17/10/2012:
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“Amigo, evoluiu alguma coisa com Mateus?”
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Pinheiro (para outro dono da OAS): “O Gordinho me ligou pedindo apoio para Conquista. Vc pede para Mateus ligar para o Lucio (irmão) e combinar, sem vínculo, pois o Compositor (seria Jaques Wagner) está muito empenhado lá. Acho que 150 está bom"
“Mateus vai procurar Lúcio (Vieira Lima, irmão de Geddel). Só consegui falar com Êle agora. Abs"
 
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“Ok. Lucio” (e informa o número do celular)

 
(Não aparecem doações da OAS aos candidatos de PT e PMDB em Vitória da Conquista (BA) em 2012)
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19/09/2014:
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“Bom dia amigo. O evento está chegando ao fim. Se puder acelerar o processo fico grato”
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23/09/2014:
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“Amigo, semana que vem acaba a eleição. A coisa apertou. Me ajude. abs”
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03/10/2014:
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“Eduardo me falou que vc disse a ele que Otto virou a eleição? Não acredite tão cegamente no lero lero do judeu. Eu ganho a eleição, aposte nisso”

 
(Geddel perdeu a eleição de senador para Otto Alencar, do PSD. O TSE registra uma doação de R$ 750 mil da OAS para a direção estadual do PMDB, em agosto de 2014)

 
Editoria de Arte





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