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Mensagens mostram que Cunha atuava como representante da OAS (OGLOBO)

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sáb Jan 09 2016, 09:27

Mensagens mostram que Cunha atuava como representante da OAS (OGLOBO)







Deputado exigia dinheiro da empreiteira quando era líder 
do PMDB na Câmara



POR VINÍCIUS SASSINE




09/01/2016 6:00 / atualizado 09/01/2016 6:00



O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Givaldo Barbosa / Agência O Globo / 3-12-2015






BRASÍLIA — O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendia os interesses da construtora OAS 
na Câmara, especialmente nos anos em que exerceu a liderança de seu partido na Casa, 
em 2013 e 2014. Nesse período, Cunha foi também um parlamentar de muitos pedidos de dinheiro 
à empreiteira, principalmente para campanhas eleitorais.


O relatório da Polícia Federal com todas as mensagens de celular trocadas entre o atual presidente 
da Câmara e Léo Pinheiro, então presidente da OAS, mostra que nove medidas provisórias 
(MPs) foram negociadas diretamente nas conversas entre os dois ou mencionadas pelo grupo do
 empreiteiro.


 Executivos da OAS buscavam aprovar emendas em MPs que beneficiassem os interesses 
da construtora. Em algumas dessas emendas, Cunha teve participação direta.


O deputado foi acionado para tratar de extensa pauta no Congresso de interesse de Léo Pinheiro, 
como consta numa anotação encontrada nos celulares do empreiteiro. 


A pauta, em fevereiro de 2013, mês em que Cunha virou líder do PMDB, tinha 13 itens, entre eles
 negócios relacionados a debêntures (títulos de dívidas de empresa); duas medidas provisórias; 
assuntos de interesse do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB); uma tratativa sobre o município 
de Itaboraí, no Estado do Rio; e negócios com fundos de investimentos.




=================================


[size=50]“SE PUDER MUDAR ALGUM VOTO”[/size]



Ao mesmo tempo em que representava os interesses da OAS, Cunha fazia seus pedidos. 


Em 2013, ele chegou a pedir para Léo Pinheiro “mudar algum voto” na bancada do PMDB no contexto
 da eleição do líder do partido.




 “Se puder mudar algum voto”, escreveu o deputado em mensagem de 2 de fevereiro de 2013. 


“Se precisar me aciona”, respondeu o empreiteiro. 

“Obg abs”, agradeceu o parlamentar. 




Cunha foi eleito no dia seguinte, com 46 votos. 


Seu adversário, o deputado Sandro Mabel, teve 32 votos.
 “Parabéns.
Vitória de um guerreiro competente. Abs”,
elogiou Pinheiro ao parabenizar o novo líder do PMDB na Câmara.


Na pauta encontrada nos celulares de Pinheiro, consta o item “Debenture 250-100=150”. 


Em 9 de novembro de 2012, Pinheiro escreve a Cunha: 


“Pergunta: ‘A Debenture da CEF já recebemos todos os 250?’”. 


E logo em seguida: “Resposta: ‘Ainda não. 

Vamos tirar a outra parte em fev-13’”. 


Depois, em 15 de março de 2013, Pinheiro toca no assunto com um interlocutor. 


“Oi Alexandre, nós já recebemos aquela Debenture ($250mm)?
O nosso EC está me cobrando”. 
Não há mais detalhes.


Também em 2013, Cunha tratou com representantes da OAS de assuntos relacionados a uma CPI, 
como mostra um torpedo de 30 de setembro.


 Naquele ano funcionou uma CPI da Petrobras.

 “Falei hoje com EC, assunto CPI. 


Abç”, diz mensagem de representantes da OAS. 


EC seria Eduardo Cunha.


Em 2014, Cunha atuou junto a Léo Pinheiro como arrecadador de recursos para a campanha de Henrique
 Alves (PMDB) ao governo do Rio Grande do Norte. 


Ele chegou a intermediar, por iniciativa própria, a doação de dinheiro de outra empreiteira, a Odebrecht, 
em nome da OAS, como mostram mensagens escritas dias antes do segundo turno das eleições de 2014.


 Os pedidos de recursos foram apresentados por Cunha a Léo Pinheiro nos dias 10, 13, 15, 17 e 21 
de outubro de 2014.


 Alves perdeu a eleição. 


Hoje é ministro do Turismo.


As MPs mencionadas nos diálogos reproduzidos pela Polícia Federal são as de número 
574, 575, 582, 584, 600 e 656, além do projeto de lei complementar 238/2013. 


A citação a outras três MPs não detalha os números correspondentes.
 Com exceção da MP 574, que não foi aprovada no prazo e, por isso, deixou de ter vigência,
 todas as outras viraram lei.


Entre outros pontos, as MPs tratam de aportes governamentais em parcerias público-privadas,
 desoneração da folha de pagamento de vários setores, uso de recursos do Fundo Nacional de
Aviação Civil (Fnac) na reforma e modernização dos aeroportos regionais, e criação de cargos 
comissionados. Há ainda isenções tributárias, algumas relacionadas às Olimpíadas de 2016.


Num torpedo, um executivo da OAS escreve a Léo Pinheiro: “Mandei para o seu emeio (sic) as emendas 
de EC refeitas. Agora só podem sair como emenda de relator, o que exige rapidez de ação”. 


Em outra mensagem, a referência vai na mesma linha: “EC me falou ontem e assim que o relatório
 dele estiver pronto me manda”. Em setembro de 2012, Pinheiro escreve a Cunha: “A emenda da 
desoneração da mão de obra, quem poderia assinar? MP582”. Os empreiteiros consideraram 
o deputado Sandro Mabel um bom nome: “É um bom nome, EC pega a assinatura dele? Pede para 
Alexandre ir lá e entregar a emenda”.




[size=50]“SANDRO VIROU UM ESCROTO”[/size]


Léo Pinheiro depõe na CPI da Petrobras: Entre 2008 e 2014, o Grupo OAS desembolsou R$ 197 milhões em
 campanhas eleitorais. - Luis Macedo / 26-5-2015




Mabel virou adversário de Cunha no ano seguinte, na disputa pela liderança do PMDB.
 “Vou ganhar, mas tá dando um trabalho arretado”, escreveu Cunha a Pinheiro na véspera.
 “Esse Sandro virou um escroto. Pagou a matéria da isto é que ele era relator”, continuou,
 referindo-se a uma reportagem publicada na revista “Isto É” que era crítica ao deputado. 
É quando Cunha pede para Pinheiro “se puder mudar algum voto”.


O Supremo Tribunal determinou as quebras dos sigilos bancário e fiscal de Cunha, sua mulher 
Cláudia Cruz e a filha Daniele. 


A decisão abrangeu ainda empresas de propriedade da família, como a Jesus.com e a C3 Produções
 Artísticas. Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” afirma que a Procuradoria Geral da República
 investiga ainda suposto pagamento de propina a Cunha pelos grupos Bertin e J&F Investimentos,
 que controla a JBS Friboi.


Em nota, Henrique Alves negou irregularidades nas doações intermediadas por Cunha: 
“Todas as doações para a campanha ao governo do Rio Grande do Norte foram legais e estão 
disponíveis no TSE, como determina a lei”. A Caixa sustentou que a aquisição de R$ 250 milhões 
em debêntures da OAS pelo FI-FGTS, aprovada em 2011, “seguiu rigorosamente todo o trâmite 
de análise, estruturação e aprovação conforme os preceitos normativos e a governança
 corporativa estabelecida para o fundo”.


[size=50]DIÁLOGOS SUSPEITOS[/size]



Cunha pede ajuda a Léo Pinheiro para mudar votos na Câmara e ajudá-lo na eleição
 a líder do PMDB, em fevereiro de 2013


(em 02/02/2013)
Pinheiro: “Como estão as coisas?”


Cunha: “Vou ganhar, mas tá dando um trabalho arretado. 
Esse Sandro (Mabel) virou um escroto. 
Pagou matéria da “Isto É” e que ele era relator. 
Não sei. Se puder mudar algum voto”
Pinheiro: “Se precisar me aciona”
Cunha: “Obg abs”
(Em 03-02-2013)
Pinheiro: “Parabéns. Vitória de guerreiro competente.
 Abs”
Cunha: “Valeu”




Cunha atua como arrecadador de campanha de Henrique Alves e cobra
 sistematicamente doações da OAS no segundo turno de 2014


(em 10-10-2014)
Cunha: “Vê Henrique seg turno”
Pinheiro: “Vou ver”
(em 13-10-2014)
Cunha: “Amigo a eleição é semana que vem, preciso que veja urgente”
Pinheiro: “Vai estar em BSB?”
Cunha: “Vc manda. Se quiser meu apto”
Pinheiro: “Fechado”
(em 15-10-2014)
Cunha: “Henrique amigo?”
Pinheiro: “Está muito complicado”
Cunha: “Mas amigo tem de encontrar solução senão todo esforço será em vão”
(em 17-10-2014)
Cunha: “Amigo qual a saída para Henrique?”
Pinheiro: “Infelizmente não tenho”
Cunha: “Vc já voltou?”
Pinheiro: “Estou no Peru. Devo estar no Rio no domingo. Abs”
Cunha: “Vamos falar. Não dá para pedir aos alemães?”
(em 21-10-2014)
Cunha: “Tudo bem? Tive com Junior pedi a ele para doar por vc ao 
Henrique acho que ele fará algo. Tudo bem?”
Pinheiro: “OK”

Cunha: “Preciso que dê um reforço ao Junior ao menos 1 dele da sua conta
 precisava de emergência”


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