Bumlai admite ter conversado sobre permanência de diretor na Petrobras - OGLOBO RIO
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Bumlai admite ter conversado sobre permanência de diretor na Petrobras - OGLOBO RIO
[size=50]Bumlai admite ter conversado sobre permanência de diretor na Petrobras[/size]
Em acareação, pecuarista confirmou conversa com Baiano sobre Paulo Roberto Costa
[size=14]POR RENATO ONOFRE [size=13]/ THAIS SKODOWSKI*, ESPECIAL PARA O GLOBO
14/01/2016 8:16 / atualizado 14/01/2016 20:12[/size]
Lobista aponta pecuarista como intermediário do PT no Planalto - Montagem/O Globo
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[size]CURITIBA e SÃO PAULO — O pecuarista José Carlos Bumlai confessou ter discutido com o lobista Fernando Baiano sobre a permanência de Paulo Roberto Costa na direção da Petrobras. Contudo, ele voltou a negar que intermediou um encontro entre o lobista e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, com o ex-ministro Antônio Palocci. Baiano disse que o pecuarista organizou a reunião. A Polícia Federal realizou uma acareação entre os dois para analisar divergências sobre a possível participação do ex-ministro no esquema de corrupção da Petrobras.
É a primeira vez em que o empresário, amigo do ex-presidente Lula, admitiu ter conversado sobre a permanência de um diretor da Petrobras no cargo. Em delação premiada, o lobista disse Bumlai intermediou um encontro entre Costa e Palocci onde teria sido acordado uma doação de R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Em troca, Costa permaneceria na estatal.
Na acareação, Bumlai admitiu ter acesso ao ex-ministro para marcar reuniões e encontros, “apesar de não possuir com Palocci o mesmo nível de amizade que tinha com o ex-presidente Lula”. O pecuarista, porém, disse que não intermediou o encontro entre o petista, o lobista e o ex-diretor da Petrobras.
— Estão mantidas as duas versões, sem novidades — afirmou o advogado Conrado de Almeida Prado, que defende Bumlai, minimizando a confissão de Bumlai.
O lobista Fernando Baiano saiu da acareação por volta das 18h e não quis falar com a imprensa. O advogado Sérgio Riera, que representa o lobista, disse que Baiano manteve a sua versão:
— Fernando manteve tudo que ele havia dito. O próprio José Carlos Bumlai reconheceu algumas coisas pequenas — afirmou.
No ano passado, em acareação com Baiano, Paulo Roberto Costa ter participado do encontro. Questionado se a reunião com o ex-ministro Palocci existiu, Riera foi taxativo ao afirma que sim, mas disse que não sabe se o pagamento à campanha de Dilma Rousseff foi feito:
— Aí o Fernando não tem como dizer pois não foi ele que fez qualquer pagamento.
Há pelo menos dois pontos de divergência entre a delação premiada do lobista e os depoimentos feitos por Bumlai à PF no ano passado. Além de saber se houve a reunião com Palocci para intermediar recursos a campanha petista em 2010, os dois deram versões diferente sobre um suposto repasse de R$ 2 milhões ao pecuarista. Os recursos, segundo Baiano, teriam sido usados para pagar uma dívida imobiliária de um apartamento de uma nora de Lula. Bumlai nega que tenha pago alguma dívida de familiares do ex-presidente.
— Essa questão (R$ 2 milhões para a nora de Lula) não foi abordada na acareação. A acareação abordou apenas se houve ou não a participação do Bumlai num suposto encontro de Palocci com Fernando Baiano e Paulo Roberto e a versão do Bumlai continua a mesma que já havia dado, que ele não arquitetou, não participou e não agendou essa reunião — afirmou Conrado de Almeida Prado.
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[size]Os dois serão ouvidos no inquérito que investiga o suposto pagamento de R$ 2 milhões à Palocci para abastecer a campanha presidencial do PT em 2010. O inquérito está em Curitiba desde março quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki remeteu as investigações para o juiz Sérgio Moro.
As suspeitas sobre Palocci no esquema de corrupção da Petrobras apareceram durante o depoimento, em delação premiada, do ex-diretor Paulo Roberto Costa. Ele afirmou que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef intermediou, em nome de Palocci, a propina para a campanha. Os valores viriam da cota do PP no esquema. O doleiro AlbertoYoussef negou que tenha intermediado a transação. Em depoimento a CPI da Petrobras, em maio, Youssef disse aos parlamentares que “um outro personagem” iria esclarecer o pagamento. Para PF, esse personagem é Baiano.
Desde o início das investigações, a defesa do ex-ministro Antonio Palocci vem negando as acusações. Em nota, reiteradamente, Lula negou qualquer tipo de envolvimento e de seus familiares em transações financeiras com Bumlai e Baiano.[/size]
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