Base aliada tenta desconvocar tesoureiro do PT na CPI das ONGs 23/03
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Base aliada tenta desconvocar tesoureiro do PT na CPI das ONGs 23/03
23/03/2010 - 11h24
Base aliada tenta desconvocar tesoureiro do PT na CPI das ONGs
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Senadores da base aliada governista no Senado vão tentar desconvocar o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a prestar depoimento na CPI das ONGs. Depois de o tesoureiro adiar o seu depoimento à comissão, marcado para hoje, os governistas vão tentar anular a ata da sessão que aprovou a convocação do petista --o que na prática suspenderia o seu depoimento à CPI.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a anulação da ata se justifica porque o objetivo da oposição ao convocar Vaccari é levar a disputa eleitoral para dentro do Poder Legislativo.
"Se não aprovarmos a ata, cai o requerimento de convocação. A base do governo vai tentar fazer com que a CPI das ONGs investigue o que é ligado a organizações não-governamentais. Qualquer outro embate não é pertinente à CPI", afirmou o líder.
Como os governistas são maioria na CPI das ONGs, Jucá promete reunir a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rejeitar a convocação de Vaccari nesta terça-feira. Ele anunciou a estratégia durante reunião da comissão esta manhã --que volta a se reunir à tarde. Os senadores da oposição ficaram irritados com a tentativa do governo de barrar a convocação de Vaccari.
"Não há nenhuma razão para se questionar a convocação, nem há razão alguma para a sua desconvocação", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Na semana passada, a oposição aproveitou um cochilo dos governistas para aprovar o requerimento de convocação de Vaccari. O tesoureiro do PT pediu para adiar o seu depoimento à CPI das ONGs, marcado para hoje, porque seu advogado Pedro Dallari está em viagem aos Estados Unidos.
Como Vaccari foi convocado, o tesoureiro seria obrigado a comparecer para prestar depoimento na data marcada pela comissão. Diante do pedido, porém, a CPI decidiu remarcar para depois da Semana Santa o depoimento do tesoureiro do PT --convocado para explicar o suposto esquema de desvio de recursos na Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo).
Também foram convidados a depor o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, e o corretor Lúcio Funaro. O depoimento de Blat estava marcado para hoje, mas também foi cancelado. O promotor pediu para adiá-lo porque deseja finalizar o inquérito antes de falar aos parlamentares.
Reportagem da revista "Veja" mostra que em 2003, na época em que Vaccari era responsável pelas finanças da Bancoop, o petista administrava informalmente a cobrança de propina para fundos de pensão de empresas estatais, bancos e corretoras.
Desconvocação
No início do mês, o governo conseguiu desconvocar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para falar sobre o PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos) do governo federal.
Jucá apresentou requerimento para substituir a convocação de Dilma pelo ministro Paulo Vanucchi, aprovado pela maioria dos integrantes da comissão --numa manobra não comum no Legislativo.
O presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), rejeitou inicialmente o requerimento de Jucá, mas o governista recorreu ao plenário para conseguir reverter a decisão. Como os governistas são maioria na CCJ, aprovaram a troca de Dilma por Vanucchi --que será obrigado a falar à comissão sobre o PNDH.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u710732.shtml
Base aliada tenta desconvocar tesoureiro do PT na CPI das ONGs
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Senadores da base aliada governista no Senado vão tentar desconvocar o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a prestar depoimento na CPI das ONGs. Depois de o tesoureiro adiar o seu depoimento à comissão, marcado para hoje, os governistas vão tentar anular a ata da sessão que aprovou a convocação do petista --o que na prática suspenderia o seu depoimento à CPI.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a anulação da ata se justifica porque o objetivo da oposição ao convocar Vaccari é levar a disputa eleitoral para dentro do Poder Legislativo.
"Se não aprovarmos a ata, cai o requerimento de convocação. A base do governo vai tentar fazer com que a CPI das ONGs investigue o que é ligado a organizações não-governamentais. Qualquer outro embate não é pertinente à CPI", afirmou o líder.
Como os governistas são maioria na CPI das ONGs, Jucá promete reunir a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rejeitar a convocação de Vaccari nesta terça-feira. Ele anunciou a estratégia durante reunião da comissão esta manhã --que volta a se reunir à tarde. Os senadores da oposição ficaram irritados com a tentativa do governo de barrar a convocação de Vaccari.
"Não há nenhuma razão para se questionar a convocação, nem há razão alguma para a sua desconvocação", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Na semana passada, a oposição aproveitou um cochilo dos governistas para aprovar o requerimento de convocação de Vaccari. O tesoureiro do PT pediu para adiar o seu depoimento à CPI das ONGs, marcado para hoje, porque seu advogado Pedro Dallari está em viagem aos Estados Unidos.
Como Vaccari foi convocado, o tesoureiro seria obrigado a comparecer para prestar depoimento na data marcada pela comissão. Diante do pedido, porém, a CPI decidiu remarcar para depois da Semana Santa o depoimento do tesoureiro do PT --convocado para explicar o suposto esquema de desvio de recursos na Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo).
Também foram convidados a depor o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, e o corretor Lúcio Funaro. O depoimento de Blat estava marcado para hoje, mas também foi cancelado. O promotor pediu para adiá-lo porque deseja finalizar o inquérito antes de falar aos parlamentares.
Reportagem da revista "Veja" mostra que em 2003, na época em que Vaccari era responsável pelas finanças da Bancoop, o petista administrava informalmente a cobrança de propina para fundos de pensão de empresas estatais, bancos e corretoras.
Desconvocação
No início do mês, o governo conseguiu desconvocar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para falar sobre o PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos) do governo federal.
Jucá apresentou requerimento para substituir a convocação de Dilma pelo ministro Paulo Vanucchi, aprovado pela maioria dos integrantes da comissão --numa manobra não comum no Legislativo.
O presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), rejeitou inicialmente o requerimento de Jucá, mas o governista recorreu ao plenário para conseguir reverter a decisão. Como os governistas são maioria na CCJ, aprovaram a troca de Dilma por Vanucchi --que será obrigado a falar à comissão sobre o PNDH.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u710732.shtml
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