Delator aponta R$ 1 milhão em espécie a Vaccari - ESTADAO
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Delator aponta R$ 1 milhão em espécie a Vaccari - ESTADAO
[size=42]Delator aponta R$ 1 milhão em[/size]
[size=42] espécie a Vaccari[/size]
POR JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT E FAUSTO MACEDO
04/07/2016, 05h00
Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou que tinha
interesse em atender ao pedido do então tesoureiro do PT para
a ‘inclusão da empresa na lista de convidadas de obras da Petrobrás’
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou
em delação premiada que, em 2011, o então tesoureiro do PT João Vaccari
Neto pediu R$ 1 milhão em espécie. Pernambuco Júnior
é um dos delatores da Operação Lava Jato.
“O interesse do depoente e da Carioca em atender ao pedido de Vaccari
consistia na inclusão da empresa na lista de convidadas de obras
da Petrobrás”, disse o empresário.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em 1.º de outubro de
2015, Ricardo Pernambuco Júnior afirmou que, em 2011, Vaccari foi
a seu escritório e solicitou que a Carioca fizesse uma doação de R$ 1 milhão
ao PT. Segundo o delator, a doação não se vinculava a nenhuma campanha
eleitoral específica. O depoimento de Pernambuco Júnior foi anexado
aos autos da Lava Jato na quinta-feira, 30.
“Quanto ao pedido de doação de R$ 1 milhão ao PT em 2011, João Vaccari
Neto solicitou que a doação fosse feita em valores em espécie”, relatou
Pernambuco Júnior. “João Vaccari Neto não especificou a destinação que
seria dada aos valores, nem o depoente perguntou nada a esse respeito;
Que, na ocasião, João Vaccari Neto não mencionou o nome de nenhuma
outra pessoa vinculada ao PT.”
O ex-tesoureiro do PT está preso desde abril de 2015. Vaccari Neto foi
condenado a 15 anos e 4 meses por corrupção, lavagem de dinheiro
e associação criminosa na Lava Jato.
Pernambuco Júnior delatou também
R$ 52 milhões em 36 parcelas ao presidente afastado da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre operações do FI-FGTS.
O delator declarou que disse a Vaccari que a doação seria feita em
quatro pagamentos iguais de R$ 250 mil com intervalo de dois a três
meses entre cada parcela.
De acordo com o executivo, a primeira parcela provavelmente foi paga
no início de 2011 e a última deve ter sido paga no final de 2011.
Ricardo Pernambuco Júnior disse que a obtenção dos valores em espécie
pela Carioca era feita de três maneiras – por meio de doleiros,
superfaturamento de contratos de prestação de serviços e simulação
de contratos.
Segundo o delator, as parcelas doadas ao PT foram entregues por um
ex-funcionário da Carioca a um preposto de João Vaccari Neto, em São
Paulo.
Os repasses teriam sido feitos na filial da Carioca em São Paulo e em
locais indicados pelo preposto de Vaccari.
Pernambuco Júnior contou que a empreiteira tinha interesse ‘na intercessão
de Vaccari em favor da empresa em obras da Petrobrás’.
“Isso era claro
tanto para o depoente como para João Vaccari Neto, pois ambos tratavam
desse assunto; que o depoente inclusive chegava a afirmar a Vaccari
o seguinte: “é preciso que você me ajude para eu poder ajudá-los; sem
isso eu não consigo fazer doações, pois nossa empresa vive de obras””,
afirmou o delator.
No depoimento, Pernambuco Júnior declarou ainda que na época havia
a obra da Fábrica de Fertilizantes (Amônia) da Petrobrás em Uberaba (MG).
“A obra era de responsabilidade da diretoria de Gás e Energia, na época
ocupada por Graça Foster, por indicação do PT; que, no entanto, quem
conduzia o procedimento licitatório era a diretoria de Serviços da Petrobrás,
na época ocupada por Renato Duque, por indicação do PT”, afirmou.
“Por isso, em 15 de abril de 2011, o depoente enviou duas correspondências,
uma à Diretoria de Gás e Energia e outra à Diretoria de Serviços, solicitando
a inclusão da Carioca no rol de empresas a serem convidadas para
a licitação da obra em questão.”
João Vaccari, segundo o delator, teria dito que iria conversar com Renato
Duque para interceder em favor da Carioca. Pernambuco Júnior afirmou.
“A Carioca acabou sendo efetivamente convidada, mas o convite ocorreu
cerca de quinze a vinte dias antes da licitação, o que inviabilizou a participação
da empresa na licitação, pois era necessário um tempo maior para elaboração
de uma proposta competitiva.”
[size=42] espécie a Vaccari[/size]
POR JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT E FAUSTO MACEDO
04/07/2016, 05h00
Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou que tinha
interesse em atender ao pedido do então tesoureiro do PT para
a ‘inclusão da empresa na lista de convidadas de obras da Petrobrás’
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou
em delação premiada que, em 2011, o então tesoureiro do PT João Vaccari
Neto pediu R$ 1 milhão em espécie. Pernambuco Júnior
é um dos delatores da Operação Lava Jato.
“O interesse do depoente e da Carioca em atender ao pedido de Vaccari
consistia na inclusão da empresa na lista de convidadas de obras
da Petrobrás”, disse o empresário.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em 1.º de outubro de
2015, Ricardo Pernambuco Júnior afirmou que, em 2011, Vaccari foi
a seu escritório e solicitou que a Carioca fizesse uma doação de R$ 1 milhão
ao PT. Segundo o delator, a doação não se vinculava a nenhuma campanha
eleitoral específica. O depoimento de Pernambuco Júnior foi anexado
aos autos da Lava Jato na quinta-feira, 30.
“Quanto ao pedido de doação de R$ 1 milhão ao PT em 2011, João Vaccari
Neto solicitou que a doação fosse feita em valores em espécie”, relatou
Pernambuco Júnior. “João Vaccari Neto não especificou a destinação que
seria dada aos valores, nem o depoente perguntou nada a esse respeito;
Que, na ocasião, João Vaccari Neto não mencionou o nome de nenhuma
outra pessoa vinculada ao PT.”
O ex-tesoureiro do PT está preso desde abril de 2015. Vaccari Neto foi
condenado a 15 anos e 4 meses por corrupção, lavagem de dinheiro
e associação criminosa na Lava Jato.
Pernambuco Júnior delatou também
R$ 52 milhões em 36 parcelas ao presidente afastado da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre operações do FI-FGTS.
O delator declarou que disse a Vaccari que a doação seria feita em
quatro pagamentos iguais de R$ 250 mil com intervalo de dois a três
meses entre cada parcela.
De acordo com o executivo, a primeira parcela provavelmente foi paga
no início de 2011 e a última deve ter sido paga no final de 2011.
Ricardo Pernambuco Júnior disse que a obtenção dos valores em espécie
pela Carioca era feita de três maneiras – por meio de doleiros,
superfaturamento de contratos de prestação de serviços e simulação
de contratos.
Segundo o delator, as parcelas doadas ao PT foram entregues por um
ex-funcionário da Carioca a um preposto de João Vaccari Neto, em São
Paulo.
Os repasses teriam sido feitos na filial da Carioca em São Paulo e em
locais indicados pelo preposto de Vaccari.
Pernambuco Júnior contou que a empreiteira tinha interesse ‘na intercessão
de Vaccari em favor da empresa em obras da Petrobrás’.
“Isso era claro
tanto para o depoente como para João Vaccari Neto, pois ambos tratavam
desse assunto; que o depoente inclusive chegava a afirmar a Vaccari
o seguinte: “é preciso que você me ajude para eu poder ajudá-los; sem
isso eu não consigo fazer doações, pois nossa empresa vive de obras””,
afirmou o delator.
No depoimento, Pernambuco Júnior declarou ainda que na época havia
a obra da Fábrica de Fertilizantes (Amônia) da Petrobrás em Uberaba (MG).
“A obra era de responsabilidade da diretoria de Gás e Energia, na época
ocupada por Graça Foster, por indicação do PT; que, no entanto, quem
conduzia o procedimento licitatório era a diretoria de Serviços da Petrobrás,
na época ocupada por Renato Duque, por indicação do PT”, afirmou.
“Por isso, em 15 de abril de 2011, o depoente enviou duas correspondências,
uma à Diretoria de Gás e Energia e outra à Diretoria de Serviços, solicitando
a inclusão da Carioca no rol de empresas a serem convidadas para
a licitação da obra em questão.”
João Vaccari, segundo o delator, teria dito que iria conversar com Renato
Duque para interceder em favor da Carioca. Pernambuco Júnior afirmou.
“A Carioca acabou sendo efetivamente convidada, mas o convite ocorreu
cerca de quinze a vinte dias antes da licitação, o que inviabilizou a participação
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