CNMP nega pedido de Lula e mantém procurador da Lava Jato no caso
Página 1 de 1
CNMP nega pedido de Lula e mantém procurador da Lava Jato no caso
ISADORA PERON - O ESTADO DE S.PAULO
31 Maio 2016 | 19h 21 - Atualizado: 31 Maio 2016 | 19h 38
Advogados do ex-presidente também queriam que o Conselho proibisse o procurador de dar declarações públicas
BRASÍLIA - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) negou nesta terça-feira, 31, o pedido da defesa do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para que um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Carlos
Fernando dos Santos Lima, fosse afastado das investigações que envolvem o petista. Os advogados de Lula também queriam
que o Conselho proibisse o procurador de dar declarações públicas sobre o caso.
Relator do pedido, o conselheiro Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho considerou improcedentes os pedidos de Lula
e foi seguido pelos demais integrantes do CNMP. Também ficou decidido que os autos serão encaminhados à Corregedoria
Nacional do Ministério Público Federal, que deverá analisar se houve excesso nas entrevistas concedidas por Carlos Fernando à imprensa.
Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, o procurador não poderia ter dado entrevistas porque os inquéritos contra
o ex-presidente estão sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal e correm sob segredo de Justiça. Para a defesa, ao fazer
isso, Carlos Fernando antecipou “juízo de valor negativo” contra Lula. “Julgamento justo exige presunção de inocência
como tratamento no processo”, afirmou.
Durante a sessão, os conselheiros defenderam que não cabe ao CNMP impedir membros do Ministério Público de dar entrevista.
Walter de Agra Júnior disse que isso seria como aplicar “a lei da mordaça”. Alguns integrantes do colegiado, porém,
se manifestaram a favor da necessidade de se disciplinar melhor a questão, por meio de uma resolução, para garantir
que um procurador, ao dar uma entrevista, não emita juízos de valor.
Em entrevistas concedidas no mês passado, Carlos Fernando afirmou que havia uma linha de investigação da Lava Jato que
apontava Lula como o chefe do esquema de desvios da Petrobrás.
O novo subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil do governo Michel Temer, Gustavo do Vale Rocha, estava presente na
reunião do conselho e votou contra Lula. Ele foi indicado para o CNMP pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Presidente do conselho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não participou da sessão.
31 Maio 2016 | 19h 21 - Atualizado: 31 Maio 2016 | 19h 38
Advogados do ex-presidente também queriam que o Conselho proibisse o procurador de dar declarações públicas
sobre investigações que envolvem o petista
BRASÍLIA - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) negou nesta terça-feira, 31, o pedido da defesa do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para que um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Carlos
Fernando dos Santos Lima, fosse afastado das investigações que envolvem o petista. Os advogados de Lula também queriam
que o Conselho proibisse o procurador de dar declarações públicas sobre o caso.
Relator do pedido, o conselheiro Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho considerou improcedentes os pedidos de Lula
e foi seguido pelos demais integrantes do CNMP. Também ficou decidido que os autos serão encaminhados à Corregedoria
Nacional do Ministério Público Federal, que deverá analisar se houve excesso nas entrevistas concedidas por Carlos Fernando à imprensa.
Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, o procurador não poderia ter dado entrevistas porque os inquéritos contra
o ex-presidente estão sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal e correm sob segredo de Justiça. Para a defesa, ao fazer
isso, Carlos Fernando antecipou “juízo de valor negativo” contra Lula. “Julgamento justo exige presunção de inocência
como tratamento no processo”, afirmou.
Durante a sessão, os conselheiros defenderam que não cabe ao CNMP impedir membros do Ministério Público de dar entrevista.
Walter de Agra Júnior disse que isso seria como aplicar “a lei da mordaça”. Alguns integrantes do colegiado, porém,
se manifestaram a favor da necessidade de se disciplinar melhor a questão, por meio de uma resolução, para garantir
que um procurador, ao dar uma entrevista, não emita juízos de valor.
Em entrevistas concedidas no mês passado, Carlos Fernando afirmou que havia uma linha de investigação da Lava Jato que
apontava Lula como o chefe do esquema de desvios da Petrobrás.
O novo subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil do governo Michel Temer, Gustavo do Vale Rocha, estava presente na
reunião do conselho e votou contra Lula. Ele foi indicado para o CNMP pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Presidente do conselho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não participou da sessão.
Tópicos semelhantes
» Tribunal da Lava Jato nega embargos e mantém 15 anos de prisão para Zelada
» Teori nega pedido de Cunha para tirar ação da Lava Jato de Moro
» TJ-SP nega recurso e mantém investigação do suposto tríplex de Lula com Moro
» STF: ROSA WEBER (BANCOOP OAS) nega pedido de Lula para suspender fase da Lava - ESTADAO
» OGLOBO Delator de Lula nega pressão da Lava-Jato para incriminar ex-presidente
» Teori nega pedido de Cunha para tirar ação da Lava Jato de Moro
» TJ-SP nega recurso e mantém investigação do suposto tríplex de Lula com Moro
» STF: ROSA WEBER (BANCOOP OAS) nega pedido de Lula para suspender fase da Lava - ESTADAO
» OGLOBO Delator de Lula nega pressão da Lava-Jato para incriminar ex-presidente
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|