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Procuradoria-Geral da República tende a considerar legais escutas de Lula

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Procuradoria-Geral da República tende a considerar legais escutas de Lula Empty Procuradoria-Geral da República tende a considerar legais escutas de Lula

Mensagem  forum vitimas Bancoop Sex Mar 18 2016, 10:47

Procuradoria-Geral da República tende a considerar legais escutas de Lula



JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE - O ESTADO DE S. PAULO

18 Março 2016 | 10h 34 - Atualizado: 18 Março 2016 | 10h 44

Ao voltar ao Brasil após visita a França e Suíça, Janot vai se debruçar em informações 

que podem levar a inquérito contra ex-presidente e contra Dilma



BERNA – A Procuradoria-Geral da República está inclinada a considerar asescutas das conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como legais. O procurador-geral, Rodrigo Janot, termina neste sábado, 19, sua turnê de uma semana pela Europa e a partir de segunda-feira vai avaliar o caso e um eventual pedido de inquérito contra Lula e a presidente Dilma Rousseff. Durante a viagem, o chefe do Ministério Público não escondeu de pessoas próximas o fato de estar "inconformado" com a atitude de Lula de dizer que colocaria "medo" nos procuradores da Lava Jato.


As gravações realizadas pela Polícia Federal com a autorização do juiz Sérgio Morotêm sido alvo de polêmica. Aos assessores mais próximos, Janot disse que vai tratar do assunto "de forma serena" e sem "contágios políticos". Na Europa, Janot já foi questionado por colegas do Velho Continente sobre as interceptações feitas pela Lava Jato e como se justificavam. A explicação é de que as gravações se referiam a "suspeitas de crimes". Janot também deixou claro que nenhuma conversa de "cunho pessoal" havia sido incorporada no processo ou tornada pública. A própria Dilma, em discurso na solenidade de posse de Lula como ministro da Casa Civil,criticou a atitude  de Moro e o que costuma chamar de "vazamentos seletivos".

'Medo'. Numa das conversas gravadas, Lula se queixa de "ingratidão" de Janot que, apesar de ter sido nomeado em 2013 e 2015 pelo governo Dilma Rousseff, não teria dado a mesma atenção a suspeitas contra o senador tucano Aécio Neves (MG) como as dadas pelo Ministério Público a integrantes do PT. "Essa é a gratidão. Essa é a gratidão dele por ele ser procurador", ironizou Lula ao advogado e ex-deputado pelo PT do Distrito Federal Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, no dia 7 de março. 

Janot teria confessado a pessoas próximas a ele que se sentiu "traído" pela forma como Lula agiu ao ironizar sua "gratidão" e ao sugerir que os procuradores devem ser "amedrontados". O procurador-geral tem elogiado o fato de que Dilma tenha respeitado a lista de nomes apresentados para a escolha do chefe da procuradoria-geral da República - os governos do PT indicam ao cargo o mais votado pelos procuradores.

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A insatisfação com as falas de Lula captadas pelos grampos da Lava Jato já havia motivado uma declaração pública de Janot em resposta à "gratidão" devida pelo cargo. Na quinta-feira, o procurador-geral disse a jornalistas que "cargo público não é presente" e que só tem gratidão à sua família.

'República de Curitiba'. Em uma das gravações captadas pela Lava Jato, em 28 de fevereiro, Lula disse que "se a nossa bancada tiver animada, ela pode fazer a diferença nesse processo com o Moro, com Lava Jato, com qualquer coisa, sabe?", referindo-se a aliados no Congresso. "Eu acho que eles têm que ter em conta o seguinte, bicho, eles têm que ter medo", disse. Lula também ataca a força-tarefa da Lava Jato. “Eu estou, sinceramente, estou assustado é com a república de Curitiba porque a partir de um juiz de primeira instância tudo pode acontecer nesse País, tudo pode acontecer.”

Janot afirmou a seus aliados que as ameaças e planos de Lula são "inaceitáveis". Foi por esse motivo que, para mandar um recado de volta e reforçar o trabalho dos procuradores, Janot fez questão de falar com a imprensa na quinta-feira em Berna para dizer que "não temia ninguém", que tem "couro grosso" e que "o combate à corrupção continuará firme e forte".

O que também surpreendeu Janot foi a atitude de menosprezo de Lula com a Justiça. "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado", disse, num outro trecho de conversa com Dilma.

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