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Por que Lula é alvo da Lava Jato e foi obrigado a depor - EPOCA

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sáb Mar 05 2016, 08:19

TEMPO

Por que Lula é alvo da Lava Jato e foi obrigado a depor

De acordo com o Ministério Público Federal: "Há evidências de que o ex-Presidente Lula recebeu
valores oriundos do esquema Petrobras"

DANIEL HAIDAR
04/03/2016 - 09h05 - Atualizado 04/03/2016 17h06

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ORIGINAL AQUI

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/03/alvo-da-lava-jato-lula-e-obrigado-depor.html

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal na manhã desta sexta-feira. Ele é o principal alvo
da 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, que investiga pagamentos do pecuarista José Carlos Bumlai e das construtoras OAS
e Odebrecht ao ex-presidente e a pessoas próximas dele.

Lula é investigado porque ganhou um tríplex no Guarujá, litoral paulista, da construtora OAS, reformado pela empreiteira, e um sítio em Atibaia,
no interior de São Paulo, reformado por Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht. Ele também é investigado por pagamentos diretamente
recebidos por sua empresa e pelo Instituto Lula, a título de palestras e doações. De acordo com a força-tarefa do Ministério Público baseada em
Curitiba, há provas de que ele recebeu dinheiro desviado do esquema de corrupção na Petrobras.


De acordo com o Ministério Público Federal: "Há evidências de que o ex-Presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio
da destinação e reforma de um apartamento triplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem
de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-Presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título
de supostas doações e palestras.


Os procuradores da República também destacam que foi verificado, ao longo das 23 fases anteriores da operação, que o ex-presidente Lula, além
de líder partidário, era o responsável final pela decisão de quem seriam os diretores da Petrobras e foi um dos principais beneficiários dos delitos.
"Mais recentemente, ainda, surgiram, na investigação, referências ao nome do ex-Presidente Lula como pessoa cuja atuação foi relevante para
o sucesso da atividade criminosa, tanto no tocante à quitação do empréstimo obtido pelo Partido dos Trabalhadores junto ao Banco Schahin, por
meio do direcionamento ilícito de contrato da Petrobras ao grupo Schahin, a pedido de José Carlos Bumlai, como para que um negócio entre
OSX e Sete Brasil se efetivasse. No último caso, há notícia de pagamento de propina que seria destinada, segundo Bumlai teria informado, para
parente do ex-Presidente", diz comunicado do Ministério Público.



Ao longo das investigações, foi verificado que o ex-presidente recebeu, em 2014, pelo menos R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica
lícita da OAS, por meio de reformas e móveis de luxo implantados no apartamento tipo triplex, número 164-A, do Condomínio Solaris, em Guarujá.



Embora o ex-Presidente tenha alegado que o apartamento não é seu, por estar em nome da empreiteira, os investigadores reuniram que dizem
o contrário, como depoimentos de zelador, porteira, síndico, dois engenheiros da OAS, bem como dirigentes e empregado da empresa contratada
para a reforma. Todos os depoimentos apontam o envolvimento de seu núcleo familiar em visitas e tratativas sobre a reforma do apartamento.

Há evidências de que a OAS pagou despesas elevadas para reformar o imóvel (mais de R$ 750 mil), arcou com móveis de luxo para cozinha
e dormitórios (cerca de R$ 320 mil), tudo de maneira atípica com o envolvimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, amigo pessoal de Lula.


Os investigadores desconfiam que a reforma e os móveis constituem propinas decorrentes do favorecimento ilícito da OAS no esquema da Petrobras.
Também foi detectado na investigação que Lula adquiriu em 2010 dois sítios em Atibaia, posteriormente unificados em um só imovel, com o uso dos
empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna como laranjas, pelo valor de R$ 1.539.200,00.

>> MPF abre inquérito contra Lula por tráfico de influência internacional

Foram apurados ainda fortes indícios de que, entre 2010 e 2014, recebeu pelo menos R$ 770 mil sem justificativa econômica lícita de José
Carlos Bumlai e das empresas Odebrecht e OAS, todos beneficiados pela corrupção no esquema Petrobras. Jonas e Fernando são sócios de Fábio
Luís Lula da Silva, o Lulinha, e foram representados na compra pelo advogado Roberto Teixeira, velho amigo do ex-presidente, responsável
por minutar as escrituras e recolher as assinaturas.

Os investigadores acharam mensagem eletrônica que aponta o uso de Suassuna e Bittar como laranjas. E argumentam que o ex-presidente
determinou que parte de sua própria mudança, no fim do exercício da presidência, fosse entregue na sede dos sítios, para onde foi pelo menos
111 vezes nos últimos anos, como revelou reportagem de ÉPOCA.

Os investigadores reuniram notas fiscais e testemunhas que apontam que reformas e móveis no valor de pelo menos R$ 770 mil foram pagos,
sem razão econômica lícita, por Bumlai e pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, todos favorecidos no esquema Petrobras. Bumlai e a Odebrecht
se encarregaram da reforma. A OAS adquiriu móveis no valor de aproximadamente R$ 170 mil para a cozinha, comprada na Kitchens, mesmo
estabelecimento em que aquela empresa adquiriu móveis para o triplex 164-A, o que também indica que o imóvel pertencia ao ex-Presidente.

Foram achadas mensagens no celular de Léo Pinhero, indicando que os beneficiários da cozinha eram o ex-Presidente e sua esposa,
a ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Há fortes indícios, de acordo com os procuradores da república, de que Lula foi beneficiado com pelo menos R$ 1,3 milhão em pagamentos pela
empresa OAS, de 01/01/2011 a 01/2016, para a armazenagem de itens retirados do Palácio do Planalto no fim do mandato. Apesar de a negociação
do armazenamento ter sido feita por Paulo Okamotto – amigo, sócio do ex-presidente na LILS Palestras e presidente do Instituto Lula desde o fim
de 2011 – o contrato foi feito entre a OAS e a empresa armazenadora. Nesse contrato, seu real objeto foi escondido, falsificando-se o documento
para dele constar que se tratava de "armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda".

Okamotto assinou ainda, em 12 de janeiro de 2016, procuração autorizando a retirada dos bens.
Também são investigados pagamentos milionários ao Instituto Lula e à LILS Palestras, feitos por empresas que participavam do esquema de
corrupção na Petrobras. No Instituto Lula, foram recebidos R$ 20,7 milhões de empresas do petrolão, do total de 35 milhões que ingressaram.
Na LILS, foram R$ 10 milhões dentre R$ 21 milhões.

Em comunicado, a força-tarefa do Ministério Público Federal destaca que "a investigação sobre o ex-Presidente não constitui juízo de valor sobre
quem ele é ou sobre o significado histórico dessa personalidade, mas sim um juízo de investigação sobre fatos e atos determinados, que estão sob
suspeita. Dentro de uma república, mesmo pessoas ilustres e poderosas devem estar sujeitas ao escrutínio judicial quando houver fundada
suspeita de atividade criminosa, a qual se apoia, neste caso, em dezenas de depoimentos e ampla prova documental".

Em decisão que autoriza a investigação, o juiz Sérgio Moro esclareceu que "embora o ex-Presidente mereça todo o respeito, em virtude da dignidade
do cargo que ocupou (sem prejuízo do respeito devido a qualquer pessoa), isso não significa que está imune à investigação, já que presentes
justificativas para tanto."

Os empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar também foram obrigados a prestar depoimento. Eles são apontados como laranja de Lula
na compra de dois sítios em Atibaia.

Também foi cumprido mandado de condução coercitiva contra Paulo Gordilho, executivo da OAS que foi responsável pela reforma do tríplex do Guarujá.

Também foram obrigado a depor Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e Paulo Okamotto, diretor-executivo do Instituto Lula




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