Baiano envolve ex-ministros dos governos Kirchner e Menem e Renan e Jader em esquema da Petrobrás ESTADAO
Página 1 de 1
Baiano envolve ex-ministros dos governos Kirchner e Menem e Renan e Jader em esquema da Petrobrás ESTADAO
[size=42]Baiano envolve ex-ministros dos governos Kirchner e Menem e Renan e Jader em esquema da Petrobrás[/size]
POR BEATRIZ BULLA, GUSTAVO AGUIAR E JULIA AFFONSO
21/12/2015, 14h15
17
Fernando Falcão Soares, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que
ele e o ex-diretor Internacional da estatal Nestor Cerveró receberam US$ 300
mil, cada, para que a transportadora de eletricidade Transener fosse vendida
a um grupo da Argentina
Fernando Baiano é um dos delatores da Lava Jato. Foto: Geraldo Bubniak/AGB
Atualizada às 19h28
O lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, envolveu, em sua delação
premiada, dois ex-ministros argentinos no esquema de corrupção da Petrobrás.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o delator afirmou que ele e o
ex-diretor da área Internacional da estatal Nestor Cerveró receberam US$ 300 mil,
cada, para que a transportadora de eletricidade Transener fosse vendida a um
grupo argentino, entre 2006 e 2007.
Baiano disse que também ‘estavam envolvidos na negociação’ os senadores Renan
Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), o deputado Aníbal Gomes
(PMDB-CE) e o então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau (Governo Lula).
Segundo Fernando Baiano, em 2006 ou 2007, ele foi procurado pelo lobista Jorge
Luz, que representava o grupo argentino Eletroengenharia. O delator relatou que
a empresa estava interessada na compra da Transener.
“Procurou Nestor Cerveró para falar sobre o assunto, tendo sido informado que
o negócio já estava fechado com um grupo norte-americano, com parte do
pagamento já realizado, restando apenas a aprovação do governo argentino”, afirmou.
O delator contou que diante da informação, Jorge Luz, ele próprio e o ex-ministro
argentino Roberto Dromi (Governo Carlos Menem) traçaram uma estratégia para a
não aprovação da venda pelo governo argentino pelo ministro Julio de Vido
(2003-2015/Governos Néstor Kirchner e Cristina Kirchner).
“Para acertar dentro da Petrobrás a venda da empresa para o grupo argentino pela
mesmo valor do negócio que seria levado a efeito pelo grupo norte-americano, o
colaborador recebeu US$ 300 mil. Nestor Cerveró recebeu igual quantia. Jorge Luz
fez os acertos e pagamentos aos políticos, não sabendo informar os valores pagos”,
informou Fernando Baiano.
“O colaborador poderá obter os documentos bancários comprobatórios da origem
dos valores que recebeu.”
O lobista foi preso em dezembro de 2014. O juiz federal Sérgio Moro, que mandou
prende-lo, o condenou a 16 anos, um mês e dez dias de reclusão, por corrupção e
lavagem de dinheiro em uma ação da Lava Jato. Segundo a sentença, o operador
teria intermediado propina de US$ 15 milhões sobre contratos de navios-sonda.
Os valores teriam sido repassados à diretoria da Área Internacional da Petrobrás,
ocupada na época por Nestor Cerveró – também preso e condenado na Lava Jato.
Rondeau nega taxativamente o recebimento de valores ilícitos.
COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO DA ARGENTINA JULIO DE VIDO
Em seu Twitter, o ex-ministro Julio de Vido afirmou que não conhece Jorge Luz e Fernando Baiano. “Nunca vi na minha vida e não sei que gestões podem ter realizado.”
Na manifestação, Julio de Vido declarou. “Eu sei que, graças à decisão política de N. Kirchner, poderíamos defender o interesse nacional e evitar a ‘estrangeirização’ da Transener. Isto permitiu que pudéssemos encarar a maior expansão de linhas de energia, com a construção de 5.500 quilômetros de linhas de alta tensão ligados a 13 províncias, alguns como a Patagônia ou Formosa foram incorporadas ao sistema nacional pela primeira vez.”
COM A PALAVRA, O SENADOR RENAN CALHEIROS
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) nega qualquer envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato. Sem mencionar o caso específico da negociação da Transener, a assessoria do parlamentar enviou notas sobre outros detalhes revelados por meio de delações premiadas. O senador reitera que “jamais autorizou, credenciou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância ou em qualquer lugar” e diz estar à disposição da Polícia Federal para prestar informações.
COM A PALAVRA, O SENADOR JADER BARBALHO
“Em 2006, época a que se refere Fernando Baiano, eu não era senador. Não conheço Fernando Baiano. Nunca participei da venda de nada que não fosse meu”.
POR BEATRIZ BULLA, GUSTAVO AGUIAR E JULIA AFFONSO
21/12/2015, 14h15
17
Fernando Falcão Soares, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que
ele e o ex-diretor Internacional da estatal Nestor Cerveró receberam US$ 300
mil, cada, para que a transportadora de eletricidade Transener fosse vendida
a um grupo da Argentina
Fernando Baiano é um dos delatores da Lava Jato. Foto: Geraldo Bubniak/AGB
Atualizada às 19h28
O lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, envolveu, em sua delação
premiada, dois ex-ministros argentinos no esquema de corrupção da Petrobrás.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o delator afirmou que ele e o
ex-diretor da área Internacional da estatal Nestor Cerveró receberam US$ 300 mil,
cada, para que a transportadora de eletricidade Transener fosse vendida a um
grupo argentino, entre 2006 e 2007.
Baiano disse que também ‘estavam envolvidos na negociação’ os senadores Renan
Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), o deputado Aníbal Gomes
(PMDB-CE) e o então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau (Governo Lula).
Segundo Fernando Baiano, em 2006 ou 2007, ele foi procurado pelo lobista Jorge
Luz, que representava o grupo argentino Eletroengenharia. O delator relatou que
a empresa estava interessada na compra da Transener.
“Procurou Nestor Cerveró para falar sobre o assunto, tendo sido informado que
o negócio já estava fechado com um grupo norte-americano, com parte do
pagamento já realizado, restando apenas a aprovação do governo argentino”, afirmou.
O delator contou que diante da informação, Jorge Luz, ele próprio e o ex-ministro
argentino Roberto Dromi (Governo Carlos Menem) traçaram uma estratégia para a
não aprovação da venda pelo governo argentino pelo ministro Julio de Vido
(2003-2015/Governos Néstor Kirchner e Cristina Kirchner).
“Para acertar dentro da Petrobrás a venda da empresa para o grupo argentino pela
mesmo valor do negócio que seria levado a efeito pelo grupo norte-americano, o
colaborador recebeu US$ 300 mil. Nestor Cerveró recebeu igual quantia. Jorge Luz
fez os acertos e pagamentos aos políticos, não sabendo informar os valores pagos”,
informou Fernando Baiano.
“O colaborador poderá obter os documentos bancários comprobatórios da origem
dos valores que recebeu.”
O lobista foi preso em dezembro de 2014. O juiz federal Sérgio Moro, que mandou
prende-lo, o condenou a 16 anos, um mês e dez dias de reclusão, por corrupção e
lavagem de dinheiro em uma ação da Lava Jato. Segundo a sentença, o operador
teria intermediado propina de US$ 15 milhões sobre contratos de navios-sonda.
Os valores teriam sido repassados à diretoria da Área Internacional da Petrobrás,
ocupada na época por Nestor Cerveró – também preso e condenado na Lava Jato.
Rondeau nega taxativamente o recebimento de valores ilícitos.
COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO DA ARGENTINA JULIO DE VIDO
Em seu Twitter, o ex-ministro Julio de Vido afirmou que não conhece Jorge Luz e Fernando Baiano. “Nunca vi na minha vida e não sei que gestões podem ter realizado.”
Na manifestação, Julio de Vido declarou. “Eu sei que, graças à decisão política de N. Kirchner, poderíamos defender o interesse nacional e evitar a ‘estrangeirização’ da Transener. Isto permitiu que pudéssemos encarar a maior expansão de linhas de energia, com a construção de 5.500 quilômetros de linhas de alta tensão ligados a 13 províncias, alguns como a Patagônia ou Formosa foram incorporadas ao sistema nacional pela primeira vez.”
COM A PALAVRA, O SENADOR RENAN CALHEIROS
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) nega qualquer envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato. Sem mencionar o caso específico da negociação da Transener, a assessoria do parlamentar enviou notas sobre outros detalhes revelados por meio de delações premiadas. O senador reitera que “jamais autorizou, credenciou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância ou em qualquer lugar” e diz estar à disposição da Polícia Federal para prestar informações.
COM A PALAVRA, O SENADOR JADER BARBALHO
“Em 2006, época a que se refere Fernando Baiano, eu não era senador. Não conheço Fernando Baiano. Nunca participei da venda de nada que não fosse meu”.
Tópicos semelhantes
» Novo delator envolve OSX em esquema de propinas na Petrobrás
» Delator de Eduardo Cunha aponta Renan, Jader, Delcídio e Rondeau ‘destinatários’ de propinas
» DELCIDIO: Lula e Dilma sabiam. Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na PETROBRAS - ESTADAO
» Força-tarefa reafirma papel de Lula no esquema da Petrobras
» Lava Jato demonstrou a existência de quadrilha na Petrobrás, diz procurador em NY - ESTADAO
» Delator de Eduardo Cunha aponta Renan, Jader, Delcídio e Rondeau ‘destinatários’ de propinas
» DELCIDIO: Lula e Dilma sabiam. Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na PETROBRAS - ESTADAO
» Força-tarefa reafirma papel de Lula no esquema da Petrobras
» Lava Jato demonstrou a existência de quadrilha na Petrobrás, diz procurador em NY - ESTADAO
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos