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Ministro do Turismo fez lobby para empreiteiro em tribunais, aponta PGR (ESTADAO)

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sáb Jan 09 2016, 01:56

Ministro do Turismo fez lobby para empreiteiro em tribunais, aponta PGR

POR ADRIANO CEOLIN E FÁBIO FABRINI, DE BRASÍLIA


08/01/2016, 21h01



Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) agiu em favor da construtora OAS, em
 2013, perante duas Cortes de contas para evitar bloqueio de recursos de
 obras em Natal; 'vou prá cima do TCU'

 
Ministro do Turismo fez lobby para empreiteiro em tribunais, aponta PGR (ESTADAO)  Henrique-eduardo-alves-dida-sampaio-estadao-1024x682
Henrique Eduardo Alves. Foto: Dida Sampaio/Estadão



O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fez lobby para 
a construtora OAS em dois tribunais de contas para evitar o bloqueio de recursos 
para as obras da empreiteira na Arena das Dunas, em Natal, um dos estádios 
da Copa de 2014.


A ação é comprovada por mensagens trocadas entre Alves e o empreiteiro Léo
 Pinheiro, ex-presidente da OAS, já condenado a 16 de reclusão por crimes 
cometidos no escândalo de corrupção da Petrobrás. Trechos das conversas, de 
2013 e 2014, foram obtidos pelo Estado. No período, o peemedebista era deputado
 federal pelo PMDB e presidia a Câmara.



Nos diálogos, além tratar de favores para o empresário nos tribunais, o ministro 
cobra repasses da OAS para sua campanha ao Governo do Rio Grande do Norte
 em ação conjunta com o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB),
 um dos principais articuladores de sua candidatura.


Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), as doações foram “vantagens
indevidas” pagas para que Cunha e seu grupo defendessem interesses da OAS.


 Como revelou o estadão.com.br na quinta-feira, as conversas mostram que 
contribuições de empreiteiras “pressionadas” pelos dois peemedebistas foram 
de ao menos R$ 6,9 milhões, dos quais R$ 5 milhões para a campanha do atual
 ministro. Ele foi derrotado no segundo turno.


As mensagens sobre o lobby nos tribunais foram trocadas entre junho e julho 
de 2013. Em 14 de julho, Alves promete a Léo Pinheiro agir no Tribunal de Contas 
da União (TCU): “Seg (segunda), em BSB (Brasília), vou pra cima do TCU. 
Darei notícias”, diz o atual ministro do Turismo.


Os diálogos indicam que a operação envolveria tratativas com o então ministro 
do TCU Valmir Campelo Bezerra, que na época relatava processo sobre a Arena
 das Dunas. Na ocasião, após receber denúncia de irregularidades do Ministério 
Público Federal, o tribunal abriu um processo para acompanhar o financiamento 
da obra, a ser concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social (BNDES). Além disso, pediu ao Tribunal de Contas do Rio Grande do 
Norte (TCE-RN) que o informasse sobre qualquer falha no projeto. 


Isso implicaria a suspensão do empréstimo.


Em outra mensagem, de 22 de junho de 2013, Henrique Alves diz a Léo Pinheiro
que poderia marcar com o presidente do TCE-RN.


 “Tenho sim. E resolvo. Sou como você…! Charles poderia me procurar
 seg (segunda) cedo em casa? Já marcaria com o Pres TC, irmão do
 Garibaldi. Discutiríamos problema”, afirmou.


Na época, o presidente da corte estadual era Paulo Roberto Chaves Alves,
 irmão do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), primo do ministro.


Em decisão de 2014, o TCU registra que não foram detectadas irregularidades
 passíveis de paralisação das obras.


Ao Estado, o ministro admitiu ter auxiliado a OAS. “Ele (Léo Pinheiro) mobilizou
 o governo, todo mundo para ajudar. Isso porque podia paralisar a obra e o estádio
 não seria entregue a tempo para a Copa. 


Se não houvesse esclarecimentos ao TCU, o BNDES paralisaria os repasses para 
o governo do Estado pagar a construtora”, afirmou. 


Sobre a expressão “ir pra cima do TCU”, ele explicou que o sentido era “tentar 
ajudar a resolver o problema.”


O ex-ministro Valmir Campelo disse não se recordar de tratativas com Alves sobre 
o assunto e ressaltou que não admitiria interferência em processos no TCU.


Em decisão de 2014, a corte registrou que seus auditores não detectaram 
irregularidades na obra e que o TCE-RN não comunicou problemas.


A OAS não comentou. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem 
questionado diálogos de Léo Pinheiro em que ele é citado pela PGR como interlocutor. 


O deputado também nega ter recebido propina. 
O Estado não localizou Paulo Roberto Chaves Alves.

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