PF vê rombo de R$ 5 bi em fundo de pensão dos Correios (FOLHA SP)
Página 1 de 1
PF vê rombo de R$ 5 bi em fundo de pensão dos Correios (FOLHA SP)
PF vê rombo de R$ 5 bi em fundo de pensão
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
02/01/2016 02h00
A Polícia Federal descobriu um rombo de R$ 5 bilhões no Postalis, o Instituto de Seguridade
dos Correios. O valor é resultado da análise de investimentos feitos pelo instituto nos últimos
quatro anos.
O relatório, que aponta mau uso das contribuições dos servidores dos Correios, foi entregue
em 15 de dezembro à Justiça Federal no Rio.
O documento lista os negócios e responsabiliza 28 pessoas, entre diretores e ex-diretores do
Postalis, além de empresários e executivos do mercado financeiro.
A PF aponta indícios de gestão temerária, crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa.
O Postalis é considerado o terceiro maior fundo de pensão do país, atrás só do Petros, da Petrobras,
e do Previ, do Banco do Brasil.
Os negócios suspeitos aconteceram, de acordo com a PF, na administração de Alexej Predtechensky,
conhecido como Russo, e na atual gestão de Antônio Carlos Conquista.
Predtechensky foi indicado pelo PMDB e Conquista, pelo PT. Apesar das suspeitas, não se comprovou
até o momento se dinheiro do Postalis foi parar nas mãos de políticos dos dois partidos.
A partir de depoimentos e análises de documentos, a PF concluiu que os dois gestores tinham
conhecimento sobre a aplicação "temerária" dos recursos do Postalis.
CONFLITO DE INTERESSES
Russo e Conquista firmaram, segundo a PF, contratos com instituições de consultoria de risco
que davam o aval para a aplicação do dinheiro dos contribuintes.
Entre os grupos contratados para gerir as aplicações do Postalis e indicar o que seria o melhor
investimento estão o banco BNY Mellon e a Risk Office, apontada como a maior gestora de riscos
da América Latina.
Os investigadores identificaram "conflito de interesses", já que os executivos dos gestores de
aplicação do fundo atuavam tanto no Postalis como em alguns planos adquiridos.
Investigadores analisam por que tanto o banco BNY Mellon como a Risk Office, assim como os
gestores do Postalis, "não questionam a baixa rentabilidade dos fundos aplicados ou adotam
medidas para o saque do dinheiro aplicados", diz o relatório.
A investigação da PF no Rio teve início em dezembro de 2013, a partir de denúncias de irregularidades
na emissão de debêntures do Grupo Galileo, em 2011, mantenedor da Universidade Gama Filho,
da ordem de R$ 100 milhões.
"Os dirigentes deixam de aplicar recursos dos planos sem observar segurança, rentabilidade
e transparência. Houve uma falta de controle dos gestores", afirmou a PF.
OUTRO LADO
O Postalis disse, via assessoria, que o presidente Antônio Carlos Conquista prestou esclarecimentos
à Polícia Federal sobre os investimentos do fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
O Postalis afirmou que Conquista prestou esclarecimentos "a respeito do Fundo Brasil Sovereign
II- Fidex, cujos aportes ocorreram entre 2005 e 2008, antes da sua nomeação à presidência,
que ocorreu em 2012".
Ainda segundo sua assessoria, o Postalis já obteve algumas vitórias judiciais contra o banco
Mellon. A nota afirma ainda ter obtido uma carta fiança no valor de R$ 250 milhões.
O fundo de pensão afirmou que a Risk Office não presta mais serviços ao Postalis.
................
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1725135-pf-ve-rombo-de-r-5-bi-em-fundo-de-pensao-dos-correios.shtml
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
02/01/2016 02h00
A Polícia Federal descobriu um rombo de R$ 5 bilhões no Postalis, o Instituto de Seguridade
dos Correios. O valor é resultado da análise de investimentos feitos pelo instituto nos últimos
quatro anos.
O relatório, que aponta mau uso das contribuições dos servidores dos Correios, foi entregue
em 15 de dezembro à Justiça Federal no Rio.
O documento lista os negócios e responsabiliza 28 pessoas, entre diretores e ex-diretores do
Postalis, além de empresários e executivos do mercado financeiro.
A PF aponta indícios de gestão temerária, crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa.
O Postalis é considerado o terceiro maior fundo de pensão do país, atrás só do Petros, da Petrobras,
e do Previ, do Banco do Brasil.
Os negócios suspeitos aconteceram, de acordo com a PF, na administração de Alexej Predtechensky,
conhecido como Russo, e na atual gestão de Antônio Carlos Conquista.
Predtechensky foi indicado pelo PMDB e Conquista, pelo PT. Apesar das suspeitas, não se comprovou
até o momento se dinheiro do Postalis foi parar nas mãos de políticos dos dois partidos.
A partir de depoimentos e análises de documentos, a PF concluiu que os dois gestores tinham
conhecimento sobre a aplicação "temerária" dos recursos do Postalis.
CONFLITO DE INTERESSES
Russo e Conquista firmaram, segundo a PF, contratos com instituições de consultoria de risco
que davam o aval para a aplicação do dinheiro dos contribuintes.
Entre os grupos contratados para gerir as aplicações do Postalis e indicar o que seria o melhor
investimento estão o banco BNY Mellon e a Risk Office, apontada como a maior gestora de riscos
da América Latina.
Os investigadores identificaram "conflito de interesses", já que os executivos dos gestores de
aplicação do fundo atuavam tanto no Postalis como em alguns planos adquiridos.
Investigadores analisam por que tanto o banco BNY Mellon como a Risk Office, assim como os
gestores do Postalis, "não questionam a baixa rentabilidade dos fundos aplicados ou adotam
medidas para o saque do dinheiro aplicados", diz o relatório.
A investigação da PF no Rio teve início em dezembro de 2013, a partir de denúncias de irregularidades
na emissão de debêntures do Grupo Galileo, em 2011, mantenedor da Universidade Gama Filho,
da ordem de R$ 100 milhões.
"Os dirigentes deixam de aplicar recursos dos planos sem observar segurança, rentabilidade
e transparência. Houve uma falta de controle dos gestores", afirmou a PF.
OUTRO LADO
O Postalis disse, via assessoria, que o presidente Antônio Carlos Conquista prestou esclarecimentos
à Polícia Federal sobre os investimentos do fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
O Postalis afirmou que Conquista prestou esclarecimentos "a respeito do Fundo Brasil Sovereign
II- Fidex, cujos aportes ocorreram entre 2005 e 2008, antes da sua nomeação à presidência,
que ocorreu em 2012".
Ainda segundo sua assessoria, o Postalis já obteve algumas vitórias judiciais contra o banco
Mellon. A nota afirma ainda ter obtido uma carta fiança no valor de R$ 250 milhões.
O fundo de pensão afirmou que a Risk Office não presta mais serviços ao Postalis.
................
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1725135-pf-ve-rombo-de-r-5-bi-em-fundo-de-pensao-dos-correios.shtml
Tópicos semelhantes
» PF faz operação contra fraudes de R$ 90 mi nos fundos da Petrobrás e dos Correios
» Operação sobre fundos de pensão começou a partir de representação do PSDB - FOLHA SP
» FUNDO BANCOOP NO FUNDO DO POCO (CRISE)
» “Lava Jato é 10% do rombo da Petrobras”, diz Paulo Roberto Costa
» CPI dos Fundos de Pensão convoca João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
» Operação sobre fundos de pensão começou a partir de representação do PSDB - FOLHA SP
» FUNDO BANCOOP NO FUNDO DO POCO (CRISE)
» “Lava Jato é 10% do rombo da Petrobras”, diz Paulo Roberto Costa
» CPI dos Fundos de Pensão convoca João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|