Caixa 2 para Lula foi definido em reunião com Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, IESA e UTC, diz empreiteiro delator
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Caixa 2 para Lula foi definido em reunião com Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, IESA e UTC, diz empreiteiro delator
Caixa 2 para Lula foi definido em reunião com Queiroz Galvão,
Camargo Corrêa, IESA e UTC, diz empreiteiro delator
POR MATEUS COUTINHO, RICARDO BRANDT E BEATRRIZ BULLA
14/12/2015, 09h49
Ricardo Pessoa apontou quais empresas participaram e como teria sido
operacionalizado o repasse de R$ 2,4 milhões em dinheiro vivo para
a campanha presidencial do petista em 2006
Ricardo Pessoa, dono da UTC que virou delator da Lava Jato. Foto: Reprodução
Em sua delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia,
que as empreiteiras Queiroz Galvão, IESA e Camargo Corrêa tomaram conhecimento
e aceitaram pagar, junto com a sua empresa, R$ 2,4 milhões de caixa 2 para
a campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
Segundo o empreiteiro, o pedido de doação “não oficial” partiu do então tesoureiro
da campanha petista José de Filippi Junior, ex-secretário de Saúde do município
de São Paulo para a empreiteira Queiroz Galvão, então líder do consórcio QUIP,
responsável pela construção da plataforma P53 da Petrobrás junto com a Camargo
Corrêa, IESA e UTC.
A solicitação, então, foi discutida em uma reunião com representantes das quatro
empresas, incluindo Pessoa representando a UTC. “O atendimento da solicitação
(de dinheiro vivo para a campanha de Lula) foi aprovado pelo conselho da QUIP,
em uma reunião entre o declarante (UTC), Ildefonso Colares (então presidente
da Queiroz Galvão), Valdir Carreiro (executivo da Iesa) e Camerato (executivo
da Camargo Corrêa)”, relatou o dono da UTC aos investigadores.
No encontro teria ficado definido que Pessoa seria o responsável por operacionaliza
r os repasses em espécia “em razão de sua proximidade com Filippi e da facilidade
logística pelo fato de ambos estarem em São Paulo”. Ainda de acordo com o delator,
os recursos do caixa 2 vieram do dinheiro recebido pelo consórcio pelas obras da
P53 “mediante a utilização da empresa Quadrix, no exterior”.
O dinheiro foi entregue a Pessoa por um representante do consórcio QUIP na UTC
e, a partir daí, teriam sido feitas três entregas diretamente a Filippi no comitê de
campanha de Lula na Av. Indianópolis, na capital paulista, totalizando
os R$ 2,4 milhões. Pessoa disse que fez duas entregas pessoais e Filippi e
que seu funcionário Walmir Pinheiro fez a terceira.
Na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, constam quatro doações
oficiais da UTC para o comitê da campanha presidencial petista totalizando
R$ 1,2 milhão, valor que o próprio Pessoa admitiu em sua delação ter repassado
oficialmente para a campanha petista sem relação com o caixa 2 envolvendo
o esquema de corrupção na Petrobrás.
O PT e a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quiseram
comentar o caso. A Camargo Corrêa e a UTC não responderam aos contatos
da reportagem. A reportagem não localizou representantes da Iesa para
comentar o caso.
COM A PALAVRA, A QUEIROZ GALVÃO:
“Queiroz Galvão esclarece que as atividades da companhia são pautadas pelo
respeito aos padrões internacionais de ética corporativa.”
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/caixa-2-para-lula-foi-definido-em-reuniao-com-queiroz-galvao-camargo-correa-iesa-e-utc-diz-empreiteiro-delator/
Camargo Corrêa, IESA e UTC, diz empreiteiro delator
POR MATEUS COUTINHO, RICARDO BRANDT E BEATRRIZ BULLA
14/12/2015, 09h49
Ricardo Pessoa apontou quais empresas participaram e como teria sido
operacionalizado o repasse de R$ 2,4 milhões em dinheiro vivo para
a campanha presidencial do petista em 2006
Ricardo Pessoa, dono da UTC que virou delator da Lava Jato. Foto: Reprodução
Em sua delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia,
que as empreiteiras Queiroz Galvão, IESA e Camargo Corrêa tomaram conhecimento
e aceitaram pagar, junto com a sua empresa, R$ 2,4 milhões de caixa 2 para
a campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
Segundo o empreiteiro, o pedido de doação “não oficial” partiu do então tesoureiro
da campanha petista José de Filippi Junior, ex-secretário de Saúde do município
de São Paulo para a empreiteira Queiroz Galvão, então líder do consórcio QUIP,
responsável pela construção da plataforma P53 da Petrobrás junto com a Camargo
Corrêa, IESA e UTC.
A solicitação, então, foi discutida em uma reunião com representantes das quatro
empresas, incluindo Pessoa representando a UTC. “O atendimento da solicitação
(de dinheiro vivo para a campanha de Lula) foi aprovado pelo conselho da QUIP,
em uma reunião entre o declarante (UTC), Ildefonso Colares (então presidente
da Queiroz Galvão), Valdir Carreiro (executivo da Iesa) e Camerato (executivo
da Camargo Corrêa)”, relatou o dono da UTC aos investigadores.
No encontro teria ficado definido que Pessoa seria o responsável por operacionaliza
r os repasses em espécia “em razão de sua proximidade com Filippi e da facilidade
logística pelo fato de ambos estarem em São Paulo”. Ainda de acordo com o delator,
os recursos do caixa 2 vieram do dinheiro recebido pelo consórcio pelas obras da
P53 “mediante a utilização da empresa Quadrix, no exterior”.
O dinheiro foi entregue a Pessoa por um representante do consórcio QUIP na UTC
e, a partir daí, teriam sido feitas três entregas diretamente a Filippi no comitê de
campanha de Lula na Av. Indianópolis, na capital paulista, totalizando
os R$ 2,4 milhões. Pessoa disse que fez duas entregas pessoais e Filippi e
que seu funcionário Walmir Pinheiro fez a terceira.
Na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, constam quatro doações
oficiais da UTC para o comitê da campanha presidencial petista totalizando
R$ 1,2 milhão, valor que o próprio Pessoa admitiu em sua delação ter repassado
oficialmente para a campanha petista sem relação com o caixa 2 envolvendo
o esquema de corrupção na Petrobrás.
O PT e a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quiseram
comentar o caso. A Camargo Corrêa e a UTC não responderam aos contatos
da reportagem. A reportagem não localizou representantes da Iesa para
comentar o caso.
COM A PALAVRA, A QUEIROZ GALVÃO:
“Queiroz Galvão esclarece que as atividades da companhia são pautadas pelo
respeito aos padrões internacionais de ética corporativa.”
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/caixa-2-para-lula-foi-definido-em-reuniao-com-queiroz-galvao-camargo-correa-iesa-e-utc-diz-empreiteiro-delator/
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