Forum Clientes Bancoop nao era Cooperativa
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Arrependido, empreiteiro promete a Moro que não fará mais doações a campanhas

Ir para baixo

Arrependido, empreiteiro promete a Moro que não fará mais doações a campanhas Empty Arrependido, empreiteiro promete a Moro que não fará mais doações a campanhas

Mensagem  forum vitimas Bancoop Sex Nov 20 2015, 23:44


Arrependido, empreiteiro promete a Moro que não fará mais doações a campanhas

Ouvido como réu em duas ações, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, que foi apontado como o líder do cartel que desviou bilhões da Petrobras admite que errou. "Fui um hospedeiro", disse ao juiz Sérgio Moro, que desejou a ele boa sorte
Cláudia Gabardo


Política Publicado ontem às 21:30

Curitiba – Dono da UTC Engenharia e réu já condenado na Operação Lava-Jato, o empresário Ricardo Pessoa aproveitou o novo interrogatório dessa sexta-feira (20), na Justiça Federal, para fazer a mea culpa diante de Sérgio Moro – o juiz que conduz as ações penais da investigação. Assumindo a postura de arrependido por participar ativamente do esquema de corrupção na Petrobras, Pessoa qualificou o processo como “um divisor de águas” e - mesmo que a lei permitisse – jamais tornaria a fazer doações, “nem oficiais nem erradas”, a partidos políticos. Moro desejou boa sorte ao empresário.

Ricardo Pessoa falou como réu de duas ações desmembradas das originais depois que ele se tornou delator, em maio, e teve seu acordo homologado no mês seguinte. Ele disse a Moro que reconhece que sua empresa, particularmente, foi beneficiada pelo esquema por meio de seis obras e admite que errou. “Errei. Temos que consertar. Não foi assim que fui criado”, disse, sem assumir a função que lhe é atribuída pela investigação de “chefe do cartel das empreiteiras”. “Fui um hospedeiro das reuniões”, disse, referindo-se aos encontros de representantes de empresas para direcionar obras da Petrobras de acordo com os interesses de cada uma. As interessadas numa determinada obra se reuniam e combinavam entre si quem ganharia e, para isso, a forma como as demais competidoras deveriam apresentar suas propostas de preços.

Leia também:
Suposto chefe do cartel das empreiteiras, Ricardo Pessoa depõe em ação contra DirceuPF estima em R$ 42 bilhões prejuízos da Petrobras com corrupção

Reafirmando o que já havia declarado, disse que o esquema nasceu em 2006, em um jantar na casa do falecido deputado federal e líder do PP (Partido Progressista) José Janene – para Pessoa, “o dono do partido, se assim posso chamar”. Detalhou que o pagamento de 1% sobre os contratos era uma prática generalizada e que foi acertada com ele, Márcio Faria da Silva (executivo da Odebrecht) e Júlio Camargo (consultor da Toyo-Setal e operador de propina) como seria esse repasse: a UTC cuidaria dos repasses direcionados aos altos funcionários da Diretoria de Serviços e ao PT (partido relacionado ao setor), enquanto a Odebrecht se encarregaria da Diretoria de Abastecimento e ao seu partido, o PP.

“Éramos cobrados politicamente e queríamos ter a garantia da boa-vontade (da Petrobras) quanto aos contratos. Daí passamos a considerar normal o que era anormal”, justificou Pessôa, afirmando que ”praticamente todas” as empreiteiras pagavam propina até mesmo sobre contratos que não tivessem sido objeto de acerto prévio pelo cartel.

Entre as participantes citou Andrade Gutierrez, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Engevix, além da sua UTC e da Odebrecht. A Galvão Engenharia, observou, “chegou no final”. Na Diretoria de Serviços, confirmou Pessoa, seus interlocutores eram o ex-diretor Renato Duque, “que mandava o Pedro Barusco (ex-gerente de Serviços) me procurar e que me mandava para o Vaccari (João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT)”.

O mesmo descuido, disse o executivo da UTC, foi repetido em negócios de empresas do grupo em Lauro de Freitas, na Bahia, com o doleiro Alberto Youssef e que nada tinham a ver com a Petrobras. “Fui imprudente, inconsequente, deixei acontecer porque não era prioridade. Estava comprando a Constran, querendo crescer e deixei que eles cuidassem da minha aposentadoria”, disse, referindo-se ao doleiro e ao sócio João de Teive Argôlo. Caberia a eles tocar o investimento – no começo um complexo hoteleiro planejado para gerar uma renda adicional futura. O empreendimento sofreu mudanças e ainda não está pronto.

http://fatoonline.com.br/conteudo/12740/arrependido-empreiteiro-promete-a-moro-que-nao-fara-mais-doacoes-a-campanhas?or=he-pol&p=d3&i=1&v=0

forum vitimas Bancoop
Admin

Mensagens : 7072
Data de inscrição : 25/08/2008

https://bancoop.forumotion.com

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos