Moro decreta prisão preventiva de lobista do PMDB
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Moro decreta prisão preventiva de lobista do PMDB
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REDAÇÃO
25 Setembro 2015 | 18:27
Sérgio Moro, juiz federal da Lava Jato. Foto: Gil Ferreira/Agência Brasil
Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Mateus Coutinho
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, decretou a prisão preventiva
do empresário João Henriques, apontado como lobista do PMDB. João Henriques foi detido em regime
temporário na segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava Jato.
A ÍNTEGRA DA DECISÃO DE MORO
Segundo o Ministério Público Federal, o lobista estaria envolvido na suposta intermediação de propinas de
seis contratos da Petrobrás: venda da Refinaria de San Lorenzo (Projeto Atreu); aquisição de participação
de 50% no bloco 2714-A, offshore da Namíbia; venda de 27,3% da participação indireta na Edesur; contratação
da Odebrecht para atuação na área de SMS; reforma da Centro de Pesquisa da Petrobras;
e obra das FPSOs 67 e 70.
“Impor a prisão preventiva em um quadro de fraudes a licitações, corrupção e lavagem sistêmica é aplicação
ortodoxa da lei processual penal. O acusado João Augusto Rezende Henriques se insere totalmente nesse
quadro, pois as provas indicam que se dedicava, profissional e habitualmente, à intermediação de propinas
em contratos da Petrobrás e à lavagem de dinheiro, inclusive com instrumentos sofisticados, a utilização de
contas secretas no exterior para efetuar repasses também no exterior a agentes públicos e a partidos
políticos”, afirmou Moro em sua decisão.
Os procuradores suspeitam que a Trend Empreendimentos, controlada por João Henriques e que tinha
Miloud Daouadji como sócio até 2008, fosse usada para intermediação de propina.
Os investigadores identificaram mais de R$ 20 milhões recebidos pela empresa Trend, tendo como
remetentes companhias que possuíam obras com a Petrobrás.
João Henriques prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta. O Ministério Público Federal afirma
que o lobista, inicialmente, negou envolvimento com irregularidades. “Diante da documentação
apresentada obtida na sua busca e apreensão acabou reconhecendo que operava contas no exterior
e que fazia alguns pagamentos para “amigos” que prefere não declinar os nomes.
Trata-se na realidade de uma espécie de confissão parcial e qualificada do investigado.
Ele não trata dos fatos na completude e nega as consequências jurídicas ilícitas de sua
conduta”, afirmam os procuradores.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-decreta-prisao-preventiva-de-lobista-do-pmdb/
Tags: operação Lava Jato, PMDB
REDAÇÃO
25 Setembro 2015 | 18:27
João Henriques estava detido em caráter temporário desde segunda-feira,
21, quando foi deflagrada a 19ª fase da Lava Jato
Sérgio Moro, juiz federal da Lava Jato. Foto: Gil Ferreira/Agência Brasil
Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Mateus Coutinho
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, decretou a prisão preventiva
do empresário João Henriques, apontado como lobista do PMDB. João Henriques foi detido em regime
temporário na segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava Jato.
A ÍNTEGRA DA DECISÃO DE MORO
Segundo o Ministério Público Federal, o lobista estaria envolvido na suposta intermediação de propinas de
seis contratos da Petrobrás: venda da Refinaria de San Lorenzo (Projeto Atreu); aquisição de participação
de 50% no bloco 2714-A, offshore da Namíbia; venda de 27,3% da participação indireta na Edesur; contratação
da Odebrecht para atuação na área de SMS; reforma da Centro de Pesquisa da Petrobras;
e obra das FPSOs 67 e 70.
“Impor a prisão preventiva em um quadro de fraudes a licitações, corrupção e lavagem sistêmica é aplicação
ortodoxa da lei processual penal. O acusado João Augusto Rezende Henriques se insere totalmente nesse
quadro, pois as provas indicam que se dedicava, profissional e habitualmente, à intermediação de propinas
em contratos da Petrobrás e à lavagem de dinheiro, inclusive com instrumentos sofisticados, a utilização de
contas secretas no exterior para efetuar repasses também no exterior a agentes públicos e a partidos
políticos”, afirmou Moro em sua decisão.
Os procuradores suspeitam que a Trend Empreendimentos, controlada por João Henriques e que tinha
Miloud Daouadji como sócio até 2008, fosse usada para intermediação de propina.
Os investigadores identificaram mais de R$ 20 milhões recebidos pela empresa Trend, tendo como
remetentes companhias que possuíam obras com a Petrobrás.
João Henriques prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta. O Ministério Público Federal afirma
que o lobista, inicialmente, negou envolvimento com irregularidades. “Diante da documentação
apresentada obtida na sua busca e apreensão acabou reconhecendo que operava contas no exterior
e que fazia alguns pagamentos para “amigos” que prefere não declinar os nomes.
Trata-se na realidade de uma espécie de confissão parcial e qualificada do investigado.
Ele não trata dos fatos na completude e nega as consequências jurídicas ilícitas de sua
conduta”, afirmam os procuradores.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-decreta-prisao-preventiva-de-lobista-do-pmdb/
Tags: operação Lava Jato, PMDB
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