Sindicato dos Bancarios sp injetou muito dinheiro na bancoop
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Sindicato dos Bancarios sp injetou muito dinheiro na bancoop
Sindicato do Bancarios sp injeta dinheiro na bancoop
Só numa tacada, que foi no fim de 2009
foram injetados 18 milhões na bancoop a titulo de empréstimo
Essa operação financeira foi detectada pela LAVA JATO
Nenhum comprador da bancoop autorizou ou pediu.
Foi iniciativa de JOAO VACCARI NETO
que era presidente da bancoop, eleito numa assembléia viciada
em fevereiro 2009, ora anulada judicialmente.
fonte:
Coaf aponta operação suspeita envolvendo tesoureiro do PT
Redação
15 de janeiro de 2015 | 05h00
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue
aos investigadores da Operação Lava Jato, que desmontou esquema
de corrupção na Petrobrás, registrou uma movimentação considerada suspeita
em 2009 de R$ 18 milhões envolvendo o Sindicato dos Bancários
de São Paulo, ligado à CUT, a Bancoop, cooperativa criada pela entidade
cujo presidente era o atual tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto,
e a Planner Corretora de Valores.
Em 23 de novembro de 2009, a Bancoop recebeu R$ 18.158.628,65 do
Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo,
informou o Coaf, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda.
“Na mesma data, foram transferidos R$ 18.151.892,51 para
a empresa Planner Corretora de Valores”, registra o documento
enviado à Polícia Federal e anexado ao processo em que foi
decretada a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor
de Internacional da Petrobrás.
João Vaccari Neto. Foto: JF Diorio/Estadão
No relatório do Coaf, a movimentação financeira de 2009 da Bancoop
foi classificada como suspeita. “Contas que não demonstram ser
resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para
recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação
clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio.”
O documento do Coaf foi feito a pedido dos investigadores da Lava Jato
e tem como alvo do monitoramento bancário Vaccari, Cerveró e Renato
Duque, ex-diretor de Serviços da estatal. O tesoureiro do PT foi
apontado na Justiça Federal por dois delatores do processo como
operador do esquema de propina na Petrobrás, entre 2004 e 2012.
Pelo menos 22 empresas, agindo em cartel, pagavam propinas de
1% a 3% para agentes públicos e políticos em troca de contratos
bilionários, segundo a Procuradoria da República.
Vaccari teria movimentado propina via Diretoria de Serviços.
Ele e a cunhada, Marice Correa de Lima, são também investigados
como supostos recebedores de valores pagos por uma das
construtoras do cartel de 22 empreiteiras alvo da Lava Jato,
a mando do doleiro Alberto Youssef.
O nome do tesoureiro do PT aparece também na Lava Jato em
um negócio suspeito envolvendo membros do partido
e investimentos feitos pelo fundo de pensão da Petrobrás,
Petros, em uma empresa de fachada ligada ao doleiro.
Caso Bancoop. Vaccari, que era dirigente da Bancoop em 2009,
é réu em processo criminal aberto em 2010, pela Justiça em
São Paulo. Nele, os dirigentes da cooperativa são acusados
de desvio de recursos e prejuízo de mais de R$ 100 milhões.
Parte desse dinheiro teria irrigado campanhas do PT, segundo
a Promotoria.
O processo acusa o atual tesoureiro do PT e outros diretores
da cooperativa – criada pelo sindicato dos bancários, que teve
Vaccari como dirigente, em 1996 – por estelionato, formação
de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Pelo menos 8 mil pessoas foram prejudicadas.
A Planner, que em novembro de 2009 recebeu os R$ 18 milhões
comunicados pelo Coaf, foi a corretora que atuou na capitalização
da Bancoop, a partir de 2004, por meio de um fundo
de investimentos, que recebeu aportes milionários de fundos
de pensão de órgãos federais.
Parte dos recursos, segundo o processo, foram desviados por meio
de empresas de fachada criadas. A Bancoop quebrou, deixando
uma dívida milionário para cooperados e investidores.
Investigadores da Lava Jato buscam saber se há relação entre
o caso Bancoop, a movimentação dos R$ 18 milhões, em 2009,
e o esquema de propina que teria operado na Petrobrás, entre
2004 e 2012.
Vaccari nega qualquer relação com os esquemas de corrupção
na Petrobrás. Ele também nega desvios de recursos da Bancoop.
Procurado na noite desta quarta feira, 14, ele não foi encontrado.
COM A PALAVRA, A BANCOOP:
Por meio de nota, a Bancoop informou que a movimentação
financeira de 2009 apontada pelo Coaf teve o objetivo de liquidar
um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios e que a
operação foi considerada regular pela Comissão de Valores
Mobiliários.
Abaixo, a íntegra da nota:
“Em 2004, a Bancoop Cooperativa Habitacional dos Bancários de São
Paulo (Bancoop) levantou recursos financeiros por meio de um Fundo
de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC Bancoop I) para
arcar com custos já incorridos e adiantar a construção
de empreendimentos da cooperativa.
O FIDC Bancoop I era administrado pela corretora Planner
e foi liquidado em novembro de 2009, após a cooperativa ter
adquirido um empréstimo junto ao Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região, documentado em um contrato de mútuo,
devidamente contabilizado, auditado e aprovado.
Os recursos citados no Relatório de Inteligência Financeira do
DPF foram destinados à liquidação do FIDC Bancoop I pela cooperativa.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela fiscalização
e acompanhamento deste tipo de fundo, apontou que não existe
qualquer irregularidade com o FIDC Bancoop I, que já foi objeto
de análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A Justiça Federal também analisou o FIDC Bancoop I e por sugestão
do delegado da Polícia Federal (PF) e requerimento do Ministério
Público Federal (MPF), o inquérito foi arquivado por determinação
judicial depois de ser constatado que não houve irregularidades
contra o sistema financeiro nacional.
A Bancoop foi criada por militantes do Sindicato dos Bancários com
o objetivo de atender a demanda por moradia entre os bancários,
com construção a preço de custo. A maior parte dos associados da
cooperativa é constituída por bancários da base sindical do Sindicato
dos Bancários, que é solidário à cooperativa desde a criação da mesma.
Estamos à disposição para outros esclarecimentos sobre o assunto.
Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo”
COM A PALAVRA, O SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE SP
“O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, por meio
de sua diretoria, esclarece que a Cooperativa Habitacional dos
Bancários (Bancoop) foi criada em 1996 por militantes bancários
do Sindicato com objetivo de constituir uma cooperativa habitacional
para atender uma demanda por moradia a preço de custo.
A operação realizada em 2009 trata-se de um empréstimo feito
à cooperativa, conforme esclarecimentos enviados nesta quinta-feira
(15) em nota à imprensa pela Bancoop.
Todas as transações foram documentadas em um contrato de mútuo,
devidamente contabilizado.”
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/coaf-aponta-operacao-suspeita-envolvendo-tesoureiro-do-pt/
Bancoop
Só numa tacada, que foi no fim de 2009
foram injetados 18 milhões na bancoop a titulo de empréstimo
Essa operação financeira foi detectada pela LAVA JATO
Nenhum comprador da bancoop autorizou ou pediu.
Foi iniciativa de JOAO VACCARI NETO
que era presidente da bancoop, eleito numa assembléia viciada
em fevereiro 2009, ora anulada judicialmente.
fonte:
Coaf aponta operação suspeita envolvendo tesoureiro do PT
Relatório nos autos da Lava Jato mostra movimentação
de R$ 18 milhões na conta de cooperativa dos bancários
de São Paulo, em 2009, que foi dirigida por João Vaccari
e alvo de desvios
Redação
15 de janeiro de 2015 | 05h00
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue
aos investigadores da Operação Lava Jato, que desmontou esquema
de corrupção na Petrobrás, registrou uma movimentação considerada suspeita
em 2009 de R$ 18 milhões envolvendo o Sindicato dos Bancários
de São Paulo, ligado à CUT, a Bancoop, cooperativa criada pela entidade
cujo presidente era o atual tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto,
e a Planner Corretora de Valores.
Em 23 de novembro de 2009, a Bancoop recebeu R$ 18.158.628,65 do
Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo,
informou o Coaf, órgão de inteligência do Ministério da Fazenda.
“Na mesma data, foram transferidos R$ 18.151.892,51 para
a empresa Planner Corretora de Valores”, registra o documento
enviado à Polícia Federal e anexado ao processo em que foi
decretada a prisão preventiva de Nestor Cerveró, ex-diretor
de Internacional da Petrobrás.
João Vaccari Neto. Foto: JF Diorio/Estadão
No relatório do Coaf, a movimentação financeira de 2009 da Bancoop
foi classificada como suspeita. “Contas que não demonstram ser
resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para
recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação
clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio.”
O documento do Coaf foi feito a pedido dos investigadores da Lava Jato
e tem como alvo do monitoramento bancário Vaccari, Cerveró e Renato
Duque, ex-diretor de Serviços da estatal. O tesoureiro do PT foi
apontado na Justiça Federal por dois delatores do processo como
operador do esquema de propina na Petrobrás, entre 2004 e 2012.
Pelo menos 22 empresas, agindo em cartel, pagavam propinas de
1% a 3% para agentes públicos e políticos em troca de contratos
bilionários, segundo a Procuradoria da República.
Vaccari teria movimentado propina via Diretoria de Serviços.
Ele e a cunhada, Marice Correa de Lima, são também investigados
como supostos recebedores de valores pagos por uma das
construtoras do cartel de 22 empreiteiras alvo da Lava Jato,
a mando do doleiro Alberto Youssef.
O nome do tesoureiro do PT aparece também na Lava Jato em
um negócio suspeito envolvendo membros do partido
e investimentos feitos pelo fundo de pensão da Petrobrás,
Petros, em uma empresa de fachada ligada ao doleiro.
Caso Bancoop. Vaccari, que era dirigente da Bancoop em 2009,
é réu em processo criminal aberto em 2010, pela Justiça em
São Paulo. Nele, os dirigentes da cooperativa são acusados
de desvio de recursos e prejuízo de mais de R$ 100 milhões.
Parte desse dinheiro teria irrigado campanhas do PT, segundo
a Promotoria.
O processo acusa o atual tesoureiro do PT e outros diretores
da cooperativa – criada pelo sindicato dos bancários, que teve
Vaccari como dirigente, em 1996 – por estelionato, formação
de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Pelo menos 8 mil pessoas foram prejudicadas.
A Planner, que em novembro de 2009 recebeu os R$ 18 milhões
comunicados pelo Coaf, foi a corretora que atuou na capitalização
da Bancoop, a partir de 2004, por meio de um fundo
de investimentos, que recebeu aportes milionários de fundos
de pensão de órgãos federais.
Parte dos recursos, segundo o processo, foram desviados por meio
de empresas de fachada criadas. A Bancoop quebrou, deixando
uma dívida milionário para cooperados e investidores.
Investigadores da Lava Jato buscam saber se há relação entre
o caso Bancoop, a movimentação dos R$ 18 milhões, em 2009,
e o esquema de propina que teria operado na Petrobrás, entre
2004 e 2012.
Vaccari nega qualquer relação com os esquemas de corrupção
na Petrobrás. Ele também nega desvios de recursos da Bancoop.
Procurado na noite desta quarta feira, 14, ele não foi encontrado.
COM A PALAVRA, A BANCOOP:
Por meio de nota, a Bancoop informou que a movimentação
financeira de 2009 apontada pelo Coaf teve o objetivo de liquidar
um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios e que a
operação foi considerada regular pela Comissão de Valores
Mobiliários.
Abaixo, a íntegra da nota:
“Em 2004, a Bancoop Cooperativa Habitacional dos Bancários de São
Paulo (Bancoop) levantou recursos financeiros por meio de um Fundo
de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC Bancoop I) para
arcar com custos já incorridos e adiantar a construção
de empreendimentos da cooperativa.
O FIDC Bancoop I era administrado pela corretora Planner
e foi liquidado em novembro de 2009, após a cooperativa ter
adquirido um empréstimo junto ao Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região, documentado em um contrato de mútuo,
devidamente contabilizado, auditado e aprovado.
Os recursos citados no Relatório de Inteligência Financeira do
DPF foram destinados à liquidação do FIDC Bancoop I pela cooperativa.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela fiscalização
e acompanhamento deste tipo de fundo, apontou que não existe
qualquer irregularidade com o FIDC Bancoop I, que já foi objeto
de análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A Justiça Federal também analisou o FIDC Bancoop I e por sugestão
do delegado da Polícia Federal (PF) e requerimento do Ministério
Público Federal (MPF), o inquérito foi arquivado por determinação
judicial depois de ser constatado que não houve irregularidades
contra o sistema financeiro nacional.
A Bancoop foi criada por militantes do Sindicato dos Bancários com
o objetivo de atender a demanda por moradia entre os bancários,
com construção a preço de custo. A maior parte dos associados da
cooperativa é constituída por bancários da base sindical do Sindicato
dos Bancários, que é solidário à cooperativa desde a criação da mesma.
Estamos à disposição para outros esclarecimentos sobre o assunto.
Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo”
COM A PALAVRA, O SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE SP
“O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, por meio
de sua diretoria, esclarece que a Cooperativa Habitacional dos
Bancários (Bancoop) foi criada em 1996 por militantes bancários
do Sindicato com objetivo de constituir uma cooperativa habitacional
para atender uma demanda por moradia a preço de custo.
A operação realizada em 2009 trata-se de um empréstimo feito
à cooperativa, conforme esclarecimentos enviados nesta quinta-feira
(15) em nota à imprensa pela Bancoop.
Todas as transações foram documentadas em um contrato de mútuo,
devidamente contabilizado.”
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/coaf-aponta-operacao-suspeita-envolvendo-tesoureiro-do-pt/
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