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Julio Faerman diz que entrega da P-57 foi antecipada por causa de campanha DILMA 2010

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Qua Abr 20 2016, 21:17

20/04/2016 14h03 - Atualizado em 20/04/2016 14h26

Julio Faerman diz que entrega da P-57 foi antecipada por causa de campanha

Representante da SBM diz em delação premiada que entrega da P-57 à Petrobras foi antecipada para beneficiar campanha de Dilma em 2010.



O ex-representante da SBM no Brasil, Julio Faerman, disse, em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que a antecipação da entrega à Petrobras da plataforma P-57, em 2010, ocorreu para beneficiar a candidatura de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais daquele ano.

Julio Faerman também afirmou que pagou US$ 300 mil para a campanha presidencial do PT, através de uma conta do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco na Suíça. A GloboNews teve acesso com exclusividade às delações de Julio Faerman e Pedro Barusco.

Julio Faerman era o representante no Brasil da holandesa SBM offshore, empresa que alugava navios-plataforma para Petrobras. Segundo o Ministério Público, a SBM pagou US$ 42 milhões em propinas para conseguir esses contratos desde 1997. O esquema teria funcionado até 2012. Além, de Julio Faerman, 12 pessoas respondem a processo na Justiça Federal do Rio por irregularidades nos contratos entre as duas empresas. As investigações começaram antes da operação Lava-Jato.

Na delação, o representante da SBM, Julio Faerman, mencionou a antecipação da entrega da plataforma P-57. Inicialmente previsto para dezembro de 2010, o projeto foi entregue em 7 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial. A plataforma foi "batizada" pelo presidente Lula, em Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio.

Está na delação: a antecipação "ocorreu para que a cerimônia de entrega pudesse ser feita antes das eleições presidenciais. Perguntado, Faerman afirmou que a antecipação de quase três meses é considerável, porque normalmente existe bônus para antecipações de cerca de 20 dias. A Petrobras pagou pela antecipação, havendo aditivo contratual para isso, tendo ouvido falar em US$ 25 milhões".

Julio Faerman também disse que pagou US$ 300 mil para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. Numa das reuniões com Renato Duque, no edifício-sede da Petrobras, Duque perguntou se poderiam cooperar financeiramente para a campanha política do PT à presidência em 2010, ele teria respondido “não".

O representante da SBM afirmou ainda que "apesar da negativa a Duque, o então gerente Pedro Barusco voltou a encontrá-lo e cobrou a contribuição de US$ 300 mil para a campanha presidencial do PT. Diante do pedido, Julio transferiu 300 mil da sua conta na Suíça para conta de Barusco também na Suíça”.

As informações de Julio Faerman foram confirmadas por Pedro Barusco, que também fez delação premiada no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

Segundo Barusco, "em 2010, durante a campanha presidencial, quando o candidato do PSDB, José Serra, encostou em Dilma nas pesquisas, o então diretor da Petrobras, Renato Duque, pediu que ele intermediasse uma contribuição de US$ 300 mil para a campanha de Dilma".

E que ele "atendeu o pedido de Duque".

Barusco afirmou que "como já tinha os canais financeiros estabelecidos com a SBM, recebeu o dinheiro do representante comercial da SBM, ou seja, Julio Faerman, em conta na Suíça, cedendo créditos de propina no Brasil de outras empresas com contratos com a Petrobras".

Pedro Barusco declarou que "os créditos de propina que foram cedidos foram informados a Renato Duque, que entregou a contribuição ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto", atualmente preso em Curitiba pela operação Lava-Jato.

Sem dar muitos detalhes, Barusco admitiu a transação, ao depor à CPI da Petrobras da Câmara, em março de 2015. A SBM não consta como doadora na prestação de contas da campanha de Dilma em 2010.
Julio Faerman está solto. Ele devolveu US$ 54 milhões que estavam na Suíça. Pedro Barusco também firmou acordo de delação premiada com a Lava-Jato e se comprometeu a devolver US$ 97 milhões de propina que estavam no exterior.

Em nota, o Instituto Lula disse que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois dos dois mandatos que exerceu como presidente da república. O Instituto disse que não comenta falatório, acusações ou ilações sem provas feitas em acordos com a Justiça.

A produção da GloboNews já entrou em contato com a Petrobras, a campanha da presidente Dilma Rousseff de 2010, e com as defesas de João Vaccari Neto e Renato Duque, mas ainda não teve resposta.



http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2016/04/julio-faerman-diz-que-entrega-da-p-57-foi-antecipada-por-causa-de-campanha.html



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