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Interventor confirma irregularidades - Coopetaju

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Qua Nov 09 2011, 19:11

Interventor confirma irregularidades

Publicada: 07/06/2009

Desde o dia 14 de abril que a Coopetaju, uma das cooperativas que fazem o transporte intermunicipal de passageiros em Sergipe, virou caso de polícia e da Justiça. O então presidente, Jonas Alves, foi afastado por decisão judicial e a organização passou a ser dirigida por um interventor, que iniciou os trabalhos dois dias após o afastamento de toda a diretoria da Coopetaju, que opera 30 linhas para o interior de Sergipe e possui 36 veículos.

A responsabilidade por fazer um levantamento de toda a situação financeira e contábil da cooperativa é do auditor de tributos aposentado, José Oliveira. Ele assumiu a função em um momento de turbulência, quando a antiga direção da Coopetaju, principalmente seu presidente, passou a ser alvo de uma série de denúncias feitas pelos próprios cooperados.

Entre as acusações contra Jonas Alves estão a falta de prestação de contas, enriquecimento ilícito e o não repasse do valor das passagens para os cooperados. Muitos deles alegaram, na época, que estavam passando por sérias dificuldades financeiras.

“Não estou aqui para julgar, mas o que ocorreu com a cooperativa foi um descaso por conta da inépcia dos próprios cooperados, que já deviam ter cobrado há mais tempo do presidente a prestação de contas. Agora a cooperativa está nessa situação, com muita coisa a ser feita”, avalia Oliveira.

Segundo o interventor, já é possível afirmar que a antiga diretoria praticou sérias irregularidades. “Já detectamos que houve uma improbidade administrativa no âmbito do cooperativismo, num total desrespeito à Lei 5764/71 (define a Política Nacional do Cooperativismo) e ao Estatuto da instituição. Isso já faz com que seus ex-diretores venham até os cooperados e esclareçam determinadas coisas”, aponta.

De acordo com ele, a lei manda que todo ano, até o terceiro mês ao ano subsequente a um determinado exercício, a diretoria faça a prestação de contas. “Só que nesses dez anos (gestão de Jonas Alves) não tem sequer uma prestação de contas. O que nós encontramos aqui, intitulado de balancetes, o Conselho Regional de Contabilidade já nos informou que não tem nada a ver com balancete. Houve, na verdade, um descaso”, garante Oliveira.

Na opinião do interventor, era necessário que a própria lei do cooperativismo fosse mais rigorosa com esse tipo de irregularidade. “Dentro do próprio sistema cooperativismo é percebível que não há nas organizações de cooperativas estaduais e federal um poder de polícia devidamente constituído, para que elas pudessem atuar contra aquelas cooperativas que não estão agindo de acordo com a lei. Punir de alguma forma essas organizações até mesmo com sua extinção. Mas isso é algo que precisa ainda de muita discussão”, sugere.

Para Oliveira, esse tipo de situação facilita a proliferação de cooperativas, incluindo as que atuam no setor de transporte. “A gente viaja por Sergipe e vê uma enormidade de cooperativas. É coo disso, é coo daquilo, enfim, qualquer pessoa hoje monta uma cooperativa ao seu bel prazer”, critica o auditor de tributos.

Cezar Rocha

Em relação a uma denúncia veiculada na imprensa sobre um possível envolvimento entre o assessor do secretário de Estado dos Transportes Bosco Mendonça, Cezar Rocha, e o ex-presidente da Coopetaju, Jonas Alves, o interventor explica que citou, em seu relatório, uma lista de cheques com os respectivos valores e possíveis destinatários, onde havia o nome do funcionário.

No entanto, ele afirma que não partiu da intervenção o vazamento da informação e que com essa relação não pode afirmar se houve ou não o pagamento de algum tipo de favorecimento para o servidor da Setram. “Não posso dizer que se trata de um documento comprobatório de repasse, como afirmou o jornal. O que o Cezar Rocha me disse que se tratou do pagamento de um veículo que foi vendido a Jonas”, relata.

Legalmente, a intervenção na Coopetaju termina no dia 12 de agosto, mas Oliveira espera que em julho toda a situação na cooperativa esteja regularizada. Na próxima quarta-feira (9), haverá uma assembleia para aprovar o novo Estatuto e o Regimento Interno da instituição. Assim que forem aprovados, ele pretende convocar as eleições para a escolha dos novos membros dos conselhos de administração e fiscal. “Nossa previsão é de que no começo de julho a gente esteja realizando essa eleição. Se conseguirmos, ainda em julho encerraremos nossa atuação”, estima Oliveira.

Até lá, todo o trabalho está sendo informado à Justiça e à Organização das Cooperativas de Sergipe (Ocese) através de relatórios que são elaborados com o conhecimento e a assinatura dos cooperados. Entre eles o possível envolvimento do servidor da Setram com a direção da Coopetaju.


http://2008.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=34639

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