Justiça nomeia 4 interventores!

Justiça nomeia interventores em cooperativa acusada de adulterar leite


26 de outubro de 2007


A Justiça nomeou na quarta-feira, 24, quatro interventores para assumir a administração da cooperativa Casmil.

A cooperativa é uma das empresas acusadas pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual de Minas e Polícia Federal de adulterar leite. A chamada operação Ouro Branco, deflagrada na segunda-feira, 22, prendeu 27 acusados de ligação com a fraude.

A nomeação dos interventores ocorreu depois de um acordo entre promotores e produtores ligados à cooperativa. O Ministério Público exigia a mudança no comando para que o leite continuasse sendo revendido.

A Copervale – outra cooperativa acusada de fraude – já tem um interventor desde segunda. Geraldo Cardoso Sobrinho, nome recomendado pelo Ministério Público Federal, assumiu a cooperativa enquanto seus diretores estiveram presos. A diretoria da Copervale teve a prisão temporária – de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco – decretada.

Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começa a rastrear o leite adulterado. A operação terá participação de técnicos da agência e do Ministério da Agricultura, que devem agir em Uberaba (MG).

Por ordem do Ministério Público Estadual, o leite longa vida de três marcas (Parmalat, Calu e Centenário) foi recolhido das prateleiras dos supermercados da cidade. As empresas negam envolvimento com o esquema.

A operação Ouro Branco ocorreu também em Passos (MG), mas segundo os promotores não ordenaram o recolhimento do leite na cidade porque o produto adulterado não seria revendido na cidade.

Com o rastreamento do produto, a Anvisa poderá iniciar a coleta do leite longa vida para análise. O produto deve ser retirado definitivamente do mercado se irregularidades forem comprovadas. As empresas podem receber sanções que vão de advertência a multa de R$ 1,5 milhão.