Cooperativa cobra dívida de imóveis quitados 04 01 2007

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Cooperativa cobra dívida de imóveis quitados

Mutuários da Bancoop reclamam de cobrança abusiva
Edição: 178 / Data: 4/9/2006



Aproximadamente 100 mutuários da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) e da APCEF/SP (Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal / SP) entraram com uma ação coletiva na justiça para impugnar uma cobrança abusiva e regularizar a situação de seus imóveis no Residencial Vila Formosa.

A cooperativa está cobrando débitos improcedentes de seus clientes, como parcelas residuais após a comprovada quitação da dívida e escritura lavrada. Alguns mutuários chegaram a receber um comunicado para saldar a dívida em 24 horas ou desocupar o imóvel no prazo de 15 dias, mesmo tendo pago a totalidade da dívida.

A situação no condomínio está bastante tensa, pois grande parte dos moradores está na mesma situação. "A cooperativa através de cartas que sequer têm assinatura do responsável pela emissão, ameaça distribuir ações de reintegração de posse de imóveis que já estão plenamente quitados, colocando ao relento várias famílias que, com muito esforço, pagaram caro pelo sonho de ter a casa própria", afirma Dr. Valter Mendes Júnior, advogado (OAB 158619) da CL-Consultoria.

O advogado complementa, dizendo que os cooperados receberam seus imóveis com atraso e estão passando por uma situação irregular e vexatória e ainda conta que os problemas da Bancoop não param por aí. Há inúmeras ações distribuídas contra a Bancoop por mutuários de outros empreendimentos que, assim como os moradores do Residencial Vila Formosa, enfrentam problemas que vão de conseguir a escritura do imóvel após a quitação ao atraso na obra e entrega das chaves sem o habite-se.

Os adquirentes do Residencial Vila Formosa distribuíram duas ações perante a justiça pública, uma tendo seus trâmites perante a 40ª. vara cível e outra perante a 41ª. vara cível do Foro Central da Capital SP e aguardam o deferimento de tutela para coibir os atos ilegais praticados pela Bancoop.

O Ministério Público do Estado de São Paulo está recebendo cópias dos processos para poder contribuir com as investigações.

Crédito da notícia: Samba Comunicação