SP: promotor fala na Assembléia sobre caso Bancoop 11 06 2008
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SP: promotor fala na Assembléia sobre caso Bancoop 11 06 2008
SP: promotor fala na Assembléia sobre caso Bancoop
11 de junho de 2008 • 00h49 • atualizado às 00h51
O promotor de Justiça Ricardo Blat, do Ministério Público (MP) de São Paulo, voltou a afirmar ontem em audiência na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) que considera a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) uma "organização criminosa" que visa a obter dinheiro e poder às custas de famílias de mutuários. Ele falou à Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Casa. Mutuários com faixas e cartazes lotaram o auditório Franco Montoro da Alesp.
A Bancoop está sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo por apropriação indébita, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As supostas fraudes chegariam a R$ 100 milhões, e teriam servido para alimentar campanhas político-partidárias. O caso envolve a aquisição de imóveis irregulares por cerca de três mil mutuários. Dos 53 empreendimentos previstos pela cooperativa, 18 foram finalizados; 16 encontram-se inacabados e 13 sequer foram iniciados. As unidades não existem perante o registro imobiliário. Além disso, está sendo cobrado dos mutuários um rateio que, em alguns casos, chega a 100% do valor contratado.
Para discutir o caso, por iniciativa do líder do PSDB na Assembléia, deputado Samuel Moreira, a comissão convidou o presidente da Bancoop, João Vaccari Neto; o advogado das Associações dos Mutuários da Bancoop, Valter Picazio Munior e o promotor de Justiça, José Carlos Blat. Vaccari Neto não compareceu e justificou sua ausência ao presidente da comissão, deputado Alex Manente (PPS), mas se dispôs a comparecer à Assembléia para prestar esclarecimentos sobre a questão no dia 23 de junho.
Fundada em 1996 pelo atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, a cooperativa facilitaria o acesso, inicialmente apenas à categoria dos bancários, a imóveis a preço de custo, por meio de autofinanciamento. Sem receberem as chaves das unidades adquiridas, os cooperados reclamam do pagamento já efetuado e denunciam serem vítimas de pressão para quitarem suas dívidas, sob pena de perderem seus empregos com o nome sujo na praça.
Em 2004, a cooperativa, já com graves problemas financeiros, lançou o Fundo de Direitos Creditórios (FIDC), em que os participantes recebiam como garantia as dívidas dos mutuários mais juros de 12,5% ao ano. Com isso, a Bancoop arrecadou R$ 43 milhões, que sumiram das contas bancárias.
Depoentes ouvidos relataram casos de superfaturamento de notas direcionadas à conta corrente de Hélio Malheiros, irmão de um ex-dirigente da Bancoop, Luís Eduardo Malheiro, morto em um acidente de carro, e destinadas a campanhas político-partidárias. Segundo o promotor, o Ministério Público obteve a planilha de uma prestadora de serviços com anotações: "doações ao PT".
Em entrevista, Hélio afirmou na semana passada que recursos teriam sido desviados da Bancoop para financiar a campanha de Lula à Presidência da República e ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), em 2002.
Berzoini
Em nota divulgada à imprensa em março, Berzoini afirma que nunca houve qualquer relacionamento financeiro do PT com a Bancoop. Ele admitiu que é fundador da Bancoop, mas afirma que se desligou da direção da cooperativa em dezembro de 2002, "com o único objetivo de atingir politicamente o Partido dos Trabalhadores".
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2941405-EI7896,00-SP+promotor+fala+na+Assembleia+sobre+caso+Bancoop.html
11 de junho de 2008 • 00h49 • atualizado às 00h51
O promotor de Justiça Ricardo Blat, do Ministério Público (MP) de São Paulo, voltou a afirmar ontem em audiência na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) que considera a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) uma "organização criminosa" que visa a obter dinheiro e poder às custas de famílias de mutuários. Ele falou à Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Casa. Mutuários com faixas e cartazes lotaram o auditório Franco Montoro da Alesp.
A Bancoop está sendo investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo por apropriação indébita, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As supostas fraudes chegariam a R$ 100 milhões, e teriam servido para alimentar campanhas político-partidárias. O caso envolve a aquisição de imóveis irregulares por cerca de três mil mutuários. Dos 53 empreendimentos previstos pela cooperativa, 18 foram finalizados; 16 encontram-se inacabados e 13 sequer foram iniciados. As unidades não existem perante o registro imobiliário. Além disso, está sendo cobrado dos mutuários um rateio que, em alguns casos, chega a 100% do valor contratado.
Para discutir o caso, por iniciativa do líder do PSDB na Assembléia, deputado Samuel Moreira, a comissão convidou o presidente da Bancoop, João Vaccari Neto; o advogado das Associações dos Mutuários da Bancoop, Valter Picazio Munior e o promotor de Justiça, José Carlos Blat. Vaccari Neto não compareceu e justificou sua ausência ao presidente da comissão, deputado Alex Manente (PPS), mas se dispôs a comparecer à Assembléia para prestar esclarecimentos sobre a questão no dia 23 de junho.
Fundada em 1996 pelo atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, a cooperativa facilitaria o acesso, inicialmente apenas à categoria dos bancários, a imóveis a preço de custo, por meio de autofinanciamento. Sem receberem as chaves das unidades adquiridas, os cooperados reclamam do pagamento já efetuado e denunciam serem vítimas de pressão para quitarem suas dívidas, sob pena de perderem seus empregos com o nome sujo na praça.
Em 2004, a cooperativa, já com graves problemas financeiros, lançou o Fundo de Direitos Creditórios (FIDC), em que os participantes recebiam como garantia as dívidas dos mutuários mais juros de 12,5% ao ano. Com isso, a Bancoop arrecadou R$ 43 milhões, que sumiram das contas bancárias.
Depoentes ouvidos relataram casos de superfaturamento de notas direcionadas à conta corrente de Hélio Malheiros, irmão de um ex-dirigente da Bancoop, Luís Eduardo Malheiro, morto em um acidente de carro, e destinadas a campanhas político-partidárias. Segundo o promotor, o Ministério Público obteve a planilha de uma prestadora de serviços com anotações: "doações ao PT".
Em entrevista, Hélio afirmou na semana passada que recursos teriam sido desviados da Bancoop para financiar a campanha de Lula à Presidência da República e ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), em 2002.
Berzoini
Em nota divulgada à imprensa em março, Berzoini afirma que nunca houve qualquer relacionamento financeiro do PT com a Bancoop. Ele admitiu que é fundador da Bancoop, mas afirma que se desligou da direção da cooperativa em dezembro de 2002, "com o único objetivo de atingir politicamente o Partido dos Trabalhadores".
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