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As 149 páginas que o Brasil não leu -

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Qui Set 29 2016, 13:19


[size=50]As 149 páginas que o Brasil não leu[/size]



LULA ERA OU NÃO O COMANDANTE DA LAVA JATO? 


PERDOE O SPOILER: AO LER A DENÚNCIA, 

VOCÊ VAI CONCLUIR QUE ERA



29/09/2016 - 08h00 - Atualizado 29/09/2016 09h39 - http://linkis.com/epoca.globo.com/colu/gVcqB



Este Brasil lindo e trigueiro, malandro e brejeiro, se fixou no PowerPoint. 
Tudo bem. A Olimpíada acabou, o pessoal precisa se divertir com alguma coisa. 
Mas, sem querer ofender ninguém, fica a sugestão: Brasil, leia a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula

Não, não estamos falando de reportagem, nem de comentário, nem de flash na TV, no rádio
 ou na internet. Leia a denúncia assinada por 13 procuradores da República. São 149 páginas.
 Não dói tanto assim. Até diverte.

Ao final, você poderá tirar sua própria conclusão sobre a polêmica do momento: Lula era ou
 não era o comandante máximo do esquema da Lava-Jato? Perdoe o spoiler: você vai concluir que era.
 E que PowerPoint não é nada.

De saída, uma ressalva: a referida denúncia, apesar de sua extensão que dá uma preguiça danada neste Brasil brasileiro, 
é só o começo. As obras completas do filho do Brasil demandarão muito mais páginas – se é que um dia chegarão 
a ser publicadas na íntegra. De qualquer forma, ao final dessas primeiras 149, você não terá mais dúvidas sobre quem 
é Luiz Inácio da Silva e sobre quem é o Brasil delinquente que o impeachment barrou.

Os procuradores seguiram um caminho simples: o do dinheiro. A literatura da Lava Jato é tão 
vasta que a plateia se perde no emaranhado de delações, na aritmética dos laranjas e na geometria 
das trampolinagens. Aqui, a festa na floresta está organizada basicamente em três eixos: a ligação
 direta e comprovada de Lula com os diretores corruptos da Petrobras, incluindo a nomeação
 deles e sua manutenção no cargo para continuarem roubando; a ligação pessoal e comprovada 
de Lula com expoentes do clube das empreiteiras, organizado para assaltar a Petrobras;
 e a ligação orgânica e comprovada de Lula com os prepostos petistas e seus esquemas 
DE prospecção de propinas.

José Dirceu, João Vaccari Neto e Silvinho Pereira são algumas dessas estrelas escaladas pelo
 ex-presidente para montar o duto nacionalista que depenou a Petrobras. Interessante notar
 que, quando Dirceu cai em desgraça por causa do mensalão, o esquema do petrolão continua
 a todo vapor – e o próprio Dirceu, mesmo proscrito, continua recebendo o produto do roubo.

 Claro que um ex-ministro sem cargo, investigado e, posteriormente, preso, só poderia
 atravessar todo esse calvário recebendo propina se continuasse tendo poder no esquema –
 e só uma pessoa poderia conferir tanto poder a um político defenestrado: o astro-rei do PowerPoint.
A novela da luta cívica de Lula em defesa de “Paulinho” (Paulo Roberto Costa, ex-diretor de
 Abastecimento da Petrobras e um dos mais famosos ladrões do esquema) é comovente. 

O então presidente da República não mede sacrifícios e atropelos para nomear e manter 
o gatuno no cargo. Os procuradores não foram genéricos em sua denúncia. Ao contrário, 
optaram por aproximar o foco de algumas triangulações tão específicas quanto eloquentes.

 Uma delas, envolvendo também Renato Duque – colocado pela turma de Lula na Diretoria
 de Serviços da Petrobras para roubar junto com o Paulinho –, ilumina outro protagonista 
da trama: Léo Pinheiro, executivo da OAS. Montado o elenco, os procuradores apresentam 
o eletrizante enredo do caso Conpar.

“A expansão de novos e grandiosos projetos de infraestrutura, incluindo a reforma e 
a construção de refinarias, criou um cenário propício para o desenvolvimento de práticas
 corruptas”, aponta a denúncia. Ou seja: o governo Lula criou um PAC da corrupção. 

O ladrão fez a ocasião. E entre as ocasiões mais apetitosas estava uma obra de 
R$ 1,3 bilhão na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), que acabou custando R$ 2,3 bilhões. 

A OAS integrava o consórcio Conpar, que graças ao prestígio de Léo Pinheiro, amigo do rei,
 arrematou o contrato em flagrante “desatendimento da recomendação do departamento
 jurídico da Petrobras sobre a necessidade de avaliação da área financeira para a contratação 
do consórcio Conpar, em junho de 2007”.

Como 149 páginas não cabem em uma, fica só o aperitivo para este Brasil brejeiro largar 
o PowerPoint e conhecer, com seus próprios olhos, a denúncia que Sergio Moro acatou. 
O caso Conpar, como você já imaginou, termina em Guarujá. No mínimo, você aprenderá 
como ocultar (mal) um tríplex à beira-mar.

forum vitimas Bancoop
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