LUA de mel de DIRCEU PT revelada!
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LUA de mel de DIRCEU PT revelada!
Operação Lava Jato
[size=42]Empresário ligado a Dirceu diz que[/size]
[size=42] saques de altos valores pagaram[/size]
[size=42]‘casamento, lua de mel’[/size]
POR JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT E FAUSTO MACEDO
22/06/2016, 05h00
Flávio Henrique Macedo, preso na 30.ª fase da Lava Jato, é um dos sócios
da Credencial Construtora que teria repassado propinas a ex-ministro
da Casa Civil
Os empresários Eduardo Aparecido de Meira (no centro, à frente) e Flávio Henrique Macedo
(no centro, atrás), sócios da Credencial Construtora. Foto: GiulianoGomes/Estadão Conteúdo
O empresário Flávio Henrique de Oliveira Macedo, um dos donos da Credencial
Construtora Empreendimentos e Representações – principal foco da Operação
Vício, 30ª fase da Lava Jato – declarou à Polícia Federal que realizou saques
de altos valores, entre R$ 50 mil a R$ 90 mil, para cobrir despesas ‘com
casamento, lua de mel’.
Flávio Macedo, preso preventivamente no dia 24 de maio, depôs na segunda-feira,
21, na Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. Ele foi questionado pelos
investigadores sobre os saques em espécie que fazia com o sócio Eduardo Meira.
Segundo a PF e a Procuradoria da República, a Credencial foi utilizada para viabilizar
o pagamento de propina ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula)
e seu irmão, o advogado Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.
De acordo com as investigações, a Credencial recebeu mais de R$ 30 milhões,
não declarou nenhum empregado, e os sócios sacaram na boca do caixa
a maior parte dos recursos.
Em seu depoimento, Macedo disse, segundo registrou a PF. “Informou que
realizou saques de altos valores, cerca de R$ 50 mil a R$ 90 mil, para arcar
com despesas de construção de sua residência, que foi iniciada em 2007
e concluída em 2013, além de despesas com casamento, lua mel, etc.”
Para a força-tarefa da Lava Jato, há indicativos de que a Credencial é uma
empresa de fachada. A sede declarada da empresa, no bairro do Sumaré,
em São Paulo, é o endereço residencial de Eduardo Meira.
Os donos da Credencial foram os únicos presos da Operação Vício.
Eduardo Aparecido de Meira e Flavio Henrique de Oliveira Macedo
estão presos em Curitiba.
Segundo a PF, a companhia transferiu valores para o grupo político do
PT que mantinha Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobrás.
A Procuradoria sustenta que o irmão de Dirceu, advogado Luís Eduardo
Oliveira e Silva, indicou ao lobista Julio Camargo a Credencial para fazer
o repasse de propinas.
Segundo Julio Camargo, a propina de 25% para Dirceu saiu de um total
de R$ 6,679 milhões, valor repassado “sem causa” para a Credencial.
A PF aponta ‘fortes indicativos’ da participação do ex-ministro da Casa
Civil e de Renato Duque nos ilícitos. Ambos foram recentemente condenados
pelo juiz federal Sérgio Moro a penas de 23 anos e 10 anos de prisão,
respectivamente. A pena de Dirceu foi reduzida para 20 anos de prisão
porque ele tem 70 anos de idade.
Renato Duque também já foi condenado em outras duas ações penais.
A soma das sanções a ele aplicadas chega a 50 anos, 11 meses
e 10 dias de prisão.
O criminalista Roberto Podval afirma que o ex-ministro Dirceu nunca
recebeu propinas.
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