Forum Clientes Bancoop nao era Cooperativa
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato

Ir para baixo

Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato Empty Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato

Mensagem  forum vitimas Bancoop Ter Abr 19 2016, 18:55

EMPO


[size=50]Delator revela plano do governo [/size]
[size=50]para ministro do STJ sabotar Lava Jato[/size]



[size=33]Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete do senador[/size]

[size=33] Delcídio do Amaral, afirmou aos procuradores [/size]

[size=33]que Marcelo Navarro tinha tratamento "diferenciado"[/size]

[size=33] em relação aos outros candidatos à vaga de ministro[/size]





ANA CLARA COSTA E FILIPE COUTINHO
19/04/2016 - 12h58 - Atualizado 19/04/2016 14h45





Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato Dilma-rousseff-encontro-planalto


A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dia 1º de abril. 
Delator revela mais detalhes sobre operação para abafar Lava Jato (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)




Em delação premiada, Diogo Ferreira, braço direito do senadorDelcídio do Amaral, detalhou 
a proximidade do ex-petista com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo 
Navarro, antes de sua nomeação ao cargo. Conforme antecipou ÉPOCA, o documento foi
 homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki na última 
quinta-feira, 14. Ferreira disse aos procuradores que agendou encontros entre Navarro e
 o senador, e que ouviu em diversas ocasiões que a estratégia era nomeá-lo para o STJ com
 o objetivo de barrar a Lava Jato. Ferreira disse que Delcídio citava nominalmente Marcelo
Odebrecht como maior beneficiário da estratégia. O ex-chefe de gabinete apresentou ainda 
mensagens de WhatsApp trocadas com Navarro para marcar encontros com Delcídio.

Segundo ele, atenção semelhante não era dispensada a nenhum outro candidato da lista
 tríplice de indicados ao STJ. Da lista, Navarro foi o único a ir ao gabinete de Delcídio. 

Foram três visitas.



Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato 78c2d98e-d66e-4582-a039-55c333c0037d


ENCONTROS Imagem de troca de mensagens entre Marcelo Navarro e Diogo Ferreira




Ferreira contou aos procuradores que Delcídio revelou o teor da conversa mantida com
 a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, em que a petista pediu para 
que Delcídio obtivesse de Navarro um "compromisso de alinhamento com o governo para
 libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato". Ainda segundo o delator, 
o mesmo compromisso já havia sido obtido do ministro Joaquim Falcão, que era alinhado
 com Navarro.

Diz o trecho da delação: “que o Senador contou ao depoente, depois dessa reunião, que ele 
e o então Ministro da Justiça precisavam atentar para a importância dessa nomeação, 
porque ela envolvia a substituição do Ministro convocado Trisotto e a relatoria da Operação
 Lava Jato; que a partir dai o Senador Delcídio do Amaral e o Ministro Jose Eduardo Cardozo 
passaram ater contato muito mais frequente; que, em determinado fim de semana, não 
distante no tempo da reunião que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com
 o Senador Delcídio do Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao 
depoente haver tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a Presidente
 Dilma Rousseff, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o 
compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes
 da Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcídio do Amaral, a Presidente
 Dilma Rousseff falou expressamente em Marcelo Odebrecht”.

Ferreira disse que não participava das reuniões dentro do gabinete de Delcídio, mas que,
 em uma ocasião, durante um encontro de Delcídio com o então ministro da Justiça 
José Eduardo Cardozo, Ferreira foi chamado à sala para informar os números dos habeas
 corpus dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. Terminada a
 reunião, Delcídio disse a Ferreira que a intenção era obter parecer favorável de Navarro,
 já ministro do STJ, em relação aos habeas corpus. Ferreira revelou ainda que, pouco
tempo depois, quando Navarro foi ao gabinete do senador, ao se despedir, disse a Delcídio:
"Não se preocupe, está tudo entendido". 

PAGAMENTOS À FAMÍLIA CERVERÓ

Na delação, Ferreira também complicou ainda mais a situação do ex-presidente Lula e do filho
 do pecuarista José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, trazendo ambos para o centro das tentativas
 de impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele relata ter participado 
de encontros com Maurício, de quem recebeu dinheiro para ser entregue à família de Cerveró. 

Foram três entregas de R$ 50 mil feitas por meio do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro --
 todas em São Paulo. Segundo a delação de Delcídio, homologada em março, Lula seria principal
 articulador da estratégia de "comprar o silêncio" de Cerveró.

Ainda de acordo com Ferreira, Delcídio havia citado como plano B para os pagamentos aos
 honorários de Ribeiro, o banqueiro André Esteves, que havia se prontificado a ajudar.
 No documento, o delator diz que Esteves estava especialmente preocupado com a delação
 de Cerveró devido a negócios com bandeiras de postos de combustíveis e operações na 
África. O BTG adquiriu, em 2013, metade da operação de exploração da Petrobras na África,
 criando a chamada PetroÁfrica. O negócio foi fechado por US$ 1,5 bilhão, enquanto o 
mercado precificava a mesma fatia acionária por US$ 4 bilhões. Conforme ÉPOCA revelou, 
a delação do lobista Hamylton Padilha, que participou das negociações, deverá esclarecer
 a diferença de valores.



Delator revela plano do governo para ministro do STJ sabotar Lava Jato Dolacao-diogo


recho da delação de Diogo Ferreira, homologada pelo STF (Foto: Reprodução)




Nas mensagens trocadas entre Diogo e Edson Ribeiro, o advogado de Cerveró cobra
 uma conversa com André Esteves dizendo que está sendo pressionado pela família 
do ex-diretor da Petrobras. Segundo o delator, os pagamentos feitos por Bumlai haviam 
cessado a pedido do próprio Bernardo Cerveró, que avisara não precisar mais do 
auxílio porque o pai faria delação. Contudo, meses depois, o advogado da família 
pediu para que os auxílios fossem retomados, desta vez, por Esteves.















http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/04/delator-revela-plano-do-governo-para-ministro-do-stj-sabotar-lava-jato.html

forum vitimas Bancoop
Admin

Mensagens : 7072
Data de inscrição : 25/08/2008

https://bancoop.forumotion.com

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos