Lava Jato: Delação de Marcelo Odebrecht avança . fonte: Estadão
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Lava Jato: Delação de Marcelo Odebrecht avança . fonte: Estadão
[size=50]Delação de Marcelo Odebrecht avança[/size]
ALEXANDRE HISAYASU, ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA - O ESTADO DE S. PAULO
15 Abril 2016 | 10h 32 - Atualizado: 15 Abril 2016 | 10h 34
O empreiteiro Marcelo Odebrecht começou a prestar depoimentos há cerca de duas semanas aos procuradores e delegados da
Polícia Federal da Operação Lava Jato, em Curitiba, como parte do acordo de colaboração premiada que pretende firmar com a Justiça.
Os depoimentos são dados na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele está preso na carceragem do prédio. Para que o acordo
seja homologado pela Justiça, Marcelo Odebrecht precisa confessar todos os crimes que tenha praticado e revelar fatos relevantes
ainda desconhecidos pela Lava Jato, cuja força-tarefa investiga há dois anos o esquema de corrupção e formação de cartel na Petrobrás.
Marcelo Odebrecht está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba
Os procuradores esperam também detalhes sobre a corrupção em outras áreas do governo, além da estatal petrolífera.
Outro ponto essencial para uma eventual homologação do acordo é que o empresário revele informações sobre pagamentos
de palestras, doações e reformas feitas em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O escritório do criminalista José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, está à frente das negociações do acordo de colaboração
de Marcelo Odebrecht com a Justiça. Ele informou que não comenta o assunto. O advogado Theo Dias acompanha
o caso pessoalmente.
O advogado Nabor Bulhões defende Marcelo e o Grupo Odebrecht nas ações judiciais que respondem na Justiça.
Ele informou que não está participando das negociações da delação premiada e que vai continuar trabalhando nos processos
do seu cliente. Segundo Bulhões, não há incompatibilidade de interesses pelo fato de o empresário estar tentando colaborar
com a Justiça. “Posteriormente, é preciso analisar as consequências de uma eventual homologação. Enquanto tiver ação
judicial, eu serei o advogado do Marcelo e do Grupo Odebrecht” afirmou Nabor Bulhões.
Dossiê. O Estado apurou que a força-tarefa questionou o empreiteiro sobre detalhes de um dossiê que, segundo a Polícia Federal,
teria sido comprado pela defesa da Odebrecht, em outubro de 2014. O documento tinha informações que visavam tirar a credibilidade
dos policiais que participam das investigações da Lava Jato. Na ocasião, a defesa da empreiteira negou envolvimento na compra do dossiê.
A ação, segundo a Polícia Federal, também teve a participação de um dos advogados da doleira Nelma Kodama.
A força-tarefa quer que Marcelo Odebrecht fale sobre como o dossiê foi comprado, quem participou das negociações e quem
são os policiais federais que venderam essas informações. Os procuradores querem também que o empreiteiro revele quem
seriam as pessoas que passaram informações privilegiadas sobre a Lava Jato para ele.
Em 23 de março, o Grupo Odebrecht, em comunicado à imprensa, afirmou que havia intenção dos executivos presos
a empresa de fechar “uma colaboração efetiva” com a Lava Jato para buscar uma redução de pena. A nota dizia que,
“apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na
Lava Jato - que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral
do País - seguimos acreditando no Brasil”.
Na quinta-feira, a assessoria da empreiteira informou que não iria fazer comentários sobre o teor dos novos depoimentos
de Marcelo Odebrecht à força-tarefa. O empreiteiro está preso preventivamente desde junho de 2015 e foi condenado a 19
anos prisão pelo juiz Sérgio Moro. Ele também já é réu em outra ação penal da Lava Jato.
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,delacao-de-marcelo-odebrecht-avanca,10000026140
ALEXANDRE HISAYASU, ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA - O ESTADO DE S. PAULO
15 Abril 2016 | 10h 32 - Atualizado: 15 Abril 2016 | 10h 34
O empreiteiro Marcelo Odebrecht começou a prestar depoimentos há cerca de duas semanas aos procuradores e delegados da
Polícia Federal da Operação Lava Jato, em Curitiba, como parte do acordo de colaboração premiada que pretende firmar com a Justiça.
Os depoimentos são dados na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele está preso na carceragem do prédio. Para que o acordo
seja homologado pela Justiça, Marcelo Odebrecht precisa confessar todos os crimes que tenha praticado e revelar fatos relevantes
ainda desconhecidos pela Lava Jato, cuja força-tarefa investiga há dois anos o esquema de corrupção e formação de cartel na Petrobrás.
Marcelo Odebrecht está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba
Os procuradores esperam também detalhes sobre a corrupção em outras áreas do governo, além da estatal petrolífera.
Outro ponto essencial para uma eventual homologação do acordo é que o empresário revele informações sobre pagamentos
de palestras, doações e reformas feitas em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O escritório do criminalista José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça, está à frente das negociações do acordo de colaboração
de Marcelo Odebrecht com a Justiça. Ele informou que não comenta o assunto. O advogado Theo Dias acompanha
o caso pessoalmente.
O advogado Nabor Bulhões defende Marcelo e o Grupo Odebrecht nas ações judiciais que respondem na Justiça.
Ele informou que não está participando das negociações da delação premiada e que vai continuar trabalhando nos processos
do seu cliente. Segundo Bulhões, não há incompatibilidade de interesses pelo fato de o empresário estar tentando colaborar
com a Justiça. “Posteriormente, é preciso analisar as consequências de uma eventual homologação. Enquanto tiver ação
judicial, eu serei o advogado do Marcelo e do Grupo Odebrecht” afirmou Nabor Bulhões.
Dossiê. O Estado apurou que a força-tarefa questionou o empreiteiro sobre detalhes de um dossiê que, segundo a Polícia Federal,
teria sido comprado pela defesa da Odebrecht, em outubro de 2014. O documento tinha informações que visavam tirar a credibilidade
dos policiais que participam das investigações da Lava Jato. Na ocasião, a defesa da empreiteira negou envolvimento na compra do dossiê.
A ação, segundo a Polícia Federal, também teve a participação de um dos advogados da doleira Nelma Kodama.
A força-tarefa quer que Marcelo Odebrecht fale sobre como o dossiê foi comprado, quem participou das negociações e quem
são os policiais federais que venderam essas informações. Os procuradores querem também que o empreiteiro revele quem
seriam as pessoas que passaram informações privilegiadas sobre a Lava Jato para ele.
Em 23 de março, o Grupo Odebrecht, em comunicado à imprensa, afirmou que havia intenção dos executivos presos
a empresa de fechar “uma colaboração efetiva” com a Lava Jato para buscar uma redução de pena. A nota dizia que,
“apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na
Lava Jato - que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral
do País - seguimos acreditando no Brasil”.
Na quinta-feira, a assessoria da empreiteira informou que não iria fazer comentários sobre o teor dos novos depoimentos
de Marcelo Odebrecht à força-tarefa. O empreiteiro está preso preventivamente desde junho de 2015 e foi condenado a 19
anos prisão pelo juiz Sérgio Moro. Ele também já é réu em outra ação penal da Lava Jato.
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,delacao-de-marcelo-odebrecht-avanca,10000026140
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