Gilmar Mendes suspende posse de Lula e mantém processo com Moro
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Gilmar Mendes suspende posse de Lula e mantém processo com Moro
Gilmar Mendes suspende posse de Lula e mantém processo com Moro
ISADORA PERON - O ESTADO DE S.PAULO
18 Março 2016 | 21h 26 - Atualizado: 18 Março 2016 | 21h 46
Ministro do STF se manifestou a favor de mandado de segurança de PSDB e PPS, que alegavam que Lula havia sido
empossado ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo
BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta sexta-feira,18, a nomeação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil e decidiu que o processo do petista deve ficar com
o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.
O ministro do STF se manifestou a favor dos pedidos de mandados de segurança de dois partidos da oposição, PSDB e PPS,
que alegavam que Lula havia tomado posse para ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo.
Para o ministro, está claro que a mudança de foro “é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais” e que
o telefonema gravado entre Lula e a presidente Dilma Rousseff mostrava que os dois tinham medo que o ex-presidente
fosse preso – por isso Dilma enviou um termo de posse ao padrinho político antes mesmo da realização da cerimônia oficial.
“O objetivo da falsidade é claro: impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de primeira instância.
Uma espécie de salvo conduto emitida pela Presidente da República”, registra.
Antes de proferir a decisão, Gilmar Mendes já havia declarado que não havia dúvidas de que a nomeação do ex-presidente
para um cargo no Executivo tinha esse objetivo. Na decisão, ele afirma que apesar de o Supremo ter competência para
investigar Lula, isso iria causar “atraso e desassossego”.
Não se nega que as investigações e as medidas judiciais poderiam ser retomadas perante o STF. Mas a retomada, no
entanto, não seria sem atraso e desassossego. O tempo de trâmite para o STF, análise pela PGR, seguida da análise
pelo relator e, eventualmente, pela respectiva Turma, poderia ser fatal para a colheita de provas, além de adiar medidas
cautelares”, registra.
O governo ainda pode recorrer da decisão e levar o caso para a análise do plenário da Corte. Outras duas ações que pediam
a anulação da posse de Lula estão nas mãos do ministro Teori Zavascki, que até o momento não se manifestou sobre o caso.
ISADORA PERON - O ESTADO DE S.PAULO
18 Março 2016 | 21h 26 - Atualizado: 18 Março 2016 | 21h 46
Ministro do STF se manifestou a favor de mandado de segurança de PSDB e PPS, que alegavam que Lula havia sido
empossado ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo
BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta sexta-feira,18, a nomeação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil e decidiu que o processo do petista deve ficar com
o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.
O ministro do STF se manifestou a favor dos pedidos de mandados de segurança de dois partidos da oposição, PSDB e PPS,
que alegavam que Lula havia tomado posse para ganhar foro privilegiado e ser julgado pelo Supremo.
Para o ministro, está claro que a mudança de foro “é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais” e que
o telefonema gravado entre Lula e a presidente Dilma Rousseff mostrava que os dois tinham medo que o ex-presidente
fosse preso – por isso Dilma enviou um termo de posse ao padrinho político antes mesmo da realização da cerimônia oficial.
“O objetivo da falsidade é claro: impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de primeira instância.
Uma espécie de salvo conduto emitida pela Presidente da República”, registra.
Antes de proferir a decisão, Gilmar Mendes já havia declarado que não havia dúvidas de que a nomeação do ex-presidente
para um cargo no Executivo tinha esse objetivo. Na decisão, ele afirma que apesar de o Supremo ter competência para
investigar Lula, isso iria causar “atraso e desassossego”.
Não se nega que as investigações e as medidas judiciais poderiam ser retomadas perante o STF. Mas a retomada, no
entanto, não seria sem atraso e desassossego. O tempo de trâmite para o STF, análise pela PGR, seguida da análise
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