TRIPLO X- Operação Lava-Jato investiga triplex que foi do ex-presidente Lula
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TRIPLO X- Operação Lava-Jato investiga triplex que foi do ex-presidente Lula
TRIPLO X- Operação Lava-Jato investiga triplex que foi do ex-presidente Lula
27/01/2016 10:43 / atualizado 27/01/2016 14:27[/size][/size]
Condomínio onde Lula adquiriu cobertura triplex no Guarujá - Marcos Alves / Agência O Globo
CURITIBA e SÃO PAULO — O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que a Lava-Jato está investigando o triplex da construtora OAS que pertenceu ao ex-presidente Lula em prédio no Guarujá, litoral de São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) enumerou 11 apartamentos do edifício Solaris onde as investigações devem ser aprofundadas, entre eles o 164 A, que foi reformado pela OAS sob orientação de dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente. Os investigadores suspeitam que os imóveis do condomínio Solaris foram usados para lavar dinheiro desviado de contratos da Petrobras de pessoas ligadas ao PT, entre elas familiares do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
— Nós investigamos fatos. Se houver um apartamento lá que esteja em seu nome (do ex-presidente Lula) ou que ele tenha negociado, vai ser investigado como todos os outros — afirmou Lima.
O imóvel é alvo de outra investigação no Ministério Público Estadual de São Paulo que apura a legalidade da transferência de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) à OAS. A Lava-Jato suspeita que a construtora usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias para lavar dinheiro. A força tarefa fez buscas e apreensões na sede da OAS e da Bancoop atrás de documentos relativos ao prédio.
Pelo menos oito unidades das onze apontadas nas investigações, continuam em nome da OAS, entre eles o apartamento do ex-presidente Lula. Outros dois apartamentos estão em nome de Freud Godoy (133-A), ex-assessor especial da Presidência da República no governo do PT, e de Sueli Falsoni Cavalcante (43-A), funcionaria da construtora. O terceiro é apartamento em nome da offshore Murray, alvo principal das investigações desta quarta-feira, é o 163-B.
— Todos os apartamentos e todas as pessoas que tiveram ligação com este empreendimento são investigadas. Nenhuma pessoa em especial. Temos notícia que a família (de Lula) estaria desistindo de comprar o imóvel — explica Lima.
— Há indicativos que um triplex pertence a ele (Lula), mas temos de avançar na investigação — disse o delegado Igor de Paula, coordenador da investigação da Lava-Jato na Polícia Federal.
O MPF lembrou que o doleiro Alberto Youssef, que fez caixa dois para a empreiteira e comandou o repasse de propinas para políticos, afirmou ter entregue dinheiro destinado ao ex-tesoureiro do PT para Marice Correa Lima, que é cunhada de Vaccari. Marice comprou apartamento da OAS e revendeu mais caro para a própria construtora, numa transação colocada sob suspeita nas investigações. Em seguida, a OAS vendeu por menos do que teria pago à Marice. A mulher de Vaccari, Giselda, também declarou ser proprietária de imóvel no Solaris.
— Houve interesse especial para concluir estes apartamentos — afirmou Lima.
PRÉDIO EM ÁREA NOBRE DO LITORAL PAULISTA
O GLOBO mostrou que o ex-presidente Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop. O Solaris é um conjunto de 122 apartamentos, os menores com 82,5 metros quadrados e os maiores são as coberturas triplex com 216 metros quadrados.
Todos foram comercializados entre 2006 e 2010 e a média de preço das unidades era de R$750 mil, mas as coberturas valem pelo menos o dobro disso. O prédio de acabamento simples, com fachada em azulejos quadrados em branco e marrom fica na rua à beira mar da praia de Astúrias, no Guarujá
A OAS foi contratada em 2010 para terminar as obras do prédio iniciadas anos antes pela Bancoop, que a aquela altura já havia deixado de entregar cerca de 3100 apartamentos.
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a 22ª etapa da Operação Lava-Jato, chamada de Triplo X. Estão sendo cumpridos 23 mandados judiciais: seis de prisão temporária (com cinco dias de validade), 15 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva. Até o momento, três pessoas foram presas e duas prestam depoimento na PF de Sâo Paul. Os mandados aconteceram na manhã desta quarta-feira nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e em Joaçaba (Santa Catarina).
[size=50]Operação Lava-Jato investiga triplex [/size]
[size=50]que foi do ex-presidente Lula[/size]
[size=14]POR CLEIDE CARVALHO [size=13]/ RENATO ONOFRE / MARIANA SANCHESMPF acredita que apartamentos da OAS no Guarujá podem ter sido usados
para lavar dinheiro desviado da Petrobras
27/01/2016 10:43 / atualizado 27/01/2016 14:27[/size][/size]
Condomínio onde Lula adquiriu cobertura triplex no Guarujá - Marcos Alves / Agência O Globo
CURITIBA e SÃO PAULO — O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que a Lava-Jato está investigando o triplex da construtora OAS que pertenceu ao ex-presidente Lula em prédio no Guarujá, litoral de São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) enumerou 11 apartamentos do edifício Solaris onde as investigações devem ser aprofundadas, entre eles o 164 A, que foi reformado pela OAS sob orientação de dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente. Os investigadores suspeitam que os imóveis do condomínio Solaris foram usados para lavar dinheiro desviado de contratos da Petrobras de pessoas ligadas ao PT, entre elas familiares do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
— Nós investigamos fatos. Se houver um apartamento lá que esteja em seu nome (do ex-presidente Lula) ou que ele tenha negociado, vai ser investigado como todos os outros — afirmou Lima.
O imóvel é alvo de outra investigação no Ministério Público Estadual de São Paulo que apura a legalidade da transferência de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) à OAS. A Lava-Jato suspeita que a construtora usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias para lavar dinheiro. A força tarefa fez buscas e apreensões na sede da OAS e da Bancoop atrás de documentos relativos ao prédio.
Pelo menos oito unidades das onze apontadas nas investigações, continuam em nome da OAS, entre eles o apartamento do ex-presidente Lula. Outros dois apartamentos estão em nome de Freud Godoy (133-A), ex-assessor especial da Presidência da República no governo do PT, e de Sueli Falsoni Cavalcante (43-A), funcionaria da construtora. O terceiro é apartamento em nome da offshore Murray, alvo principal das investigações desta quarta-feira, é o 163-B.
— Todos os apartamentos e todas as pessoas que tiveram ligação com este empreendimento são investigadas. Nenhuma pessoa em especial. Temos notícia que a família (de Lula) estaria desistindo de comprar o imóvel — explica Lima.
— Há indicativos que um triplex pertence a ele (Lula), mas temos de avançar na investigação — disse o delegado Igor de Paula, coordenador da investigação da Lava-Jato na Polícia Federal.
O MPF lembrou que o doleiro Alberto Youssef, que fez caixa dois para a empreiteira e comandou o repasse de propinas para políticos, afirmou ter entregue dinheiro destinado ao ex-tesoureiro do PT para Marice Correa Lima, que é cunhada de Vaccari. Marice comprou apartamento da OAS e revendeu mais caro para a própria construtora, numa transação colocada sob suspeita nas investigações. Em seguida, a OAS vendeu por menos do que teria pago à Marice. A mulher de Vaccari, Giselda, também declarou ser proprietária de imóvel no Solaris.
— Houve interesse especial para concluir estes apartamentos — afirmou Lima.
PRÉDIO EM ÁREA NOBRE DO LITORAL PAULISTA
O GLOBO mostrou que o ex-presidente Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop. O Solaris é um conjunto de 122 apartamentos, os menores com 82,5 metros quadrados e os maiores são as coberturas triplex com 216 metros quadrados.
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Todos foram comercializados entre 2006 e 2010 e a média de preço das unidades era de R$750 mil, mas as coberturas valem pelo menos o dobro disso. O prédio de acabamento simples, com fachada em azulejos quadrados em branco e marrom fica na rua à beira mar da praia de Astúrias, no Guarujá
A OAS foi contratada em 2010 para terminar as obras do prédio iniciadas anos antes pela Bancoop, que a aquela altura já havia deixado de entregar cerca de 3100 apartamentos.
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a 22ª etapa da Operação Lava-Jato, chamada de Triplo X. Estão sendo cumpridos 23 mandados judiciais: seis de prisão temporária (com cinco dias de validade), 15 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva. Até o momento, três pessoas foram presas e duas prestam depoimento na PF de Sâo Paul. Os mandados aconteceram na manhã desta quarta-feira nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e em Joaçaba (Santa Catarina).
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