Chinaglia agiu para evitar ida de Léo Pinheiro à CPI em 2013 -SITE VEJA
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Chinaglia agiu para evitar ida de Léo Pinheiro à CPI em 2013 -SITE VEJA
- BRASIL
Chinaglia agiu para evitar ida de Léo Pinheiro à CPI em 2013
Operação Lava Jato identificou mensagens trocadas entre
o ex-presidente da OAS e um número atribuído ao deputado
petista, que não é investigado no esquema do petrolão
15/01/2016 às 11:30 - Atualizado em 15/01/2016 às 11:30
Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
Mensagens obtidas pelos investigadores da Operação Lava Jato com a apreensão do celular do
ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, mostram que o deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP) trocou informações com o empreiteiro sobre a possível convocação do
executivo em uma CPI na Câmara. Chinaglia não é investigado na Lava Jato.
Em outubro de 2013, Léo Pinheiro, hoje condenado na Lava Jato, chegou a ser convocado para
depor em uma comissão parlamentar de inquérito na Câmara sobre suposto tráfico humano em
obras da empreiteira OAS no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em 29 de outubro de 2013,
Pinheiro enviou mensagem para um número não identificado atribuído a Chinaglia em que
o petista diz: "Articulei publicamente com os líderes da base o esvaziamento da reunião que
deve acontecer. Se der quórum, não vota hoje ou derrotaremos. Liguei pro Luiz Couto,
do PT, e ele me atendeu. (Cândido) Vaccarezza está firme em campo. Vai dar certo".
Em novembro de 2013, poucos dias antes do requerimento sobre Pinheiro ser retirado de pauta
pelo autor da proposta, Chinaglia enviou uma mensagem a outro número não identificado: "Amanhã
haverá reunião e votação de requerimentos que estamos acompanhando. O que convoca/convida
o presidente da emp não esta pautado. Estaremos marcando. Abs.".
Chinaglia confirmou que conheceu Pinheiro em um evento na Bahia. Ele afirmou que, em uma das conversas, surgiu
a preocupação de o então presidente da OAS ser chamado à CPI e disse que, na condição de líder do governo,
pesquisou se havia a convocação.
As conversas se estenderam no ano eleitoral de 2014. "Novas regras de compliance para as empresas públicas.
Acabar com cargos em Comissão.
Prestigiar os Concursados. Planos de Cargos e Salários para o Funcionalismo Público. Critérios objetivos para
promoções. Saúde, Educação e Segurança com adicionais para os que atuam em Áreas de Risco. Acho que por
ai. Abs", teria escrito Pinheiro a Chinaglia em 19 de outubro de 2014.
"Leo para presidente. abs.", respondeu o petista.
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