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Lobista que pagou a filho de Lula avalia delação (ESTADAO)

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sáb Jan 09 2016, 09:11

Lobista que pagou a filho de Lula avalia delação (ESTADAO) 




POR FÁBIO FABRINI, DE BRASÍLIA, DE FAUSTO MACEDO

09/01/2016, 06h00
 
Lobista que pagou a filho de Lula avalia delação (ESTADAO)  Mauromarcondes-415x350
Mauro Marcondes. Foto: Divulgação


Preso desde outubro por integrar suposto esquema de compra de medidas provisórias nos 
governos Lula e Dilma, o lobista Mauro Marcondes Machado avalia fazer acordo de delação
premiada com investigadores da Operação Zelotes. Prestes a completar 80 anos e com 
problemas cardíacos, ele discute a possibilidade com alguns de seus interlocutores como
 forma de deixar a Penitenciária da Papuda, em Brasília, o mais rápido possível e também 
de salvar a mulher, Cristina Mautoni, do regime fechado.


Também detida em outubro, Cristina inicialmente ficaria na cadeia, mas a Justiça aceitou
 converter sua prisão em domiciliar porque ela se recuperava de uma cirurgia. Na última 
quinta-feira, 7, peritos estiveram na casa dela para avaliar se tem condições de voltar
 a uma unidade prisional. A possibilidade de mudança de regime apavora o lobista
e a família, conforme pessoas próximas a ele, ouvidas peloEstado.

 
Mauro Marcondes completará 80 anos em 9 de abril e deve se valer de benefício que 
prevê, nessa idade, o cumprimento de pena em regime aberto. A mulher, contudo, 
tem 53 e não pode contar com essa perspectiva. A prisão de Cristina em regime 
fechado tornaria a situação do casal mais dramática porque os dois têm uma filha de
 14 anos e temem não poder cuidar dela.


Também pesa a favor de uma delação a idade avançada de Mauro Marcondes e seus 
problemas de saúde. “É necessário avaliar, nessa situação, quanto vale um ano de sua 
vida na cadeia”, disse uma pessoa próxima do lobista. Na Papuda, ele divide cela 
com o também lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, preso sob a acusação de
 integrar o mesmo esquema de venda de medidas provisórias.
 O caso foi revelado pelo Estado em outubro.


Não houve, por ora, tratativas sobre os termos de um eventual acordo. Se optar pela
 delação, Mauro Marcondes poderá contar detalhes dos pagamentos de R$ 2,5 milhões
 feitos ao empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula 
da Silva. O lobista e o ex-presidente têm uma ligação que remonta à década de 1980
 quando um era executivo da Volkswagen e o outro sindicalista no ABC. 


Uma pessoa próxima de Mauro Marcondes diz que os repasses seriam uma forma
de o lobista buscar prestígio junto ao ex-presidente. Luís Cláudio alega que os
 valores se referem a serviços de consultoria prestados por sua empresa, a LFT 
Marketing Esportivo, à Marcondes & Mautoni Empreendimentos, que pertence 
ao lobista. A Polícia Federal sustenta, contudo, que os trabalhos foram montados
 com material copiado da internet, especialmente o site Wikipedia.


Num depoimento à Polícia Federal, Mauro Marcondes afirmou ter constatado que 
o preço dos “serviços” de Luís Cláudio era “absurdo”. Mesmo assim, aceitou pagá-los.


Caças. Os investigadores da Zelotes também querem aprofundar a apuração sobre
 como o lobista atuou para viabilizar a compra, pelo governo federal, dos caças
 Grippen, da sueca Saab Aviation. A negociação, de valores bilionários, foi feita 
no governo Lula e fechada na gestão de Dilma Rousseff. Em interrogatório na Papuda, 
a Polícia Federal questionou na quinta-feira a Mauro Marcondes se ele tratou do
 negócio com políticos e agentes públicos, incluindo o ex-presidente Lula. Ele se
 manteve em silêncio no depoimento, mas estaria disposto a contar mais a partir
 de agora.


O lobista e a mulher são suspeitos de contratar uma investigação clandestina para 
espionar o procurador José Alfredo de Paula Silva, que tocava inquérito sobre os 
caças. No caso das medidas provisórias, os dois foram denunciados em novembro
por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa. 


A Justiça Federal em Brasília aceitou a denúncia e marcou para o fim deste mês 
depoimentos dos réus. Eles começaram a apresentar suas defesas recentemente
 e a arrolar testemunhas.


A possibilidade de delação premiada será avaliada por Mauro Marcondes com
 seus advogados. Procurada pelo Estado, a defesa não se pronunciou.

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