Empreiteiro delator da Lava Jato condenado a 8 anos de prisão por corrupção no Caso Sanasa
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Empreiteiro delator da Lava Jato condenado a 8 anos de prisão por corrupção no Caso Sanasa
Camargo Corrêa
[size=42]Empreiteiro delator da Lava Jato condenado a 8 anos de prisão por corrupção no Caso Sanasa[/size]
POR RICARDO BRANDT
02/12/2015, 05h00
Dalton Avancini, ex-executivo da Camargo Corrêa, réu nos escândalos
de propinas e cartel na Petrobrás, é acusado por fraudes em contratos
de saneamento com empresa municipal em Campinas
Dalton Avancini. Foto: Reprodução/Camargo Corrêa/Edson Jr./Governo de SP
O juiz da 3ª Vara Criminal, em Campinas, Nelson Augusto Bernardes,
condenou no processo do Casa Sanasa o ex-presidente da Camargo Corrêa
Dalton Avancini, réu da Operação Lava Jato, em Curitiba, e um dos delatores
do processo de corrupção na Petrobrás. Avancini pegou 8 anos de reclusão
pela Justiça paulista pelo crime de corrupção ativa. Ele poderá
recorrer em liberdade.
Como executivo da empreiteira, Avancini teria participado do esquema
de fraudes em licitação, corrupção e formação de quadrilha supostamente
liderado pela ex-primeira-dama de Campinas Rosely Nassim Santos, que
foi condenada a 20 anos de reclusão.
Nelson Bernardes, juiz do Caso Sanasa, comunicou oficialmente o juiz federal
Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, responsável pelos processos
em primeira estância da Lava Jato. Dalton Avancini, condenado em Campinas,
é delator dos processos sobre propinas na Petrobrás e, nessa condição,
recebeu benefícios.
A Camargo Corrêa, que foi contratada nas obras da ETE Anhumas, teria
pago propina no esquema Sanasa. O juiz Nélson Augusto Bernardes chegou
a decretar a prisão do executivo, em 2011. Avancini foi considerado
foragido, mas acabou conseguindo a suspensão da medida.
São ao todo 21 réus do processo do Caso Sanasa. Apenas quatro foram
absolvidos. Além da mulher do ex-prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos
(PDT), o Dr Hélio, foi condenado o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT)
– 13 anos de reclusão.
O estopim do caso foram os depoimentos de Luiz Augusto Castrillon de
Aquino, que presidiu a Sanasa de janeiro de 2005 a julho de 2008. Sua
condenação a 5 anos e 10 meses de reclusão, foi convertida em prestação
de serviços à comunidade.
Em delação premiada, em dois extensos depoimentos, Aquino revelou um
mensalinho em Campinas, com recebimento de parcelas fixas da propina
por servidores. Ele citou Bumlai. O delator disse ter sido “coordenador
estratégico da campanha de Dr. Hélio em 2004, da qual ‘Bumlai participou
ativamente’”.
“No início do primeiro mandato, o prefeito nomeou a mulher chefe de
gabinete, tendo ela assumido amplos poderes na gestão”, disse Aquino.
“Rosely decidiu montar esquema de arrecadação financeira clandestina
na administração. Ou ingressava no esquema e propiciava a arrecadação
ilícita de fundos ou era tirado do cargo que ocupava.”
Segundo Aquino, a primeira-dama “estabelecia metas anuais” e citou oito
contratos em que os “porcentuais (da propina) variavam de 5% a 7%
sobre o valor da obra.” O esquema teria atuado de 2005 a 2008
e gerado um rombo de R$ 200 milhões.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/delator-da-lava-jato-condenado-a-8-anos-de-prisao-por-corrupcao-no-caso-sanasa/
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