Suíça promete enviar dados de novas contas VALOR pode chegar a 1 BILHÃO
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Suíça promete enviar dados de novas contas VALOR pode chegar a 1 BILHÃO
Suíça promete enviar dados de novas contas VALOR pode chegar a 1 BILHÃO
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE - O ESTADO DE S. PAULO
11 Outubro 2015 | 22h 00
Delegação de procuradores brasileiros foi à Suíça em novembro de 2014
GENEBRA - Nos escritórios de Lausanne do Ministério Público da Suíça, um tema é recorrente:
o Brasil. Se os suíços já revelaram importantes informações sobre ex-diretores da Petrobrás,
Odebrecht, operadores, doleiros e, mais recentemente, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), investigadores próximos do caso afirmaram ao Estado que existem mais de cem
contas congeladas e que ainda não tiveram seus nomes publicados.
O volume de dinheiro movimentado poderia chegar a R$ 1 bilhão.
Para pessoas próximas à investigação, o processo e envio de dados ao Brasil vai continuar em
2016. No mês que vem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve fazer uma viagem
para Berna, no que acarretaria em novos anúncios sobre os resultados da cooperação entre os
dois Ministérios Públicos.
Os suíços iniciaram a investigação sobre os ex-diretores da Petrobrás ainda no final de 2013.
Uma intensa colaboração foi iniciada com o Brasil e centenas de páginas de extratos bancários
e informações começaram a ser enviadas ao País.
Em novembro de 2014, os procuradores Orlando Martello, Deltan Dallagnol e Eduardo Pelella
estiveram na Suíça à procura de documentos para as investigações da Operação Lava Jato.
Para pessoas próximas ao caso, foi a capacidade de confiscar as movimentações de milhões
de dólares nas principais praças financeiras suíças que permitiu a Lava Jato a caminhar.
Do lado do Brasil, a delação premiada de diferentes atores também alimentou a busca na Suíça.
A cada nova revelação, os investigadores brasileiros acionavam os suíços que, então,
ampliavam as buscas. Fontes do MP do país europeu confirmaram ao Estado que a dimensão
da investigação ganhou tal dimensão que o “dossiê Petrobrás” foi dividido em mais de uma
dezena de subcasos.
Apuração. Para os suíços, a constatação é de que a onda de revelações não vai se secar por
enquanto.
Se muitos dos nomes dos envolvidos já são conhecidos, os investigadores garantem que mais
e cem contas já bloqueadas ainda não tiveram seus detalhes revelados e que a apuração ainda
continua para traçar a origem do dinheiro e seu destino final.
Segundo as investigações, diversos operadores criaram uma rede complexa de empresas de fachada,
fundos abertos em paraísos fiscais e camuflaram seus nomes para dificultar a busca de informações.
Ainda assim, uma parte substancial desse volume inicial de dinheiro congelado já começou a ser
devolvido ao País - valores em contas de suspeitos que concordaram em fechar acordos de delação
premiada.
Até o momento, cerca de R$ 390 milhões foram repatriados ao Brasil, incluindo cerca de R$ 189
milhões pertencentes ao ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco e outros R$ 89 milhões de Paulo
Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento). No total, porém, os suíços confiscaram cerca de
US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão, ainda que nem todo o dinheiro tenha o direito de retornar ao
Brasil, mesmo com as condenações).
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suica-promete-enviar-dados-de-novas-contas,1778079
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE - O ESTADO DE S. PAULO
11 Outubro 2015 | 22h 00
Segundo investigadores, mais de cem contas bloqueadas relacionadas
à Lava Jato ainda não tiveram detalhes revelados
Delegação de procuradores brasileiros foi à Suíça em novembro de 2014
GENEBRA - Nos escritórios de Lausanne do Ministério Público da Suíça, um tema é recorrente:
o Brasil. Se os suíços já revelaram importantes informações sobre ex-diretores da Petrobrás,
Odebrecht, operadores, doleiros e, mais recentemente, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), investigadores próximos do caso afirmaram ao Estado que existem mais de cem
contas congeladas e que ainda não tiveram seus nomes publicados.
O volume de dinheiro movimentado poderia chegar a R$ 1 bilhão.
Para pessoas próximas à investigação, o processo e envio de dados ao Brasil vai continuar em
2016. No mês que vem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve fazer uma viagem
para Berna, no que acarretaria em novos anúncios sobre os resultados da cooperação entre os
dois Ministérios Públicos.
Os suíços iniciaram a investigação sobre os ex-diretores da Petrobrás ainda no final de 2013.
Uma intensa colaboração foi iniciada com o Brasil e centenas de páginas de extratos bancários
e informações começaram a ser enviadas ao País.
Em novembro de 2014, os procuradores Orlando Martello, Deltan Dallagnol e Eduardo Pelella
estiveram na Suíça à procura de documentos para as investigações da Operação Lava Jato.
Para pessoas próximas ao caso, foi a capacidade de confiscar as movimentações de milhões
de dólares nas principais praças financeiras suíças que permitiu a Lava Jato a caminhar.
Do lado do Brasil, a delação premiada de diferentes atores também alimentou a busca na Suíça.
A cada nova revelação, os investigadores brasileiros acionavam os suíços que, então,
ampliavam as buscas. Fontes do MP do país europeu confirmaram ao Estado que a dimensão
da investigação ganhou tal dimensão que o “dossiê Petrobrás” foi dividido em mais de uma
dezena de subcasos.
Apuração. Para os suíços, a constatação é de que a onda de revelações não vai se secar por
enquanto.
Se muitos dos nomes dos envolvidos já são conhecidos, os investigadores garantem que mais
e cem contas já bloqueadas ainda não tiveram seus detalhes revelados e que a apuração ainda
continua para traçar a origem do dinheiro e seu destino final.
Segundo as investigações, diversos operadores criaram uma rede complexa de empresas de fachada,
fundos abertos em paraísos fiscais e camuflaram seus nomes para dificultar a busca de informações.
Ainda assim, uma parte substancial desse volume inicial de dinheiro congelado já começou a ser
devolvido ao País - valores em contas de suspeitos que concordaram em fechar acordos de delação
premiada.
Até o momento, cerca de R$ 390 milhões foram repatriados ao Brasil, incluindo cerca de R$ 189
milhões pertencentes ao ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco e outros R$ 89 milhões de Paulo
Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento). No total, porém, os suíços confiscaram cerca de
US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão, ainda que nem todo o dinheiro tenha o direito de retornar ao
Brasil, mesmo com as condenações).
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suica-promete-enviar-dados-de-novas-contas,1778079
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