Relatório aponta R$ 25 milhões de operador de propina para PT via Vaccari
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Relatório aponta R$ 25 milhões de operador de propina para PT via Vaccari
Relatório aponta R$ 25 milhões de operador de propina para PT via Vaccari
REDAÇÃO
01 Setembro 2015 | 19:59
Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba
O relatório da Polícia Federal de indiciamento do ex-ministro José Dirceu, desta terça-feira, 1,
aponta que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto arrecadou R$ 25 milhões via operador de
propinas Milton Pascowitch. Delator da Operação Lava Jato, ele foi peça-chave das acusações
de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa contra o ex-chefe
da Casa Civil do governo Lula.
“No que tange à João Vaccari Neto/Partido dos Trabalhadores, é possível apontar aqui que Milton
atuou nos seguintes pagamentos”, registra o relatório, em uma tabela com seis itens, entre eles
um “Contrato Jamp X Engevix (eleições 2010)” no valor de R$ 4 milhões e “Engevix doações
oficiais” no total de R$ 6 milhões.
LEIA INTEGRA DO RELATÓRIO DA PF DE INDICIAMENTO DE JOSÉ DIRCEU E JOÃO VACCARI
Milton Pascowitch e seu irmão José Adolfo Pascowitch firmaram acordo de delação premiada
com a Lava Jato e reconheceram “que a empresa Jamp Engenheiros foi utilizada como
instrumento para distribuição de vantagens ilícitas oriundas de contratos com o poder público”.
O delator atuava em nome da Engevix, empreiteira do cartel acusado de fatiar obras na Petrobrás,
e de outras empresas. Segundo a PF, a atuação de Milton e seu irmão se davam em cinco frentes
1) pagando propina em nome a Engevix;
2) pagando propina em nome da Hope e da Personal, na área de mão de obra;
3) pagamentos de propina para o grupo de Dirceu;
4) pagamento para Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás; e
5) pagamentos de propina para João Vaccari, destinado ao PT.
O delegado destaca além dos pagamentos da Engevix, valores em nome da Consisti Software –
empresa que teria pago cerca de R$ 50 milhões em propina em contrato vinculado ao Ministério
do Planejamento e empréstimos consignados feitos por servidores federais.
“Pagamentos de propinas para o Partidos dos Trabalhadores, na pessoa de João Vaccari Neto,
aqui destacando-se os valores arrecadados da Engevix e da empresa Consist Software, que
era repassados em espécie para João Vaccari”, sustenta a PF.
__________
+ PF indicia Dirceu, Vaccari e mais 12 investigados na Lava Jato
+ PF afirma que esquema de Dirceu movimentou R$ 59 milhões em propinas
__________
O relatório do inquérito servirá de base para o Ministério Público Federal apresentar denúncia
criminal contra Dirceu, Vaccari, Pascowitch e os demais acusados ainda esta semana.
“Frise-se ainda que não há que se falar que os valores angariados pela JD Consultoria não eram
destinados a pessoa de José Dirceu e que tinham conotação partidária”, registra o delegado
Márcio Adriano Anselmo, da equipe da Lava Jato.
“Observa-se que, dos destinos de recursos ilícitos que irrigaram as contas da empresa, foram
dadas destinações diversas desde pagamento de empregados, despesas de filhos e ex-mulheres
assim como toda a “guerrilha midiática à época do julgamento do Mensalão que visava
desqualificar as autoridades então envolvidas no julgamento”.
O delator Milton Pascowitch teria relacionamento com o ex-tesoureiro do PT, o que seria
“fartamente evidenciado” nas investigações. “João Vaccari mantinha contato frequente
com Milton Pascowitch, notadamente em linha de tempo, em muitas oportunidades logo
após o contato de Milton com os pagadores de propina”, informa a PF.
Para o delegado, há relação entre esse contato e os pagamentos da Engevix e da Consist.
“Os contratos ideologicamente falsos aponta grande volume de recursos destinados a Jamp,
seja pela Engevix, notadamente à época das eleições de 2010 e mais, no caso da Consist,
em período longo que alcança pagamentos até 2014.”
A PF informa que nem o afastamento do cargo de ministro da Casa Civil nem a cassação
do mandato de deputado federal “serviram para retirar do investigado José Dirceu todo
o poder político que o mesmo angariou no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula
da Silva, sendo o homem forte do primeiro mandato”.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/relatorio-aponta-r-25-milhoes-de-operador-de-propina-para-pt-via-vaccari/
REDAÇÃO
01 Setembro 2015 | 19:59
Indiciamento de José Dirceu aponta que delator que entregou ex-ministro
cuidou de seis tipos de pagamentos envolvendo o partido
Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba
O relatório da Polícia Federal de indiciamento do ex-ministro José Dirceu, desta terça-feira, 1,
aponta que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto arrecadou R$ 25 milhões via operador de
propinas Milton Pascowitch. Delator da Operação Lava Jato, ele foi peça-chave das acusações
de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa contra o ex-chefe
da Casa Civil do governo Lula.
“No que tange à João Vaccari Neto/Partido dos Trabalhadores, é possível apontar aqui que Milton
atuou nos seguintes pagamentos”, registra o relatório, em uma tabela com seis itens, entre eles
um “Contrato Jamp X Engevix (eleições 2010)” no valor de R$ 4 milhões e “Engevix doações
oficiais” no total de R$ 6 milhões.
LEIA INTEGRA DO RELATÓRIO DA PF DE INDICIAMENTO DE JOSÉ DIRCEU E JOÃO VACCARI
Milton Pascowitch e seu irmão José Adolfo Pascowitch firmaram acordo de delação premiada
com a Lava Jato e reconheceram “que a empresa Jamp Engenheiros foi utilizada como
instrumento para distribuição de vantagens ilícitas oriundas de contratos com o poder público”.
O delator atuava em nome da Engevix, empreiteira do cartel acusado de fatiar obras na Petrobrás,
e de outras empresas. Segundo a PF, a atuação de Milton e seu irmão se davam em cinco frentes
1) pagando propina em nome a Engevix;
2) pagando propina em nome da Hope e da Personal, na área de mão de obra;
3) pagamentos de propina para o grupo de Dirceu;
4) pagamento para Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás; e
5) pagamentos de propina para João Vaccari, destinado ao PT.
O delegado destaca além dos pagamentos da Engevix, valores em nome da Consisti Software –
empresa que teria pago cerca de R$ 50 milhões em propina em contrato vinculado ao Ministério
do Planejamento e empréstimos consignados feitos por servidores federais.
“Pagamentos de propinas para o Partidos dos Trabalhadores, na pessoa de João Vaccari Neto,
aqui destacando-se os valores arrecadados da Engevix e da empresa Consist Software, que
era repassados em espécie para João Vaccari”, sustenta a PF.
__________
+ PF indicia Dirceu, Vaccari e mais 12 investigados na Lava Jato
+ PF afirma que esquema de Dirceu movimentou R$ 59 milhões em propinas
__________
O relatório do inquérito servirá de base para o Ministério Público Federal apresentar denúncia
criminal contra Dirceu, Vaccari, Pascowitch e os demais acusados ainda esta semana.
“Frise-se ainda que não há que se falar que os valores angariados pela JD Consultoria não eram
destinados a pessoa de José Dirceu e que tinham conotação partidária”, registra o delegado
Márcio Adriano Anselmo, da equipe da Lava Jato.
“Observa-se que, dos destinos de recursos ilícitos que irrigaram as contas da empresa, foram
dadas destinações diversas desde pagamento de empregados, despesas de filhos e ex-mulheres
assim como toda a “guerrilha midiática à época do julgamento do Mensalão que visava
desqualificar as autoridades então envolvidas no julgamento”.
O delator Milton Pascowitch teria relacionamento com o ex-tesoureiro do PT, o que seria
“fartamente evidenciado” nas investigações. “João Vaccari mantinha contato frequente
com Milton Pascowitch, notadamente em linha de tempo, em muitas oportunidades logo
após o contato de Milton com os pagadores de propina”, informa a PF.
Para o delegado, há relação entre esse contato e os pagamentos da Engevix e da Consist.
“Os contratos ideologicamente falsos aponta grande volume de recursos destinados a Jamp,
seja pela Engevix, notadamente à época das eleições de 2010 e mais, no caso da Consist,
em período longo que alcança pagamentos até 2014.”
A PF informa que nem o afastamento do cargo de ministro da Casa Civil nem a cassação
do mandato de deputado federal “serviram para retirar do investigado José Dirceu todo
o poder político que o mesmo angariou no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula
da Silva, sendo o homem forte do primeiro mandato”.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/relatorio-aponta-r-25-milhoes-de-operador-de-propina-para-pt-via-vaccari/
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