Acho improvável que a Lava Jato seja anulada, diz presidente do STJ
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Acho improvável que a Lava Jato seja anulada, diz presidente do STJ
Acho improvável que a Lava Jato seja anulada, diz presidente do STJ
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
28/08/2015 13h05
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Francisco Falcão, afirmou nesta
sexta-feira (28) que considera improvável a anulação da Operação Lava Jato diante das
provas do esquema de corrupção da Petrobras.
O STJ investiga dois governadores suspeitos de envolvimento com os desvios na estatal,
além de um ex-ministro governo Dilma e um desembargador.
O tribunal também será
responsável por analisar eventuais recursos contra condenações aplicadas pelo juiz federal
Sergio Moro, da Justiça Federal, contra políticos sem foro privilegiado, operadores e grandes
empreiteiros do país.
"Sobre a questão da anulação, eu acho muito pouco provável.
Acho improvável, pelos fatos que estão postos", afirmou Falcão.
Em 2011, o STJ anulou as provas da Operação Castelo de Areia por considerar ilegais
as interceptações telefônicas.
As investigações também recaíam sobre a construtora Camargo Corrêa, um dos alvos
da Lava Jato, além de políticos.
Outras operações polêmicas também já foram barradas pelo tribunal.
Na Lava Jato, o STJ e o Supremo Tribunal Federal foram provocados aanalisar prisões
preventivas decretadas por Moro e até a validade do acordo de delação premiada de
colaboradores e, os dois tribunais superiores têm mantido as decisões.
Falcão afirmou ainda que "não se pode politizar as investigações" e defendeu as
colaborações premiadas afirmando que elas vão permitir descobrir o alcance da
engenharia criminosa. Ele reforçou, no entanto, a tese de que apenas delações
não podem condenar.
"A delação premiada não é condenação.
É preciso que ela venha elencada de fatos que comprovem que os fatos narrados
pelo delator sejam verídicos e que o conjunto de provas leve o relator do tribunal
a observar que aquelas informações são verídicas e estão batendo com outras
informações", disse o presidente do STJ.
PARÂMETROS
Relator dos casos de políticos com mandato no STJ, o ministro Luis Felipe Salomão
afirmou que a partir da Lava Jato o Judiciário estabelecerá parâmetros para as
colaborações.
" Até agora, [as delações] estão sendo homologadas pela autoridade competente.
Estão funcionando como elemento de prova indiciária. Algumas delas estão sendo
analisadas de modo a serem completadas pelo restante das provas, então não há
nenhum elemento nisso. Estamos dizendo que esse instituto é muito novo e as
nuances judiciais dele ainda precisam ser construídas e seguramente o julgamento
desse caso vai permitir o avanço da jurisprudência, detalhamento, correta
interpretação da lei", afirmou.
Entre os investigados no STJ estão os governadores Tião Viana (PT-AC) e Luiz
Fernando Pezão (PMDB-RJ).
Na próxima semana, o STJ realiza um seminário internacional sobre lavagem
de dinheiro. Estarão presentes importantes nomes do mundo jurídico do país
e com a presença do primeiro presidente da Corte de Cassação italiana Giorgio
Santacroce.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1674851-acho-improvavel-que-a-lava-jato-seja-anulada-diz-presidente-do-stj.shtml
MÁRCIO FALCÃO
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28/08/2015 13h05
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Francisco Falcão, afirmou nesta
sexta-feira (28) que considera improvável a anulação da Operação Lava Jato diante das
provas do esquema de corrupção da Petrobras.
O STJ investiga dois governadores suspeitos de envolvimento com os desvios na estatal,
além de um ex-ministro governo Dilma e um desembargador.
O tribunal também será
responsável por analisar eventuais recursos contra condenações aplicadas pelo juiz federal
Sergio Moro, da Justiça Federal, contra políticos sem foro privilegiado, operadores e grandes
empreiteiros do país.
"Sobre a questão da anulação, eu acho muito pouco provável.
Acho improvável, pelos fatos que estão postos", afirmou Falcão.
Em 2011, o STJ anulou as provas da Operação Castelo de Areia por considerar ilegais
as interceptações telefônicas.
As investigações também recaíam sobre a construtora Camargo Corrêa, um dos alvos
da Lava Jato, além de políticos.
Outras operações polêmicas também já foram barradas pelo tribunal.
Na Lava Jato, o STJ e o Supremo Tribunal Federal foram provocados aanalisar prisões
preventivas decretadas por Moro e até a validade do acordo de delação premiada de
colaboradores e, os dois tribunais superiores têm mantido as decisões.
Falcão afirmou ainda que "não se pode politizar as investigações" e defendeu as
colaborações premiadas afirmando que elas vão permitir descobrir o alcance da
engenharia criminosa. Ele reforçou, no entanto, a tese de que apenas delações
não podem condenar.
"A delação premiada não é condenação.
É preciso que ela venha elencada de fatos que comprovem que os fatos narrados
pelo delator sejam verídicos e que o conjunto de provas leve o relator do tribunal
a observar que aquelas informações são verídicas e estão batendo com outras
informações", disse o presidente do STJ.
PARÂMETROS
Relator dos casos de políticos com mandato no STJ, o ministro Luis Felipe Salomão
afirmou que a partir da Lava Jato o Judiciário estabelecerá parâmetros para as
colaborações.
" Até agora, [as delações] estão sendo homologadas pela autoridade competente.
Estão funcionando como elemento de prova indiciária. Algumas delas estão sendo
analisadas de modo a serem completadas pelo restante das provas, então não há
nenhum elemento nisso. Estamos dizendo que esse instituto é muito novo e as
nuances judiciais dele ainda precisam ser construídas e seguramente o julgamento
desse caso vai permitir o avanço da jurisprudência, detalhamento, correta
interpretação da lei", afirmou.
Entre os investigados no STJ estão os governadores Tião Viana (PT-AC) e Luiz
Fernando Pezão (PMDB-RJ).
Na próxima semana, o STJ realiza um seminário internacional sobre lavagem
de dinheiro. Estarão presentes importantes nomes do mundo jurídico do país
e com a presença do primeiro presidente da Corte de Cassação italiana Giorgio
Santacroce.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1674851-acho-improvavel-que-a-lava-jato-seja-anulada-diz-presidente-do-stj.shtml
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