Vaccari no lugar de Delubio?
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Vaccari no lugar de Delubio?
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acesse para ler:
http://www.clubecorreio.com.br/poder/noticia_impressao.asp?codigo=93017
Tesoureiro Delúbio Soares se afasta do comando do PT
Pivô das denúncias de corrupção no governo se afasta e Genoino ganha sobrevida até reunião do diretório nacional
SÃO PAULO - Um mês depois de ter seu nome citado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como responsável pelo pagamento de "mensalão" do PT a deputados do PP e do PL em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o secretário de Finanças do PT, Delúbio Soares, cedeu ontem às pressões dos companheiros e enfim pediu licença do cargo.
Resistiu muito, antes disso, mas sua situação ficou insustentável depois de revelada a informação de que seu amigo, o publicitário Marcos Valério de Souza, foi avalista de um empréstimo de R$2,4 milhões para o PT em 2003 e ainda quitou parte da dívida. As agências de Valério mantêm contratos de R$144 milhões com o governo Lula.
Delúbio seguiu os passos do secretário geral do partido, Silvio Pereira, que se afastou na véspera. Ciente de que, se não tomasse a iniciativa corria o risco de ter sua licença levada a voto na reunião da executiva do partido, o tesoureiro, chefe de um cofre de R$48 milhões, preparou sua carta e pedido de licença na noite de segunda-feira.
"Não temo. Tenho a plena consciência de nunca haver transgredido os princípios éticos da prática política. Prova eloqüente disso é meu reduzido patrimônio", afirmou Delúbio na nota enviada à executiva do partido, que se reuniu em caráter emergencial para tratar das denúncias contra o PT. Assim como Pereira, Delúbio pediu afastamento da função "pelo tempo em que perdurar a apuração".
No discurso de cerca de 20 minutos durante a reunião, repetiu que Marcos Valério é seu amigo e não colocou em dúvida a idoneidade do publicitário. Explicou que Marcos Valério se ofereceu para servir de avalista e fez questão de preservar Genoino, isentando-o de responsabilidade sobre a negociação do empréstimo ou sobre informações erradas prestadas pelo companheiro sobre a dívida.
Fez uma exposição bastante contida, muito diferente da apresentação emocionada da reunião anterior da executiva - ao falar da juventude em Goiás -, ou do choro público em Goiânia, na semana passada. Na ocasião, atribuiu as denúncias a uma ação orquestrada contra o governo petista: "A direita e os conservadores querem fazer o impeachment do presidente Lula".
Delúbio não ouviu cobranças sobre sua própria honestidade, mas vários integrantes da executiva criticaram a "falta de cuidado" ao escolher Valério como avalista. "Conduzi com seriedade e honestidade os assuntos financeiros do PT durante o tempo em que exerci a Secretaria de Finanças e Planejamento", afirma Delúbio na nota.
O partido fechou suas contas no ano passado com déficit de 40%. Só no Banco do Brasil a sigla tem uma dívida de R$20 milhões. O tesoureiro reiterou a abertura de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à CPI. Silvio Pereira fez o mesmo. Falou antes de Delúbio, alegando razões pessoais para se afastar. Em entrevista divulgada no site do PT na internet, negou que esteja magoado com companheiros do partido.
Ele e o tesoureiro pediram a abertura de processo sobre o caso na Comissão de Ética do partido, mas caberá ao diretório nacional, que se reúne no fim de semana, recomendar ou não a ação. "Se o diretório recomendar, aí a comissão discute a admissibilidade e determina os procedimentos do processo", explicou o presidente da comissão, Danilo Camargo.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, está entre os nomes mais cotados para substituir Silvio Pereira na secretaria geral petista. O ministro da Saúde, Humberto Costa, também tem sido citado. Costa deve deixar o primeiro escalão do governo após a reforma ministerial. Outro petista lembrado para a vaga é o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Os novos titulares da Secretaria de Finanças e da Secretaria Geral do PT serão escolhidos na reunião do diretório nacional, no fim de semana, que vai tratar da recomposição da estrutura da executiva. Para o lugar de Delúbio, o diretor da Central Única dos Trabalhadores e ex-tesoureiro de campanhas do PT, João Vaccari Neto, é lembrado com freqüência. "Não fui sondado", desconversou Vaccari.
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Tesoureiro Delúbio Soares se afasta do comando do PT
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SÃO PAULO - Um mês depois de ter seu nome citado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como responsável pelo pagamento de "mensalão" do PT a deputados do PP e do PL em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o secretário de Finanças do PT, Delúbio Soares, cedeu ontem às pressões dos companheiros e enfim pediu licença do cargo.
Resistiu muito, antes disso, mas sua situação ficou insustentável depois de revelada a informação de que seu amigo, o publicitário Marcos Valério de Souza, foi avalista de um empréstimo de R$2,4 milhões para o PT em 2003 e ainda quitou parte da dívida. As agências de Valério mantêm contratos de R$144 milhões com o governo Lula.
Delúbio seguiu os passos do secretário geral do partido, Silvio Pereira, que se afastou na véspera. Ciente de que, se não tomasse a iniciativa corria o risco de ter sua licença levada a voto na reunião da executiva do partido, o tesoureiro, chefe de um cofre de R$48 milhões, preparou sua carta e pedido de licença na noite de segunda-feira.
"Não temo. Tenho a plena consciência de nunca haver transgredido os princípios éticos da prática política. Prova eloqüente disso é meu reduzido patrimônio", afirmou Delúbio na nota enviada à executiva do partido, que se reuniu em caráter emergencial para tratar das denúncias contra o PT. Assim como Pereira, Delúbio pediu afastamento da função "pelo tempo em que perdurar a apuração".
No discurso de cerca de 20 minutos durante a reunião, repetiu que Marcos Valério é seu amigo e não colocou em dúvida a idoneidade do publicitário. Explicou que Marcos Valério se ofereceu para servir de avalista e fez questão de preservar Genoino, isentando-o de responsabilidade sobre a negociação do empréstimo ou sobre informações erradas prestadas pelo companheiro sobre a dívida.
Fez uma exposição bastante contida, muito diferente da apresentação emocionada da reunião anterior da executiva - ao falar da juventude em Goiás -, ou do choro público em Goiânia, na semana passada. Na ocasião, atribuiu as denúncias a uma ação orquestrada contra o governo petista: "A direita e os conservadores querem fazer o impeachment do presidente Lula".
Delúbio não ouviu cobranças sobre sua própria honestidade, mas vários integrantes da executiva criticaram a "falta de cuidado" ao escolher Valério como avalista. "Conduzi com seriedade e honestidade os assuntos financeiros do PT durante o tempo em que exerci a Secretaria de Finanças e Planejamento", afirma Delúbio na nota.
O partido fechou suas contas no ano passado com déficit de 40%. Só no Banco do Brasil a sigla tem uma dívida de R$20 milhões. O tesoureiro reiterou a abertura de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à CPI. Silvio Pereira fez o mesmo. Falou antes de Delúbio, alegando razões pessoais para se afastar. Em entrevista divulgada no site do PT na internet, negou que esteja magoado com companheiros do partido.
Ele e o tesoureiro pediram a abertura de processo sobre o caso na Comissão de Ética do partido, mas caberá ao diretório nacional, que se reúne no fim de semana, recomendar ou não a ação. "Se o diretório recomendar, aí a comissão discute a admissibilidade e determina os procedimentos do processo", explicou o presidente da comissão, Danilo Camargo.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, está entre os nomes mais cotados para substituir Silvio Pereira na secretaria geral petista. O ministro da Saúde, Humberto Costa, também tem sido citado. Costa deve deixar o primeiro escalão do governo após a reforma ministerial. Outro petista lembrado para a vaga é o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
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