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CPI pede intervenção do MP na Bancoop 25 10 10

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Seg Out 25 2010, 17:07

Caso Bancoop

CPI pede intervenção do MP na Bancoop

Relatório final, que será encaminhado ao governo, solicitará criação de linha de crédito para famílias lesadas pela cooperativa
Carolina Freitas

Parlamentares da CPI da Bancoop pediram a intervenção do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na cooperativa de crédito, que, sob o comando de dirigentes petistas, lesou cerca de 3.000 famílias e desviou recursos para financiar campanhas eleitorais. A intervenção é prevista no caso de cooperativas que violem de forma contumaz a legislação ou estejam sob ameaça de insolvência por má administração. A Bancoop atende aos requisitos. O MP terá de analisar o pedido da CPI para decidir se ele será aceitou ou não.

O relatório final da comissão, com 81 páginas, foi apresentado e aprovado na tarde desta segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo. No documento, o relator da CPI, deputado Bruno Covas (PSDB), solicita ainda a exclusão da personalidade jurídica de cooperativa da Bancoop, para que os prejudicados por ela sejam considerados consumidores, não cooperados. Assim, as vítimas da Bancoop terão assegurados seus direitos.

A comissão vai encaminhar o relatório ao governo de São Paulo, para quem pede estudos para a criação, em caráter de urgência, de uma linha especial de crédito voltada para as famílias lesadas pela Bancoop. O objetivo é financiar a conclusão das obras inacabadas.

O relatório foi apresentado e aprovado em menos de cinco minutos. Na ausência do presidente da CPI, Samuel Moreira, o deputado mais velho da Alesp, Estevam Galvão (DEM), presidiu a sessão. A leitura e a discussão do relatório foram dispensadas pelos deputados da base governista presentes. Os parlamentares do PT chegaram dez minutos atrasados e não puderam sequer votar contra o relatório. Eles apresentaram uma manifestação contrária, por escrito, em 61 páginas, que será anexada ao texto.

Repercussão - Bruno Covas comemorou o resultado da CPI. "A comissão ajudou a jogar luz sobre este caso. Há anos os cooperados vinham protestando contra a Bancoop, sem achar solução", disse o relator. "Com o Ministério Público na administração da cooperativa, ele poderá abrir esta caixa preta. Muitas informações foram negadas pela Bancoop."

Os petistas protestaram contra a rapidez na aprovação do relatório. "Queríamos ao menos propor que João Vaccari Neto fosse ouvido pela CPI", disse Vanderlei Siraque (PT). Vaccari foi convocado a depor na última terça-feira, mas faltou, alegando ter compromissos em Brasília. Ele é tesoureiro da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Entenda o caso - Em março deste ano, VEJA revelou com exclusividade que, após três anos de investigações, o Ministério Público de São Paulo havia posto as mãos na caixa-preta do esquema Bancoop e descoberto que dirigentes da cooperativa lesaram milhares de associados para montar uma operação que abasteceu a campanha de Lula em 2002 e encheu os cofres de empresas pertencentes a petistas. João Vaccari Neto, ex-presidente da Bancoop e tesoureiro do PT à época, foi apontado como o pivô do esquema.

Em resposta às acusações, petistas voltaram-se contra o promotor José Carlos Blat. Para eles, o promotor agia de forma a beneficiar setores do MP ligados ao tucano José Serra, com interesses eleitorais. Em 8 de março, tucanos reuniram assinaturas em número suficiente para a abertura de uma CPI e deram como certa a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Após análise de extratos bancários de 2001 a 2008, o promotor Blat estimou que o rombo do esquema Bancoop podia passar dos 100 milhões de reais. E, ainda no início de março, foi criada a CPI da Bancoop na Assemblea Legislativa de São Paulo. João Vaccari Neto negou o desvio e o rombo financeiro. Classificou o caso de "ação eleitoral" e diz que houve apenas "desequilíbrio financeiro".

Em 13 de março, mais uma reportagem de VEJA apontou a conexão entre os escândalos Bancoop e mensalão. A revelação está em uma série de depoimentos prestados por Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em fraudes financeiras, à Procuradoria-Geral da República.

Na última terça-feira, a CPI da Bancoop ouviu depoimento do promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo. Durante a sessão, o promotor pediu à Justiça abertura de processo contra João Vaccari Neto e outras cinco pessoas envolvidas no caso.

Caso seja aceita a denúncia, Vaccari e os demais citados passarão a ser réus e responderão a processo por estelionato consumado, tentativa de estelionato, formação de quadrilha ou bando e falsidade ideológica. Os ex-diretores da cooperativa, João Vaccari e Tomas Edson Botelho Fraga e a atual diretora, Ana Maria Ernica, foram denunciados ainda por lavagem de dinheiro.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cpi-pede-intervencao-do-mp-na-bancoop


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