Defesa do tesoureiro do PT diz que denúncia de cobrança de propina é "grande bobagem" 16/03/2010
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Defesa do tesoureiro do PT diz que denúncia de cobrança de propina é "grande bobagem" 16/03/2010
publicado em 16/03/2010 às 10h00:
Defesa do tesoureiro do PT diz que denúncia
de cobrança de propina é "grande bobagem"
D'Urso afirma que caso "requentado" atende a "outros interesses que não o da investigação"
Gabriel Mestieri, do R7
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que as denúncias de que o petista cobrava propina de 6% a 15% de pessoas interessadas em captar dinheiros em fundos de pensão são uma "grande bobagem" e não se sustentam juridicamente.
Confira também
* Dirceu e PT ganharam R$ 5,5 mi, diz corretor
* Promotor diz que não se intimida com ameaças
* Entenda o caso Bancoop
Nesta semana, a revista Veja publicou reportagem na qual diz que Vaccari Neto participou de um esquema de arrecadação de dinheiro que seria usado para comprar apoio político de parlamentares - o chamado mensalão do PT - e servir como caixa 2 de campanhas eleitorais. Apesar de Vaccari Neto não estar entre os réus do processo do mensalão, a reportagem diz que uma série de depoimentos do corretor de câmbio Lúcio Funaro o incriminam. O advogado do petista nega:
- Isso é uma bobagem, uma grande bobagem. Isso surge num depoimento colhido de um determinado indivíduo [Funaro] que estava sob a delação premiada, podendo falar verdade ou mentira sem nenhuma consequência. Em 2005 esse individuo faz essa acusação infundada, leviana, a ponto de o próprio Ministério Público não levar em consideração.
Para D'Urso, o reaparecimento desses depoimentos em reportagens anos depois que o "próprio Ministério Público viu que não havia nenhum fundamento" nas acusações causa estranheza.
- Cinco anos depois, isso ser requentado para servir de capa de revista nacional me parece que atende a outros interesses que não os da investigação. É uma bobagem que tem se prestado apenas a manchetes. Juridicamente não sobra absolutamente nada.
Na semana passada, o promotor José Carlos Blat pediu a quebra de sigilo bancário de Vaccari Neto e o bloqueio das contas da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), da qual o tesoureiro do PT foi presidente. A Justiça negou o bloqueio e pediu ao Ministério Público que esclarecesse o pedido de quebra de sigilo. D'Urso elogiou a decisão de não bloqueio das contas.
- A cooperativa está em funcionamento e cumprindo termo de ajustamento de conduta celebrado pelo próprio Ministério Público. Bloquear as contas faria com que a cooperativa cessasse suas atividades levando prejuízo imenso a funcionários e cooperados.
Quanto às contas de Vaccari Neto, o advogado disse que o petista não tem "nenhuma preocupação" no que diz respeito a sua movimentação bancária, mas que a quebra do sigilo é uma "medida extrema".
- O sigilo é um direito constitucional. Assim sendo, para quebrá-lo é fundamental que hajam razões relevantes. Acho que não haveria problema algum em haver a quebra do sigilo durante o período em que foca a investigação. Mas querer quebrar até 2008, até os dias atuais, me parece um excesso injustificado. Por isso o juiz pediu para que esse pedido fosse justificado, vamos ver como o Ministério Público reage.
Defesa do tesoureiro do PT diz que denúncia
de cobrança de propina é "grande bobagem"
D'Urso afirma que caso "requentado" atende a "outros interesses que não o da investigação"
Gabriel Mestieri, do R7
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que as denúncias de que o petista cobrava propina de 6% a 15% de pessoas interessadas em captar dinheiros em fundos de pensão são uma "grande bobagem" e não se sustentam juridicamente.
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- Isso é uma bobagem, uma grande bobagem. Isso surge num depoimento colhido de um determinado indivíduo [Funaro] que estava sob a delação premiada, podendo falar verdade ou mentira sem nenhuma consequência. Em 2005 esse individuo faz essa acusação infundada, leviana, a ponto de o próprio Ministério Público não levar em consideração.
Para D'Urso, o reaparecimento desses depoimentos em reportagens anos depois que o "próprio Ministério Público viu que não havia nenhum fundamento" nas acusações causa estranheza.
- Cinco anos depois, isso ser requentado para servir de capa de revista nacional me parece que atende a outros interesses que não os da investigação. É uma bobagem que tem se prestado apenas a manchetes. Juridicamente não sobra absolutamente nada.
Na semana passada, o promotor José Carlos Blat pediu a quebra de sigilo bancário de Vaccari Neto e o bloqueio das contas da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), da qual o tesoureiro do PT foi presidente. A Justiça negou o bloqueio e pediu ao Ministério Público que esclarecesse o pedido de quebra de sigilo. D'Urso elogiou a decisão de não bloqueio das contas.
- A cooperativa está em funcionamento e cumprindo termo de ajustamento de conduta celebrado pelo próprio Ministério Público. Bloquear as contas faria com que a cooperativa cessasse suas atividades levando prejuízo imenso a funcionários e cooperados.
Quanto às contas de Vaccari Neto, o advogado disse que o petista não tem "nenhuma preocupação" no que diz respeito a sua movimentação bancária, mas que a quebra do sigilo é uma "medida extrema".
- O sigilo é um direito constitucional. Assim sendo, para quebrá-lo é fundamental que hajam razões relevantes. Acho que não haveria problema algum em haver a quebra do sigilo durante o período em que foca a investigação. Mas querer quebrar até 2008, até os dias atuais, me parece um excesso injustificado. Por isso o juiz pediu para que esse pedido fosse justificado, vamos ver como o Ministério Público reage.
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