Doleiro acusa tesoureiro do PT de mentir sobre encontros 28/04/2010 -
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Doleiro acusa tesoureiro do PT de mentir sobre encontros 28/04/2010 -
28/04/2010 - 15h17
Doleiro acusa tesoureiro do PT de mentir sobre encontros
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NOELI MENEZES
da Sucursal de Brasília
O doleiro Lúcio Bolonha Funaro acusou nesta quarta-feira, no Senado, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de mentir sobre os encontros que manteve com ele e de ter uma "relação umbilical" com o grupo Schahin, "que é alvo de uma série de investigações da polícia e do Ministério Público por suspeita de fraudes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas".
Em depoimento a senadores em março, Vaccari afirmou que havia se encontrado apenas uma vez com o doleiro, quando foi apresentado a ele pelo deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP).
"Mentira dele. Estive com o senhor Vaccari mais de uma vez. Algumas vezes. Não posso revelar o teor das reuniões. Mas com certeza não era sobre Bancoop porque nunca tive nada com construtora. Nem sobre o PT porque não tenho nenhuma relação com partidos políticos. Mas posso dizer que tratamos de operações financeiras", disse Funaro, que afirma aceitar fazer uma acareação com o petista.
Vaccari, que é ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de desvios de recursos da cooperativa para campanhas petistas e irregularidades na aplicação de dinheiro de fundos de pensão.
Funaro foi convidado para depor nesta quarta-feira na CPI das ONGs do Senado sobre as acusações que teria feito ao Ministério Público Federal, em acordo de delação premiada. Segundo a revista "Veja", o doleiro afirmou a procuradores que Vaccari cobrava propina de investidores interessados em fazer negócios com fundos de pensão estatais.
Ele se negou a falar sobre a suposta propina, dizendo que seguia orientação de seus advogados. No entanto, aproveitou o depoimento para fazer acusações contra o grupo Schahin, com o qual uma empresa que ele representa está em litígio legal.
O doleiro afirmou que o grupo tem "contratos no valor de US$ 7 bilhões com a Petrobras, todos com irregularidades", e desafiou os senadores a investigarem a denúncia.
Ele admitiu que é representante no Brasil da britânica Gallway, controladora da Cebel (Centrais Elétricas Belém), que ainda contabiliza os prejuízos com a queda da barragem no rio Apertadinho, em Vilhena (RO), em 2008. A empresa pede na Justiça indenização de R$ 600 milhões ao consórcio Vilhena, formado pela Schahin e pela EIT (Empresa Industrial e Técnica).
"São fatos, não são denúncias", disse o doleiro, que entregou à CPI documentos que comprovariam as acusações contra a Schahin.
Outro lado
Outro lado
O advogado do tesoureiro do PT, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirmou que o petista vai comparecer ao depoimento na CPI, agendado para o dia 4, e fará todos os esclarecimentos necessários para "mostrar que as acusações do doleiro não são verdadeiras".
D'Urso disse ainda que Vaccari está disposto a fazer acareação, caso o pedido seja aprovado pela comissão. "Essa história de relação umbilical do Vaccari com a Schahin é bobagem."
A Petrobras afirmou, por meio de nota, que refuta as acusações feitas pelo doleiro.
Também em nota, o grupo Schahin diz que "os fatos relatados por ele [Funaro] não guardam relação alguma com o objeto da CPI e são rigorosamente falsos".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727240.shtml
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NOELI MENEZES
da Sucursal de Brasília
O doleiro Lúcio Bolonha Funaro acusou nesta quarta-feira, no Senado, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de mentir sobre os encontros que manteve com ele e de ter uma "relação umbilical" com o grupo Schahin, "que é alvo de uma série de investigações da polícia e do Ministério Público por suspeita de fraudes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas".
Em depoimento a senadores em março, Vaccari afirmou que havia se encontrado apenas uma vez com o doleiro, quando foi apresentado a ele pelo deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP).
"Mentira dele. Estive com o senhor Vaccari mais de uma vez. Algumas vezes. Não posso revelar o teor das reuniões. Mas com certeza não era sobre Bancoop porque nunca tive nada com construtora. Nem sobre o PT porque não tenho nenhuma relação com partidos políticos. Mas posso dizer que tratamos de operações financeiras", disse Funaro, que afirma aceitar fazer uma acareação com o petista.
Vaccari, que é ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de desvios de recursos da cooperativa para campanhas petistas e irregularidades na aplicação de dinheiro de fundos de pensão.
Funaro foi convidado para depor nesta quarta-feira na CPI das ONGs do Senado sobre as acusações que teria feito ao Ministério Público Federal, em acordo de delação premiada. Segundo a revista "Veja", o doleiro afirmou a procuradores que Vaccari cobrava propina de investidores interessados em fazer negócios com fundos de pensão estatais.
Ele se negou a falar sobre a suposta propina, dizendo que seguia orientação de seus advogados. No entanto, aproveitou o depoimento para fazer acusações contra o grupo Schahin, com o qual uma empresa que ele representa está em litígio legal.
O doleiro afirmou que o grupo tem "contratos no valor de US$ 7 bilhões com a Petrobras, todos com irregularidades", e desafiou os senadores a investigarem a denúncia.
Ele admitiu que é representante no Brasil da britânica Gallway, controladora da Cebel (Centrais Elétricas Belém), que ainda contabiliza os prejuízos com a queda da barragem no rio Apertadinho, em Vilhena (RO), em 2008. A empresa pede na Justiça indenização de R$ 600 milhões ao consórcio Vilhena, formado pela Schahin e pela EIT (Empresa Industrial e Técnica).
"São fatos, não são denúncias", disse o doleiro, que entregou à CPI documentos que comprovariam as acusações contra a Schahin.
Outro lado
Outro lado
O advogado do tesoureiro do PT, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirmou que o petista vai comparecer ao depoimento na CPI, agendado para o dia 4, e fará todos os esclarecimentos necessários para "mostrar que as acusações do doleiro não são verdadeiras".
D'Urso disse ainda que Vaccari está disposto a fazer acareação, caso o pedido seja aprovado pela comissão. "Essa história de relação umbilical do Vaccari com a Schahin é bobagem."
A Petrobras afirmou, por meio de nota, que refuta as acusações feitas pelo doleiro.
Também em nota, o grupo Schahin diz que "os fatos relatados por ele [Funaro] não guardam relação alguma com o objeto da CPI e são rigorosamente falsos".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727240.shtml
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