Deputados do PT em SP pedem convocação do promotor do caso Bancoop 31/03
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Deputados do PT em SP pedem convocação do promotor do caso Bancoop 31/03
31/03/2010 - 21h35
Deputados do PT em SP pedem convocação do promotor do caso Bancoop
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Os deputados estaduais do PT em São Paulo, Antonio Mentor e Vanderlei Siraque, protocolaram na CPI da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) a convocação do promotor José Carlos Blat, que investiga o caso envolvendo a cooperativa. Eles também pediram a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
A CPI foi instalada nesta quarta-feira na Assembleia de São Paulo. O deputado Samuel Moreira (PSDB) foi eleito presidente da CPI e o deputado Chico Sardelli (PV), vice. Além dos dois petistas, fazem parte dela os deputados estaduais Bruno Covas (PSDB), Celso Giglio (PSDB), Waldir Agnello (PTB), Roberto Morais (PPS) e Estevam Galvão (DEM).
Ontem, Blat negou convite das Comissões de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle e Direitos Humanos do Senado para prestar depoimento sobre as investigações do caso.
Em ofício encaminhado às comissões, Blat disse que tinha compromissos anteriormente marcados que o impediam de comparecer ao Senado. "Não poderei atender ao convite pelos seguintes motivos: tenho agendada tomografia computadorizada do tórax no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, atendendo a recomendação médica por ser um paciente oncológico desde 2008. Além disso, há diligências marcadas para esta data sobre o caso Bancoop", afirmou.
Vaccari
Já o tesoureiro do PT compareceu à CPI acompanhado do advogado da Bancoop, Pedro Dallari. Ele se esquivou de participar de acareação com o corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro, que acusou o petista em depoimento ao Ministério Público de desviar recursos da Bancoop para o esquema do mensalão do partido.
Pressionado pela oposição para aceitar uma acareação com o corretor, Vaccari disse que precisa consultar o partido antes de decidir sobre o pedido. "Falo para os senhores, com todos os outros. Isso [acareação] temos que discutir depois com a direção partidária", afirmou.
No depoimento a comissões do Senado, Vaccari disse desconhecer qualquer desvio de verbas da cooperativa para beneficiar o ex-ministro José Dirceu. Em 2005, na série de depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal, Funaro acusa o ex-ministro de se beneficiar pessoalmente dos negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT. Funaro teria afirmado que tanto Dirceu quanto o PT teriam recebido "por fora" comissões de R$ 5,5 milhões.
O tesoureiro afirmou aos senadores que as acusações do Ministério Público sobre o suposto esquema na Bancoop são inverídicas, num recado direto ao promotor --que, segundo a revista "Veja", concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa para não revelar o destino do dinheiro, que seria repassado ao PT.
"Do conjunto das acusações que a revista nos faz, isso não é verdadeiro. Tenho me dedicado à recuperação e à solução dos problemas que tivemos e temos ainda na Bancoop, que estamos caminhando para a solução deles", disse.
O tesoureiro disse considerar "estranho" que após cinco anos de inquérito, Blat não tenha lhe convidado para prestar depoimento nas investigações. "O meu questionamento é por que o promotor que faz investigações não me dá o direito de me defender para que eu apresente documentos pertinentes. Coloque nos autos, faça acusações, para que eu possa apresentar documentos pertinentes", afirmou.
Investigações
A expectativa é de que Blat termine em abril a análise final dos documentos apreendidos sobre as supostas irregularidades cometidas na Bancoop. Segundo o Ministério Público de São Paulo, depois dessa análise, o promotor irá avaliar se apresentará uma denúncia formal na Justiça contra a cooperativa e seus dirigentes, incluindo o tesoureiro do PT.
Na semana passada, o promotor entregou para o presidente da CPI das ONGs um relatório de 50 páginas sobre as investigações até o momento.
O relatório afirma que existia uma triangulação financeira entre a consultoria Mizu, a Bancoop e o PT. De acordo com o promotor, cheques da consultoria, registrados como doações ao partido, foram para a Bancoop, que repassa os valores de volta para o PT.
Blat afirma que o sistema servia para mascarar doações ilegais. O mesmo esquema era feito com a construtora Germany, de acordo com a Promotoria. A reportagem não conseguiu falar com o advogado da cooperativa.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714954.shtml
Deputados do PT em SP pedem convocação do promotor do caso Bancoop
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Os deputados estaduais do PT em São Paulo, Antonio Mentor e Vanderlei Siraque, protocolaram na CPI da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) a convocação do promotor José Carlos Blat, que investiga o caso envolvendo a cooperativa. Eles também pediram a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
A CPI foi instalada nesta quarta-feira na Assembleia de São Paulo. O deputado Samuel Moreira (PSDB) foi eleito presidente da CPI e o deputado Chico Sardelli (PV), vice. Além dos dois petistas, fazem parte dela os deputados estaduais Bruno Covas (PSDB), Celso Giglio (PSDB), Waldir Agnello (PTB), Roberto Morais (PPS) e Estevam Galvão (DEM).
Ontem, Blat negou convite das Comissões de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle e Direitos Humanos do Senado para prestar depoimento sobre as investigações do caso.
Em ofício encaminhado às comissões, Blat disse que tinha compromissos anteriormente marcados que o impediam de comparecer ao Senado. "Não poderei atender ao convite pelos seguintes motivos: tenho agendada tomografia computadorizada do tórax no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, atendendo a recomendação médica por ser um paciente oncológico desde 2008. Além disso, há diligências marcadas para esta data sobre o caso Bancoop", afirmou.
Vaccari
Já o tesoureiro do PT compareceu à CPI acompanhado do advogado da Bancoop, Pedro Dallari. Ele se esquivou de participar de acareação com o corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro, que acusou o petista em depoimento ao Ministério Público de desviar recursos da Bancoop para o esquema do mensalão do partido.
Pressionado pela oposição para aceitar uma acareação com o corretor, Vaccari disse que precisa consultar o partido antes de decidir sobre o pedido. "Falo para os senhores, com todos os outros. Isso [acareação] temos que discutir depois com a direção partidária", afirmou.
No depoimento a comissões do Senado, Vaccari disse desconhecer qualquer desvio de verbas da cooperativa para beneficiar o ex-ministro José Dirceu. Em 2005, na série de depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal, Funaro acusa o ex-ministro de se beneficiar pessoalmente dos negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT. Funaro teria afirmado que tanto Dirceu quanto o PT teriam recebido "por fora" comissões de R$ 5,5 milhões.
O tesoureiro afirmou aos senadores que as acusações do Ministério Público sobre o suposto esquema na Bancoop são inverídicas, num recado direto ao promotor --que, segundo a revista "Veja", concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa para não revelar o destino do dinheiro, que seria repassado ao PT.
"Do conjunto das acusações que a revista nos faz, isso não é verdadeiro. Tenho me dedicado à recuperação e à solução dos problemas que tivemos e temos ainda na Bancoop, que estamos caminhando para a solução deles", disse.
O tesoureiro disse considerar "estranho" que após cinco anos de inquérito, Blat não tenha lhe convidado para prestar depoimento nas investigações. "O meu questionamento é por que o promotor que faz investigações não me dá o direito de me defender para que eu apresente documentos pertinentes. Coloque nos autos, faça acusações, para que eu possa apresentar documentos pertinentes", afirmou.
Investigações
A expectativa é de que Blat termine em abril a análise final dos documentos apreendidos sobre as supostas irregularidades cometidas na Bancoop. Segundo o Ministério Público de São Paulo, depois dessa análise, o promotor irá avaliar se apresentará uma denúncia formal na Justiça contra a cooperativa e seus dirigentes, incluindo o tesoureiro do PT.
Na semana passada, o promotor entregou para o presidente da CPI das ONGs um relatório de 50 páginas sobre as investigações até o momento.
O relatório afirma que existia uma triangulação financeira entre a consultoria Mizu, a Bancoop e o PT. De acordo com o promotor, cheques da consultoria, registrados como doações ao partido, foram para a Bancoop, que repassa os valores de volta para o PT.
Blat afirma que o sistema servia para mascarar doações ilegais. O mesmo esquema era feito com a construtora Germany, de acordo com a Promotoria. A reportagem não conseguiu falar com o advogado da cooperativa.
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