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Escândalo da Bancoop - 09 10 2009

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Mensagem  forum vitimas Bancoop Sáb Abr 10 2010, 08:44

Diario do Comércio - sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Escândalo da Bancoop

A Bancoop vem sendo investigada pelo Ministério Público desde 2007, por suspeitas de lavagem de dinheiro, superfaturamento e desvio de recursos.
- - 22/6/2009 - 11h09


Escândalo da Bancoop foi o nome dado para o caso de desvio de recursos na Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, do Sindicato que é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), para beneficiar o caixa do Partido dos Trabalhadores (PT) nos anos de 2002, 2004.


A Bancoop foi fundada em 1996 pelo deputado federal Ricardo Berzoini (atual presidente do Partido dos Trabalhadores), a Bancoop vem sendo investigada pelo Ministério Público desde 2007, por suspeitas de lavagem de dinheiro, superfaturamento e desvio de recursos. Um dos indícios da malversação é a situação financeira da empresa que chegou a ser uma das mais importantes construtoras de imóveis do estado de São Paulo, com mais de 15 mil cooperados, e mesmo tendo recebido vultosos aportes financeiros, somando mais de R$ 40 milhões a partir de 2003, por parte de fundos de pensão, transformou-se numa empresa com um déficit estimado em mais de R$ 100 milhões.


N auto-apresentação do site (www.bancoop.com.br) da Cooperativa Habitacional dos Bancários, batizada Bancoop, diz que ela foi criada em 18 de junho de 1996 por iniciativa da diretoria e dos associados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – CUT.

Informa ainda que a entidade está enquadrada na Política Nacional de Cooperativismo, não visa lucro e seu objetivo é oferecer imóveis a preço de custo, por meio de autofinanciamento – o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), de acordo com as regras para a sua liberação.

No início, apenas a categoria bancária podia ser associada da Bancoop.

Desde 1998, parentes e amigos de bancários também puderam se associar. A seguir vieram as parcerias com sindicatos de outras categorias para que mais trabalhadores fizessem parte da cooperativa.


Segundo registra o site www.bancoop.com.br, a cooperativa realiza, anualmente, assembléia de prestação de contas enquanto os balancetes dos empreendimentos estão à disposição dos cooperados a qualquer momento. Há um Corpo Diretivo e um Conselho Fiscal – que deveriam zelar pelos interesses legítimos dos cooperados.


No entanto, segundo o pedido de abertura de Ação Civil Pública do MP, “diversos membros [da cooperativa] atendem a inúmeros interesses pessoais”, uma vez que “além de serem beneficiários de diversas vantagens econômicas (pagamento de prestação em condições facilitadas, aquisição de várias unidades residenciais em diversos empreendimentos, etc.), ainda constituíram diversas empresas, que prestam serviços para a cooperativa”.

O promotor conclui que tem razão a associação de representantes que procura defender o direito dos cidadãos de boa-fé que se tornaram cooperados da Bancoop em face de todas as irregularidades e distorções, e que a cooperativa assemelha-se, atualmente, a uma incorporadora imobiliária, com fins lucrativos, devendo, por isso, os seus dirigentes, responder pelos atos praticados, para que seja restaurada a credibilidade e a segurança jurídica dos negócios que realiza.

Segundo o promotor, “a Bancoop, ao ter transgredido inúmeros dispositivos legais e estatutários, desviando-se do regime cooperativo, ficou descaracterizada por sua própria iniciativa, tendo agido em inúmeras situações como uma sociedade empresária com fins lucrativos, concorrendo com inúmeras incorporadoras imobiliárias”, devendo, por isso, sujeitar-se integralmente à Lei n.º 4.591/1964.


Entre os crimes atribuídos aos dirigentes da Bancoop (sindicalistas, em grande maioria) estão o da criação de empresas de fachada para desviar recursos da cooperativa. Uma destas empresas, a Mizu Gerenciamento e Serviços, efetuou pequenas doações ao PT em outubro de 2002, pouco antes do segundo turno das eleições.


Segundo o promotor José Carlos Blat que comanda as investigações, este é um forte indício de que a Bancoop estava sendo usada para abastecer o Caixa 2 do PT muito antes do esquema montado por Marcos Valério e que resultou no Escândalo do Mensalão.

Em 2004, por exemplo, empresas ligadas à Bancoop (Germany e Planner) contribuíram com R$ 120 mil para a campanha do PT no município de Praia Grande (SP). Notícias sobre as vinculações suspeitas da Bancoop com o Partido dos Trabalhadores pipocam na imprensa brasileira desde pelo menos 2005.

Em 2006, foi aberta uma representação junto ao Ministério Público para apuração de inúmeras irregularidades, incluindo a criação por dirigentes da Bancoop de empresas de fachada que servem à própria cooperativa (entre elas, Conservix, Germany, Mirante, Master Fish e Vita), atrasos na entrega dos imóveis e cobrança de taxas espúrias, mesmo de cooperados que já haviam quitado suas prestações (sob pena de perder o imóvel).

Um inquérito foi instaurado em junho de 2007 e a investigação ainda está em curso.


A história se tornou pública numa reportagem exibida pela TV Bandeirantes, em 24 de março de 2008, quanto ao seu envolvimento no escândalo da Bancoop, Ricardo Berzoini defendeu-se em nota pública, afirmando desconhecer quaisquer doações ou vínculos financeiros da cooperativa com o PT e informando estar afastado da Bancoop desde dezembro de 2002.

A Bancoop também emitiu nota criticando a matéria exibida na TV Bandeirantes, declarando-se como entidade apartidária e que jamais financiou campanhas eleitorais. Foi negada igualmente qualquer possibilidade de insolvência da empresa. Conforme diz a nota, caso ocorresse inadimplência de seus cooperados que deixassem de pagar à Bancoop, a conseqüência seria a paralização [sic] das obras, nada mais

http://www.dcomercio.com.br/muco/ImpressaoMateria.aspx?id=19869

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