jornal de minas MP investiga cooperativa
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FolhaNews
O Ministério Público de São Paulo informou nesta quinta-feira que está investigando o suposto uso político da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para beneficiar o PT nas eleições de 2002 e 2004.
O promotor José Carlos Blat disse que os dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.
Em nota, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, informa que o PT "não tem conhecimento das supostas doações [da Bancoop] nem foi comunicado sobre o assunto pelo Ministério Público". "Nunca houve qualquer relacionamento financeiro do PT com a Bancoop", diz ele em nota.
A Justiça de São Paulo já decretou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos diretores da cooperativa e de seus dirigentes em julho do ano passado, mas até o momento o Ministério Público ainda não recebeu as informações para concluir o inquérito e oferecer denúncia.
"[Com os dados bancário e fiscal] Espero obter o rastreamento final da má-gestão [da cooperativa], do superfaturamento de serviços e produtos e também o indicativo de que a Bancoop serviu para interesses políticos escusos do PT inerentes à eventual formação, em tese, de caixa dois para as campanhas políticas nas eleições de 2002 e 2004", afirmou Blat.
O Ministério Público investiga o caso desde junho do ano passado, mas somente neste mês descobriu a relação política da Bancoop com o PT por meio do depoimento de um empreiteiro que prestava serviços à cooperativa. No depoimento, a testemunha comprovou por meio de notas fiscais que prestava serviços superfaturados e, ao descontar o cheque referente aos pagamentos, depositava parte do valor na conta de pessoas ligadas à cooperativa.
O promotor não citou nome de petistas que supostamente tenham se beneficiado do esquema, mas informou que o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) assina um contrato de cessão de crédito hipotecário em nome da Bancoop. "Não posso indicar nomes porque os documentos são com relação à doação ao partido", disse.
Como o Ministério Público investiga neste caso somente os crimes de estelionato, apropriação indébita e formação de quadrilha ou bando, o promotor encaminhou a denúncia de suposta prática de crime eleitoral ao procurador da República Regional Eleitoral, Mário Luiz Bonsaglia.
A denúncia sobre o suposto esquema de caixa dois foi veiculado em reportagem do Jornal da Band, na segunda-feira. Berzoini, ex-presidente da cooperativa, diz em nota que a "reportagem tenta claramente vincular minha imagem às investigações em curso, desconsiderando o fato de eu haver me desligado da direção da cooperativa em dezembro de 2002, com o único objetivo de atingir politicamente o PT." A Bancoop também negou a denúncia. "Não houve contribuição à campanhas políticas. Esclarece-se que a Bancoop é entidade apartidária, não financiando em momento algum campanhas políticas de quem quer que seja", diz nota da cooperativa.
*Suspeita* Com a divulgação pela imprensa de que o Ministério Público investigava o Bancoop, duas pessoas supostamente ligadas à cooperativa foram até um depósito que ficava na edícula de um dos empreendimentos onde estavam documentos fiscais abandonados há mais de três anos.
O promotor disse que ficou sabendo da tentativa de retirada dos documentos por cooperados que ligaram para ele ontem à noite. Blat foi ao local, mas ao chegar as pessoas já tinham ido embora.
"Eu concluo que essa atitude é absolutamente estranha, típica de organização criminosa. A tentativa de retirar documentos à força de um local para esconder provas é ação típica do crime organizado", afirmou.
Blat disse que as pessoas já foram identificadas apenas pelo primeiro nome, mas a identidade não foi revelada por motivo de segurança.
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2008/03/27/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=56446/em_noticia_interna.shtml
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O Ministério Público de São Paulo informou nesta quinta-feira que está investigando o suposto uso político da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para beneficiar o PT nas eleições de 2002 e 2004.
O promotor José Carlos Blat disse que os dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.
Em nota, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, informa que o PT "não tem conhecimento das supostas doações [da Bancoop] nem foi comunicado sobre o assunto pelo Ministério Público". "Nunca houve qualquer relacionamento financeiro do PT com a Bancoop", diz ele em nota.
A Justiça de São Paulo já decretou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos diretores da cooperativa e de seus dirigentes em julho do ano passado, mas até o momento o Ministério Público ainda não recebeu as informações para concluir o inquérito e oferecer denúncia.
"[Com os dados bancário e fiscal] Espero obter o rastreamento final da má-gestão [da cooperativa], do superfaturamento de serviços e produtos e também o indicativo de que a Bancoop serviu para interesses políticos escusos do PT inerentes à eventual formação, em tese, de caixa dois para as campanhas políticas nas eleições de 2002 e 2004", afirmou Blat.
O Ministério Público investiga o caso desde junho do ano passado, mas somente neste mês descobriu a relação política da Bancoop com o PT por meio do depoimento de um empreiteiro que prestava serviços à cooperativa. No depoimento, a testemunha comprovou por meio de notas fiscais que prestava serviços superfaturados e, ao descontar o cheque referente aos pagamentos, depositava parte do valor na conta de pessoas ligadas à cooperativa.
O promotor não citou nome de petistas que supostamente tenham se beneficiado do esquema, mas informou que o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) assina um contrato de cessão de crédito hipotecário em nome da Bancoop. "Não posso indicar nomes porque os documentos são com relação à doação ao partido", disse.
Como o Ministério Público investiga neste caso somente os crimes de estelionato, apropriação indébita e formação de quadrilha ou bando, o promotor encaminhou a denúncia de suposta prática de crime eleitoral ao procurador da República Regional Eleitoral, Mário Luiz Bonsaglia.
A denúncia sobre o suposto esquema de caixa dois foi veiculado em reportagem do Jornal da Band, na segunda-feira. Berzoini, ex-presidente da cooperativa, diz em nota que a "reportagem tenta claramente vincular minha imagem às investigações em curso, desconsiderando o fato de eu haver me desligado da direção da cooperativa em dezembro de 2002, com o único objetivo de atingir politicamente o PT." A Bancoop também negou a denúncia. "Não houve contribuição à campanhas políticas. Esclarece-se que a Bancoop é entidade apartidária, não financiando em momento algum campanhas políticas de quem quer que seja", diz nota da cooperativa.
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Blat disse que as pessoas já foram identificadas apenas pelo primeiro nome, mas a identidade não foi revelada por motivo de segurança.
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